Galeria de Família
terça-feira, 31 de agosto de 2021
segunda-feira, 30 de agosto de 2021
Bela Emília
Nome popular: Bela Emília
Nome científico: Plumbago auriculata
Família: Plumbaginaceae
Origem: África, África do Sul
Ciclo de vida: Perene
Folha: Folhas de cor verde-clara, ovais com a base mais fina.
Crescimento da planta: Planta de crescimento lento podendo atingir 2 metros de altura
Frutos: não da frutos
https://www.sitiodamata.com.br/bela-emilia-plumbago-auriculata
Foto: AVianna, ago 2021
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domingo, 29 de agosto de 2021
Para fazer-se um conde...
O último dos trinta e um capítulos do segundo volume de Escravidão, de Laurentino Gomes (Globo Livros, 2021), recebe o sugestivo título de O Presente. Eis um pequeno e significativo fragmento:
“Em seus oito primeiros anos no Brasil, o príncipe regente outorgou mais título de nobreza do que em todos os trezentos anos anteriores da história da monarquia portuguesa. Desde sua independência, no século XII, até o final do século XVIII, Portugal tinha computado dezesseis marqueses, vinte e seis condes, oito viscondes e quatro barões. Ao chegar ao Brasil, dom João criou vinte e oito marqueses, oito condes, dezesseis viscondes e quatro barões. ... O príncipe atribuiu 4.048 insígnias de cavaleiros, comendadores e grã-cruzes da Ordem de Cristo, 1.422 comendas da Ordem de São Bento de Avis e 590 comendas da Ordem de São Tiago. “Em Portugal, para fazer-se um conde se pediam quinhentos anos; no Brasil, quinhentos contos”, escreveu o historiador baiano Pedro Calmon.”
In Escravidão, volume II
Laurentino Gomes,
Globo Livros, 2021, p 459.
Termino assim a leitura do segundo volume dessa obra monumental chamada Escravidão. Os quatro últimos capítulos, A liberdade é branca, Quebrando grilhões, O naufrágio e O presente, trazem o tema central para os dias atuais, permitindo assim que o leitor possa compreender melhor o Brasil de hoje.
Aguardemos, pois, o terceiro volume!
quinta-feira, 26 de agosto de 2021
Trabalho e escravidão
“No Brasil colonial, trabalho e escravidão caberiam no mesmo verbete de um dicionário. Eram sinônimos. “Sem negros não pode haver ouro, açúcar nem tabaco”, afirmava, em 1739, o vice-rei André de Melo e Castro, conde de Galveias. Nas minas e garimpos de ouro e diamantes, nas fazendas e lavouras de cana-de-açúcar, os cativos submetiam-se a jornadas longas, pesadas e perigosas. A labuta começava antes ainda do nascer do sol e ia até o anoitecer. Nos engenhos, durante a safra, as caldeiras ferviam noite adentro sobre fornalhas que os escravos iam alimentando de lenha, expostos a temperaturas altíssimas. Tarefas como construir e reparar cercas, abrir valetas, roçar as áreas em volta das casas e preparar a farinha de mandioca exigiam ainda jornadas extras, de mais três ou quatro horas de trabalho, sem qualquer outra contrapartida que não o esgotamento físico e o encurtamento da vida útil dos cativos.”
In Escravidão, volume II
Laurentino Gomes,
Globo Livros, 2021, p.295.
Ainda hoje, vez em quando, vemos na mídia a notícia de “trabalho escravo”, quer em zona rural, quer nas cidades grandes. No Brasil colônia, segundo Laurentino Gomes, a expressão era um tremendo pleonasmo! E subsiste.
