Documento da CIA sobre Geisel é perturbador, é o título do artigo de Marcelo Rubens Paiva no Estadão de hoje (10 mai 2018). O primeiro parágrafo resume a verdadeira história, e transcrevo-o aqui, pois os mais jovens desconhecem completamente esse período de nossa república.
“Geisel entrou para a História como o ditador que controlou os excessos da “tigrada”. Depois da morte sob tortura nos porões do Exército (DOI-Codi) do diretor de jornalismo da TV Cultura, Wladimir Herzog, em 1975, e do operário Manuel Fiel Filho, em 1976, Geisel exonerou o general Ednardo D’Ávila Mello, comandante do II Exército. Mais tarde, demitiu o general de linha-dura, Sylvio Frota, anunciou a política da Abertura, retirou os censores dos jornais e extinguiu o AI-5. No entanto, o pesquisador brasileiro da FGV, Matias Spektor, encontrou um documento da CIA que contesta a imagem de bom pastor do ex-presidente.”
O documento, na íntegra, pode ser lido aqui:
Cercado de famintos generais, Geisel, e depois Figueiredo, pareciam até figuras conciliadoras. Não eram. Uma coisa é desconfiar, ouvir dizer; outra coisa é ler essas barbaridades num documento guardado em outro país.
É preciso saber, é bom relembrar.
Ditadura nunca mais.