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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Novo Museu Edvard Munch em Oslo





 

“Nesta sexta-feira (22), o Museu Munch muda-se para o centro da cidade, dentro de uma torre espaçosa e moderna.

"Pode ser o maior museu dedicado a um único artista", disse o diretor do museu Stein Olav Henrichsen.

Com 13 andares e mais de 26.000 metros quadrados, o novo edifício apelidado de "Lambda" oferece cinco vezes mais espaço de exposição do que o edifício sombrio que até agora abrigava o tesouro nacional no popular bairro de Tøyen. 

Solteiro e sem filhos, Munch (1863-1944) legou sua obra à cidade de Oslo, escolhida em sua velhice em detrimento do Estado norueguês. Herdeiro inicial, o país caiu nas mãos da Alemanha nazista, que considerava este pioneiro do expressionismo um representante da "arte degenerada".

Como não poderia ser diferente, a coleção contém "O Grito", emblema do museu apresentado em diferentes versões, e outras obras importantes como "Amor e Dor", "Madonna" ou "A menina doente". 


https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2021/10/22/interna_internacional,1316108/museu-edvard-munch-inaugura-casa-monumental-em-oslo.shtml 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Bactérias restauram Michelangelo



A sacristia após o processo de restauração 
da Capela Médici Giovanni Cipriano/NYT

 


 

Donata Magrini, Anna Rosa Sprocati, Daniela Manna, Paola D'Agostino, Monica Bietti e Marina Vincenti (da esq. para dir.), da equipe, formada exclusivamente por mulheres, que usou bactérias para limpar obras de Michelangelo - Gianni Cipriano/NYT

 

 

“Michelangelo ganha limpeza realizada por uma salada bacteriana em Florença – Micróbios são usados no processo de retirada de resíduos nas obras do renascentista na Capela Médici”. Esta a manchete da reportagem de Jason Horowitz, de Florença, para The New York Times, com tradução de Paulo Migliacci, publicada hoje na Folha de S.Paulo.

“Já em 1595, descrições de manchas e descolorações começaram a aparecer em relatos sobre um sarcófago na graciosa capela que Michelangelo criou como repouso final para os membros da família Médici. Nos séculos seguintes, o gesso usado para copiar incessantemente as obras-primas que ele esculpiu por sobre as tumbas deixou resíduos que causaram descoloração. As paredes brancas e ornadas que ele concebeu perderam o brilho.”

“Enquanto o vírus se espalhava lá fora, restauradores e cientistas discretamente colocaram em ação micróbios dotados de bom gosto e incrível apetite, espalhando-os sobre o mármore e transformando a capela deliberadamente em uma salada bacteriana.”

“Foi tudo feito em segredo”, disse Daniela Manna, uma das restauradoras, que atribui a sujeira a Alessandro Médici, que governou Florença, morreu assassinado e teve seu corpo sepultado no sarcófago sem ser devidamente eviscerado. Ao longo dos séculos, os resíduos que seu corpo produziu vazaram para o mármore de Michelangelo, criando manchas profundas, e mais recentemente oferecendo um banquete ao produto de limpeza preferido na capela, uma bactéria chamada Serratia, a SH7."

“Anna Rosa Sprocati, bióloga da Agência Nacional Italiana de Novas Tecnologias, escolheu a bactéria mais adequada entre as quase mil variedades disponíveis, usadas mais frequentemente para romper moléculas de petróleo em casos de derramamento ou reduzir a toxicidade de metais pesados. Algumas das bactérias disponíveis em seu laboratório comiam fosfatos e proteínas, mas também o mármore de Carrara preferido por Michelangelo, e não foram selecionadas.”

"Em seguida a equipe de restauração testou as oito variantes mais promissoras, atrás do altar, em uma pequena palheta retangular sobre a qual foram pintadas fileiras de quadrados, como uma cartela de bingo. Todas as bactérias selecionadas para teste são inofensivas para seres humanos e não têm esporos."

 

 

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/06/michelangelo-ganha-limpeza-realizada-por-uma-salada-bacteriana-em-florenca.shtml

 

 

sexta-feira, 26 de março de 2021

A força da arte virtual


 

O anúncio do novo projeto arquitetônico do Museu de Arte do Espírito Santo (Maes) mexeu com as redes sociais.  O museu, recém reformado, aparece coberto por um gigantesco ovo branco. Reportagem de Clara Balbi para a Folha de S. Paulo (26 mar 2021).