África e a Língua Portuguesa
Para os que amam as palavras, eis um fragmento de Escravidão, de Laurentino Gomes, que não me canso de elogiar:
“Provavelmente nenhum outro aspecto da civilização brasileira foi tão afetado pela presença africana quanto a própria língua portuguesa. Em um dos trechos mais inspirados do seu Casa-grande & senzala, ao tratar da africanização dos hábitos e costumes do Brasil colonial, incluindo o próprio idioma, o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre perguntava:
Que brasileiro, pelo menos do Norte, sente algum exotismo em palavras como caçamba, canga, dengo, cafuné, lubambo, mulambo, caçula, quitute, mandinga, moleque, camundongo, moganga, cafajeste, quibebe, quengo, batuque, banzo, mucambo, banguê, bozô, mocotó, bunda, zumbi, vatapá, caruru, banzé, jiló, mucama, quindim, catinga, munguzá, malungo, berimbau, tanga, cachimbo, candomblé? [...] São palavras que correspondem melhor que as portuguesas às nossas experiências, ao nosso paladar, aos nossos sentidos, às nossas emoções.”
In Escravidão, volume II
Laurentino Gomes,
Globo Livros, 2021, p. 258.
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
segunda-feira, 23 de agosto de 2021
Do fanatismo
“Donald Trump foi vaiado por seus eleitores
após recomendar a vacinação contra a covid-19 durante um comício em Cullman, no Alabama, ontem à noite (uol).”
Esta notícia acaba de ser veiculada no Twitter pelo Blog do Noblat, nessa manhã de segunda feira (23 ago 2021). Penso que podemos aprender alguma coisa com ela.
A notícia trata de dois polos distintos: do líder e de seus seguidores, e da maneira que eles muitas vezes interagem. Comecemos pelo líder, que movido pelo firme propósito de se eleger Presidente dos Estados Unidos, utilizou-se durante a campanha de todos os argumentos possíveis, os verdadeiros e os falsos, com ênfase nos últimos, pois percebeu que eles eram bem mais convincentes para uma boa parte da população de seu país.
O ex-presidente mentiu, mentiu diariamente, mentiu até não poder mais, e foi eleito. Depois de eleito, continuou mentindo, pois passou a creditar no método. Governou sob a égide da mentira, mas foram tantos os estragos durante seu mandato que não conseguiu se reeleger. Então pensou (ele não é completamente desprovido de inteligência), Preciso mudar de estratégia.
O resultado da vacinação em massa nos EEUU é inconteste, até para o pior cego – aquele que não quer ver. O ex-presidente viu, pois deseja voltar ao poder, nunca se conformou em perdê-lo. Então, juntou seguidores em um comício e passou a recomendar a vacinação, como informa Noblat.
O novo ex-presidente foi vaiado. Suponho que tenha ficado surpreso com o gesto de seus seguidores. Como assim? Vocês não estão vendo os resultados da imunização? São fatos, e agora são verdadeiros! Por que não acreditar neles?
O discurso do ex-presidente, agora racional, fruto de observação científica, agora não surte mais efeito, e ele continua a receber vaias. Os seguidores explicam ao atônito ex-presidente: Certa feita o Senhor disse que vacina era bobagem, nos convenceu de que vacina era bobagem, acreditamos no Senhor, e Sua palavra continua valendo mais que tudo para nós, Sua palavra é a Verdade, portanto não pode ser negada: Vacina Não Presta.
Estupefacto, o ex-presidente volta para casa envolto em pensamentos – porque ele pensa, ao passo que os seguidores apenas creem. O que devo dizer para ser reeleito? – porque ele continua com o firme e bem definido propósito, o de se reeleger. Ao passo que os seguidores apenas repetem: Nosso Presidente – eles continuam acreditando que ele ainda é o Presidente dos EEUU – não está num bom dia hoje. Para os seguidores a vida é mais fácil, eles não precisam pensar.
Não estou certo de que a notícia do jornalista seja verdadeira, nem fui investigar; isso não importa. Importa, se pudermos aprender alguma coisa com ela.
domingo, 22 de agosto de 2021
Homem gosta de homem
Dois chimpanzés no Parque Nacional de Gombe, Tanzânia. Ian Gilby
“Cuidar das amizades, a melhor estratégia para os chimpanzés”: a reportagem é de Javier Salas para El País (17 AGO 2021).
