terça-feira, 15 de maio de 2018

Gabriela e Pantera (Aldravia N.71)





 o
amor
de
Gabriela
por
Pantera



Foto: Paula Vianna, abr 2018

A Veneza de Belo Monte


 “Atingidos pela hidrelétrica, seres humanos vivem alagados por água podre na cidade de Altamira, num cenário pós-apocalíptico (Foto cedida por Lilo Clareto à Amazônia Real)”, publicou Eliane Brum (14/05/2018), sob o título A Veneza de Belo Monte, no site Amazônia Real http://amazoniareal.com.br/a-veneza-de-belo-monte




"Carlos Alves Moraes, ribeirinho que virou pintor de paredes, mostra a porta suspensa por cordas que usa para erguer seus pertences mais importantes quando a casa alaga (Foto cedida por Lilo Clareto à Amazônia Real)"



"Marlene Moraes da Silva tem o sonho recorrente de que ela e os netos morrem afogados durante a cheia (Foto cedida por Lilo Clareto à Amazônia Real)"



"Em casas como esta a água demora a baixar ou nunca baixa (Foto cedida por Lilo Clareto à Amazônia Real)"



"Quando o bairro alaga, as crianças precisam faltar às aulas ou são carregadas nas costas pelos pais através da água (Foto cedida por Lilo Clareto à Amazônia Real)"



"As centenas de crianças do Jardim Independente I correm risco permanente (Foto cedida por Lilo Clareto à Amazônia Real)"



"Os moradores do Jardim Independente 1 só foram reconhecidos como atingidos por Belo Monte em 13 de março de 2018, mas há anos vivem em situação de risco por conta dos impactos da hidrelétrica (Foto cedida por Lilo Clareto à Amazônia Real)"



"Marlene faz tapetes para a casa que um dia espera ter em terra firme (Foto cedida por Lilo Clareto à Amazônia Real)"



"É neste cenário que milhares de pessoas atingidas por Belo Monte resistem e lutam por justiça dia após dia (Foto cedida por Lilo Clareto à Amazônia Real)"



Esta reportagem foi publicada também no site do El País



Superman não salva Lois Lane

  


Quando morre um famoso com 85, 90 ou mesmo 104 anos, como foi o caso do cientista inglês David Goodall, que pediu para morrer, me admiro de como é possível viver tanto mais do que eu, com meus 71. 
Se morre alguém mais novo, como aconteceu ontem com Lois Lane (Margot Kidder), a namorado do Superman, fico pensando como é possível que eu tenha vivido mais do que ela. 
            Que milagre é esse que faz com que eu permaneça vivo nesse mundo de tantas tragédias, de tantas mortes anunciadas pormenorizadamente todos os dias nos noticiários? Tomo alguns remédios, é verdade, fora isso não faço força para permanecer vivo e ainda assim estou vivo.
            Aproximo-me da idade da morte de meu pai. Talvez seja este um limite razoável. Se ultrapassá-lo, poderei experimentar a sensação de ser mais velho que meu próprio pai o foi, estranha sensação que estou a antecipar. Se não alcançar a idade de meu pai, serei para sempre um filho?
            Voltando ao trágico mundo em que vivemos, sou grato à Roda da Fortuna por me ter poupado de facear a morte de um filho, a tragédia das tragédias. Mais uma razão para que eu não abuse da sorte.
            Estas são singelas reflexões sobre a morte e o morrer, tema a que volto repetidamente desde meus tempos de estudante de Medicina, com a diferença de que agora penso minha própria morte.
            Superman não conseguiu evitar a morte do Lois Lane, sua namorada.


Pietá palestina

A foto do dia



Palestina abraça filha de 8 meses,
morta na fronteira de Gaza
(Até agora, 60 mortes)

Foto: Mahmud Hams / AFP