Houve comentários indignados nas redes sociais, criticando a poluição visual causada em Vitória pela da intervenção. “Até um abaixo-assinado foi criado, sério apesar do nome – "não queremos um ovo em cima do Museu de Arte do Espírito Santo", afirma Balbi.

Ocorre que, “nem o projeto, nem o seu patrocinador, a Da Silva Brokers, existem, porém — são uma obra de "Tirante", primeira exposição virtual do Maes. Mesmo o CEO do suposto conglomerado, Antonio da Silva, foi na verdade inventado pelo artista alemão Anton Steenbock.”

Steenbock comenta as reações do público ao projeto:  "Elas são interessantes porque mostram os dois lados. Há quem considere o projeto moderno, novo. Outros acham horrível, um ataque ao patrimônio. E essa discussão é o principal, porque o projeto acontece na cabeça das pessoas. Chamo esses projetos de uma vacina, porque, ao darem uma pequena dose de algo que só é real na imaginação das pessoas, elas então criam anticorpos e ficam mais atentas àquilo que pode limitar a liberdade delas."

Este é um belo exemplo do que poderia ser denominado “arte virtual”: uma construção que nunca existiu, que foi criada para nunca existir, e mesmo assim, passou a existir na cabeça de muita gente. Arte é bem isso, uma provocação. Se é bela ou não, isso é outra questão. 

Eu gostei do ovo gigante: há de aumentar o número sempre pobre de visitantes ao museu.

 

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/03/quem-e-o-artista-que-pos-ovo-gigante-em-cima-de-museu-e-viralizou-nas-redes-sociais.shtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=twfolha

 

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Quatro portas





As quatro portas na entrada



As casas mais antigas, mais tradicionais de Pirenópolis, além dos belos janelões, apresentam na fachada um aspecto peculiar, a porta de entrada - ou as portas de entrada! Aberta a porta principal, o visitante depara-se com um corredor de 2 a 3 metros de comprimento, pouco mais de 1 metro de largura, estreito portanto. O piso é quase sempre forrado com quartzito, a chamada pedra de Pirenópolis; nos que já sofreram reformas, o visitante pode ver belos ladrilhos; nas antigas, o assoalho era de madeira de lei, bem como o forro do teto.
            Ao fundo vê-se uma porta que ocupa toda a largura do corredor. Porém, o que é mesmo de intrigar são as duas portas laterais, à esquerda e à direita de quem entra, uma frente à outra. Assim, o conjunto compõe-se de quatro portas, geralmente pintadas da mesma cor, às vezes bicolor, com um crucifixo pregado na porta da frente ou na do fundo do corredor.
            Os de casa vão direto à porta do fundo, e por lá têm acesso ao interior da moradia. Se alguém da família, ou mesmo um viajante, hospeda-se por alguns dias, haverá de ocupar o quarto de hóspedes, cuja entrada é a porta da esquerda. Se é visita de gente importante e de cerimônia, ela é recebida pela porta da direita, que se abre para uma sala pequena – todos os cômodos são pequenos – mas bem decorada, com jogo de sofás, enfeites de toda natureza, retratos antigos da família nas paredes, alguma pinturinha tosca de paisagem local. (Na mesinha de centro, imagino, é servido ao visitante ilustre o licor de pequi ou jabuticaba, ambos a exibir os dotes culinários da dona da casa.) Por esta sala o visitante também pode ter acesso a todo o interior da casa, aos quartos de dormir, à outra saleta menor que se abre para o jardim interno, e se a curiosidade faz com que ele continue explorando a interessante arquitetura, sempre em direção ao fundo, a casa agora estreita e ladeada pelo jardim, o visitante chega à cozinha mais nova, recente, com fogão a gás, e se continua caminhando, chega à cozinha primitiva, com seu belo fogão a lenha, e que também se abre para o jardim. O último cômodo é o banheiro.
            O pé direito sempre altíssimo areja perfeitamente o interior da residência. 
            Fica assim explicado o mistério das quatro portas nas casas mais antigas, mais tradicionais de Pirenópolis.