O artigo começa descrevendo algumas peculiaridades de chimpanzés e bonobos: “Nossos primos mais próximos entre os grandes símios, os chimpanzés e os bonobos, tomaram dois caminhos evolutivos completamente opostos na hora de preparar seu sucesso reprodutivo. Os chimpanzés trilharam o espinhoso trajeto da violência e da coação para assegurar a descendência: os machos que mais batem nas fêmeas, por exemplo, têm mais chances de acasalamento. Já os bonobos continuaram a rota da seda: os machos não sabem quando é o período fértil das fêmeas, que por sua vez dirigem o grupo em um matriarcado, apostando em acasalar muito para aumentar as probabilidades de ter uma prole.”
Porém, se a reprodução ocupa tanto espaço nas relações entre eles, como explicar “que os chimpanzés se dediquem a mimos, cuidados e carícias, catando piolhos e alisando seus pelos mutuamente? Que sentido evolutivo faz reforçar amizades com quem vai tirar a sua oportunidade de procriar?”
Afirma o primatologista Joseph Feldblum, da Universidade de Michigan: “Os machos não passariam todo este tempo alisando outros machos e renunciando a tentar encontrar fêmeas ou comida a menos que obtivessem algum tipo de ganho com isso”. “Os machos cultivam amizades porque isso funciona.”
São dados reunidos no Parque Nacional de Gombe (Tanzânia) desde os tempos de Jane Goodall: “os cientistas puderam analisar a descendência dos machos que estreitam laços com outros companheiros, comparando àqueles que não o fazem. E obtiveram dois resultados: o primeiro não é nada surpreendente, e algo que já se sabia: os machos que mais têm contato com o macho alfa da comunidade ganham possibilidades de se reproduzir. Faz sentido: neste patriarcado, o alfa controla as fêmeas e permite a seus amigos que acasalem. “Puxar o saco do chefe não é nenhuma novidade”, observa Anne Pusey, coautora do estudo, da Universidade Duke (EUA), que passou três décadas organizando e digitalizando esse conjunto de dados único. E acrescenta: “Demonstramos que sempre valeu a pena”.
No entanto, os cientistas descobriram que “um chimpanzé macho tem 50% mais probabilidades de ter filhos se mantiver pelo menos duas fortes amizades com outros indivíduos equivalentes. Com exceção do alfa, a patente na hierarquia do grupo não impacta nas possibilidades de ter sucesso reprodutivo, mas, sim, em ter muitos amigos aos quais dedicar tempo e cuidados. A estratégia não é a competição violenta, e sim uma colaboração entre companheiros.”
É a primeira vez que se estuda a influência da sociabilidade na capacidade reprodutiva dos machos porque esta perspectiva sempre foi aplicada unicamente às fêmeas.
Talvez os benefícios destas relações sociais nos chimpanzés proporcionem pistas sobre o papel da amizade nos seres humanos. O estudo sugere que “os laços fortes entre os machos têm raízes evolutivas profundas e proporcionaram a base para as relações mais complexas que vemos nos humanos”, diz Gilby, da Universidade Estadual do Arizona.
Entre nós, há um dito popular: homem gosta de homem. As reuniões sociais em que casais são convidados revelam essa tendência: homens conversam com homens, mulheres com mulheres. Mas esta é tão somente uma blague, sem qualquer fundamento científico.
sexta-feira, 20 de agosto de 2021
Levantei as 6 horas.
“26 de fevereiro de 1961
Levantei as 6 horas. Fiz café, ensabôei as roupas e estendi os sacos que comprei para fazer lençol para os filhos. Fui fazer compras. Comprei açúcar 6 quilos, paes, carne e sabão, porque as vezes lavo roupas a noite. Vou limpar a cosinha. Ver se tem baratas. Pedi ao João para varrer a casa. Mas, ele prefere brincar do que auxiliar-me. Os filhos não dão valor as mâes quando estão vivas!”
Carolina Maria de Jesus
Casa de Alvenaria, Volume 2:
Santana
(Cadernos de Carolina)
Companhia das Letras, 2021
O que se pode aprender com Carolina de Jesus ainda hoje: lições de vida e o valor da escrita. Escrita terapêutica?