Tosca planta baixa 
a ilustrar o texto acima


Passeio a Pirenópolis

“Pirenópolis é um município histórico, sendo um dos primeiros do estado de Goiás. Foi fundado com o nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte pelo minerador português Manoel Rodrigues Tomar (alguns historiadores denominaram-no como Manoel Rodrigues Tomás). As minas da região foram descobertas pelo bandeirante Amaro Leite, porém foram entregues aos portugueses por Urbano do Couto Menezes, companheiro de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera Filho, na primeira metade do século XVIII. Segundo a tradição local, o arraial foi fundado em 7 de outubro de 1727
Foi importante centro urbano dos séculos XVIII e XIX, com mineração de ouro, comércio e agricultura, em especial a produção de algodão para exportação no século XIX. Ainda no século XIX, com o nome de cidade de Meia Ponte, destacou-se como o berço da música goiana, graça ao surgimento de grandes maestros, bem como berço da imprensa em Goiás, já que ali nasceu o primeiro jornal do Centro Oeste, denominado Matutina Meiapontense
Em 1890, a cidade teve seu nome mudado para Pirenópolis, o município dos Pireneus, nome dado à serra que a circunda. Ficou isolada durante grande parte do século XX e redescoberta da década de 1970, com a construção da nova capital do país, Brasília. Hoje, é famosa pelo turismo e pela produção do quartzito, a Pedra de Pirenópolis. 
Pyrenópolis (ortografia arcaica), posteriormente Pirenópolis, significa "a Cidade dos Pireneus". Seu nome provém da serra que circunda a cidade que é a Serra dos Pireneus. Segundo a tradição local, a serra recebeu este nome por haver na região imigrantes espanhóis, provavelmente catalães. Por saudosismo ou por encontrar alguma semelhança com os Pirenéus da Europa, cadeia de montanhas situada entre a Espanha e a França, deram então a esta serra o nome de Pirenéus, mas mais tarde, devido à pronúncia da língua portuguesa no Brasil, surgiu a grafia sem acento.”










Fotos: AVianna, abr 2018
Nikon D7200, Nikkor 18-300mm e Iphone 8S



quarta-feira, 7 de junho de 2017

Casa do séc. XV




Esta é a chamada Casa de João Bravo, mas João Bravo mesmo nunca morou lá!


Foto: A.Vianna, mai 2017, Segóvia

Praça Medina del Carmo e Igreja San Martin








A Igreja de San Martin foi edificada sobre ruínas de uma terma romana e sofreu várias reformas desde sua construção original.

Fotos: A.Vianna, mai 2017, Segóvia

Aqueduto romano de Segóvia



Vale uma viagem à Espanha, apenas para conhecer o monumental aqueduto romano em Segóvia, construído ente o I e II séculos d.C., à época do Imperador Trajano.




Fotos: A.Vianna, mai 2017

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Sainte-Chapelle

Da série
Primavera em Paris

A Sainte-Chapelle, em Paris, na Ilha de la Cité, é uma capela gótica construída no século XIII por Luís IX (São Luís). Projetada em 1241, foi rapidamente concluída e consagrada em 1248, para servir de capela do palácio real.
Na realidade, há duas capelas sobrepostas, a inferior reservada aos funcionários e moradores do palácio, e a superior para a família real.
Vista de fora, a Sainte-Chapelle não impressiona, ofuscada pelo atual Palácio da Justiça. 



Quando o viajante entra na capela inferior, também não se impressiona; ela é pesada, pouco iluminada, embora de rica decoração e valor histórico inestimável.



Quando o viajante chega à capela real, por uma estreitíssima escada em caracol, o espanto toma conta, o olhar dirige-se para os longos vitrais, para as rosáceas, para o teto, boquiaberto o viajante perde o fôlego. São considerados os melhores do seu gênero em todo o mundo.

 


 


           Não se pode ir a Paris e não ver esta magnífica obra de arte.

Fotos: A.Vianna, mai 2016.


terça-feira, 31 de maio de 2016

Pêndulo de Foucault restaurado

Da série
Primavera em Paris

O Pêndulo de Foucault, instalado no Panthéon de Paris, agora restaurado, é visita obrigatória do viajante.






“O Pêndulo de Foucault, assim chamado em referência ao físico francês Jean Bernard Léon Foucault, é uma experiência concebida para demonstrar a rotação da Terra em relação a um referencial, bem como a existência da força de Coriolis. A primeira demonstração data de 1851, quando um pêndulo de 30kg foi fixado ao teto do Panthéon de Paris por um fio de 67 metros de comprimento. Durante o movimento areia ia se escorrendo da esfera, com a intenção de marcar no chão a trajetória do pêndulo, o rastro deixado pela areia não se sobrepunha um ao outro, mas sim existia um espaçamento entre um e outro a cada período do pêndulo completado.  A originalidade do pêndulo reside no fato de ter liberdade de oscilação em qualquer direção, ou seja, o plano pendular não é fixo. A rotação do plano pendular é devida à rotação da Terra. A velocidade e a direção de rotação do plano pendular permitem igualmente determinar a latitude do local da experiência sem nenhuma observação astronômica exterior.”


Fotos: A.Vianna, maio 2016