Álbum de figurinhas
“O álbum de figurinhas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, que celebra os 50 anos da competição, será lançado oficialmente nesta sexta-feira (20/8). São 40 clubes, 20 de cada divisão, 540 cromos, sendo 100 especiais, e ainda ilustrações especiais de alguns jogadores. É o que informa Amanda Gil para o Metropoles. A ideia foi da agência iD/TBWA, que passou a atender a Panini, empresa responsável pela produção dos álbuns, neste ano. O álbum será vendido por R$ 10 e o preço de cada pacote com cinco cromos custa R$ 3.”
Leio a notícia com grande interesse, quase uma excitação! Ela me transportou imediatamente à nossa infância, minha e de meu irmão Paulo, quando morávamos em Guaratinguetá, às margens do Rio Paraíba do Sul, aos pés da Serra da Mantiqueira.
De tempos em tempos surgiam as figurinhas de jogadores de futebol. As mais antigas, que minha memória ainda registra com detalhes, vinham embrulhadas com uma balinha, que era solenemente jogada fora, na ânsia de saber se ainda não tínhamos aquela estampa ou se viria uma “repetida”. As repetidas também tinham sua importância, eram trocadas entre os colegas por outras que não possuíamos, e assim o álbum ia se completando. Valiosas mesmo eram as figurinhas carimbadas: no verso do papel vagabundo vinha um carimbo, sem nada escrito, apenas um carimbo circular, transformando aquela pequena peça em raridade valiosíssima! Ela podia ser trocada por 50 comuns, ou vendida por um bom preço. Me lembro bem da emoção de, certa feita, ter ganho uma delas.
(Vejam o que é a linguagem; hoje, “figurinha carimbada” significa alguém muito assíduo, que frequenta sempre determinado círculo social; algo muito comum em determinado contexto, no Dicionário Criativo; tipo arroz-de-festa.)
Mas havia um problema: nosso pai nos proibia de colecionar figurinhas, as revistinhas, ou gibis, nos eram igualmente interditas. Nunca chegamos a compreender a razão de tanta severidade. Nos restava colecioná-las às escondidas, as figurinhas de jogadores de futebol! E com muito medo de sermos descobertos.
Guardo na memória dois preciosos acontecimentos dessa época – eu com 9 anos, Paulo com 7 e meio –, merecedores de figurar em Outras 47 cenas de um romance familiar, a continuação do livrinho publicado há 10 anos! O primeiro deles foi o jogo de abafa e a troca de figurinhas com nosso amigo Marcelo: ganhamos o jogo, trocamos figurinhas, e vendemos algumas delas para o amiguinho, no valor de 5 cruzeiros, verdadeira fortuna que seria revertida em novos exemplares. Marcelo nunca nos pagou. Por muito tempo guardamos aquele sentimento esquisito, mágoa, um pouco de raiva, ressentimento por termos sido ludibriados; nunca fomos tomar satisfação com o caloteiro, pois seria “muito barulho por nada”. Ainda não sabíamos dar nome aos bois: a palavra era constrangimento.
A segunda lembrança, na época foi de meter medo. A pequena casa onde morávamos ficava ao lado do Ribeirão dos Mota: na fachada, a janela da sala, a porta de entrada principal, e a porta da sala de tevê, que se transformou em garagem quando o pai comprou um Vanguard cinza! Entrávamos sempre pela garagem, pois a sala era mantida fechada, para que nossa mãe tivesse menos trabalho com a limpeza da casa. Era utilizada apenas em raríssimas ocasiões, quando se recebia uma visita; nosso pai não era afeito a visitas. Pois era na sala, atrás do sofá, o esconderijo perfeito para o álbum de figurinhas.
Estávamos os dois, no silêncio da sala, entretidos com as novas aquisições, apreciando as preciosidades, quando olhamos para cima e lá estava seu Ofir, a nos observar calado; após discreto sorriso, deu meia volta, saiu da sala em silêncio. Animados, passado o susto, entendemos aquilo como uma certa complacência, e continuamos a contemplação das figurinhas. E a coleção prosperou, naturalmente.
Voltando à notícia que abre esse texto, estou pensando seriamente em adquirir o álbum e algumas figurinhas...
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
Que papelão!!!
Em aceno a Bolsonaro, Queiroga diz ser contra uso obrigatório de máscara e contraria evidências científicas, informa Melissa Duarte (18 ago 2021) para O Globo.
“O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou a obrigatoriedade do uso de máscaras no Brasil. Na visão dele, deveria ser um ato de conscientização da população. As declarações, que contrariam evidências científicas, foram dadas nesta quarta-feira ao canal bolsonarista "Terça Livre", investigado pela CPI da Covid.”
Que papelão, Sr. Ministro!!!
quarta-feira, 18 de agosto de 2021
A vaca e o cavalo amarelos
Meus quadros favoritos
Para a Gabriela
As cores empregadas pelo artista têm forte simbolismo. Para Marc, o azul representa espiritualidade; o amarelo, o feminino e a sexualidade; o vermelho, a terra.
Segundo o historiador Mark Rosenthal, o quadro foi pintado no mesmo ano em que Franz Marc se casou com Maria Franc, e é uma representação dela!
O artista retratou outros animais, entre eles The Long Yellow Horse, em estilo cubista.
https://en.wikipedia.org/wiki/Yellow_Cow
Almoço constrangedor
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, é recebido
pelo presidente Jair Bolsonaro - Marcos Corrêa/PR
“Presidente de Portugal e comitiva saíram constrangidos de almoço com Bolsonaro.” A notícia foi dada por Lauro Jardim (15 ago 2021).
“O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e sua comitiva saíram pessimamente impressionados do almoço que tiveram com Jair Bolsonaro no dia 2, no Palácio do Planalto. Por duas vezes, Bolsonaro fez o papel de tiozão do churrasco e contou piadas de cunho sexual à mesa.”
A que ponto chegamos.
Palmeiras vence com classe
por 3 a 0 sobre o São Paulo - Nelson Almeida/Reuters
Depois de sete ou oito derrotas sucessivas para o rival, confesso que sofria do sistema nervoso antes do início do clássico, ontem à noite. Temia por mais uma derrota.
Que nada, o Palmeiras entrou em campo com sangue nos olhos! (Alerto meu eventual leitor que os chavões fazem parte necessariamente da crônica esportiva.)
A escalação era o que tínhamos de melhor, com forte meio de campo composto por Danilo, Zé Rafael e Rafael Veiga. À frente, Wesley, Rony e Dudu, este ainda fora de sua melhor forma física.
Porém, o que decidiu o jogo não foi a escalação e sim a vontade de vencer. O Verdão marcou logo aos 12 min, com ótima trama entre Zé Rafael e Rafael Veiga, com chute de categoria pelo melhor jogador em campo, o craque do time, Veiga.
O São Paulo não jogou mal, lutou muito; perdeu gol feito no segundo tempo, quando Pablo, cara-a-cara com Weverton, chutou nas nuvens.
1 a 0 ainda era resultado perigoso: o empate levaria o jogo para os pênaltis. Foi quando aconteceu o golaço dele, do filho pródigo, Dudu, que chutou no ângulo, sem chance de defesa, lance de oportunismo em bola que sobrou na marca do pênalti.
O imprevisível (e indisciplinado) Patrick de Paula marcou o terceiro gol, selando a vitória extraordinária do Palmeiras. Depois disso o adversário perdeu a cabeça, teve jogador expulso e levou olé.
Fui dormir feliz da vida. À noite, um pesadelo: sonhei que o Palmeiras estava na final da Libertadores e que iria enfrentar o Flamengo!
terça-feira, 17 de agosto de 2021
Rei Arthur
Escultura
"Gallos", escultura em bronze de Rubin Eynon, de 2016, fixada em Tintagel, na Cornualha, Inglaterra. A escultura remete ao lendário Rei Arthur que teria sido concebido na fortaleza de Tintagel.
Pois lembrou-me a aparição do Fantasma no início de Hamlet!
segunda-feira, 16 de agosto de 2021
Autoestima
Não venceu o concurso do melhor microconto. Então sapecou:
– Minha arte ainda não foi compreendida.
Em parceria com meu amigo Moisés.
Perdão de Portugal
Laurentino Gomes postou no Twitter,
há poucos minutos:
“Surpreendeu-me a reação de alguns portugueses à minha sugestão à @Visao_pt de que Portugal deveria reconhecer o seu papel na escravatura e pedir perdão às vítimas dessa imensa tragédia humanitária. Fui alvo de comentários agressivos, incluindo injúrias e ameaças nas redes sociais.”
“Em princípio, o perdão não deveria assustar tanta gente. Perdão nunca foi sinônimo de humilhação. Perdão não faz mal a ninguém. É somente o primeiro passo para a reconciliação. Perdão só é um incômodo a quem se recusa a pedi-lo ou a aceitá-lo.
Um pedido de perdão em nada diminuiria a grandeza de Portugal. Ao contrário, só o faria um país ainda mais admirado neste início de século XXI. A dificuldade em sequer admitir a hipótese indica que a escravatura é uma ferida ainda aberta. Que só se cura com… um pedido de perdão!”
“Na foto do post, o Infante Dom Henrique, o Navegador, no Mercado de Escravo de Lagos, Algarve, local do primeiro leilão de africanos em Portugal, em 8 de agosto de 1444, meio século antes da chegada dos portugueses ao Brasil, que seria o maior território escravista das Américas.”
Digo eu: países como a França, Inglaterra, Alemanha e outros têm pedido perdão às ex-colônias, por um passado inglório. Por que Portugal não pode fazer o mesmo, com relação à escravidão?
domingo, 15 de agosto de 2021
A cidade e o monstro
O que há de tão espetacular nessa fotografia? Ela me impressionou fortemente, desde a primeira mirada. Penso que seja pelo contraste.
No primeiro plano vemos uma rua surpreendentemente plana, movimentada, os anúncios de pequenas lojas, um bar com propaganda da Coca-cola na entrada, gente nas calçadas. O dia está ensolarado e cheio de vida! A arquitetura das construções é típica da região, uma cidade na Suíça, e muito bonita.
No segundo plano, o início da montanha, algumas casas em meio a pinheiros, o gramado verde que chega até uma muralha de pedra.
Ao fundo, o monstro de uma montanha! A ameaça é que ela possa desabar sobre a pequena cidade, soterrando tudo.
Existe a fotografia e existe o olhar de quem a vê. O que descrevo é o meu olhar, e como a primeira impressão foi instantânea, certamente há muito do meu inconsciente nesse olhar.
Este texto constitui um bom exemplo do que chamo escrita terapêutica. De início, sei apenas que a foto é espetacular, pela impressão que me causou. Continuo a descrição e só ao final é que percebo do que se trata.
Novas obras de Banksy
“O artista britânico confirmou em suas redes sociais a autoria de várias intervenções artísticas surgidas durante o fim de semana passado em cidades costeiras do leste da Inglaterra.” El País, 14 ago 2021.
“O artista de rua britânico Banksy confirmou por meio de um video publicado na sexta-feira no Instagram que é o autor de várias obras surgidas recentemente na Inglaterra. Na imagem, um homem fotografa uma delas, em Lowestoft. Peter Nicholls/Reuters”
“A primeira obra apareceu no dia 6 de agosto, em Great Yarmouth, no condado de Norfolk, e representa um casal dançando sobre o telhado de uma parada de ônibus, enquanto um acordeonista sentado na borda da estrutura toca seu instrumento. Justin Tallis/AFP"
“Nos últimos anos, o artista de Bristol, que mantém sua verdadeira identidade oculta, alcançou cifras recorde nas casas de leilões. Na imagem, outra obra de Banksy em Lowestoft. Peter Nicholls/Reuters”
“Em cima de uma caçamba de lixo, também em Lowestoft, o artista plasmou uma gaivota preparada para se dar um bote. Justin Tallis /AFP”
https://brasil.elpais.com/brasil/2021/08/14/album/1628938300_733324.html#foto_gal_1