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segunda-feira, 11 de abril de 2022

Reconhecimento mundial de Beatriz Milhazes

Meus quadros favoritos


 Avenida Paulista

“Beatriz Milhazes estreia na Pace Gallery, em Nova York, e se consolida como uma das maiores artistas do mundo – Aos 62 anos e com quatro décadas de profissão, carioca tem obras com valores estimados entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão”. 

Texto de Eduardo Simões para O Globo (10 abr 2022). 

 

“Beatriz nasceu em 1960, no Rio, filha do advogado José Luiz e da professora de história da arte Glauce. Formou-se em 1981 em comunicação social, e em artes plásticas, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde também deu aulas, até 1996. Foi uma das participantes da emblemática mostra “Como vai você, Geração 80?”, na própria EAV, uma contraposição estética forte ao que havia sido produzido no país nos anos anteriores. “Todos aqueles artistas de minha geração haviam sido criados num período de repressão e estavam finalmente livres para se expressarem”, lembra. “Nos anos 1960 e 1970, quem fazia arte se sentia meio que obrigado a criar algo ligado ao momento político. Ao passo que a minha geração veio para dizer que a cultura era forte, e que colocá-la dentro de uma única caixa não refletia liberdade de expressão, uma questão fundamental para o artista”, diz Beatriz.”


          Eu gosto muito da obra de Beatriz Milhazes!


Beatriz em seu ateliê. 



https://oglobo.globo.com/ela/gente/beatriz-milhazes-estreia-na-pace-gallery-em-nova-york-se-consolida-como-uma-das-maiores-artistas-do-mundo-25468567

 

sábado, 26 de março de 2022

Ouremos!

 


Ilustração de Fê, para a crônica de José Simão 

na Folha de hoje


"Pastor pediu um quilo de ouro por verba do ministério, segurou na mão do prefeito e disse 'ouremos!"


                      José Simão



domingo, 15 de agosto de 2021

Novas obras de Banksy


“O artista britânico confirmou em suas redes sociais a autoria de várias intervenções artísticas surgidas durante o fim de semana passado em cidades costeiras do leste da Inglaterra.” El País, 14 ago 2021.


 


“O artista de rua britânico Banksy confirmou por meio de um video publicado na sexta-feira no Instagram que é o autor de várias obras surgidas recentemente na Inglaterra. Na imagem, um homem fotografa uma delas, em Lowestoft. Peter Nicholls/Reuters”

 

 


“A primeira obra apareceu no dia 6 de agosto, em Great Yarmouth, no condado de Norfolk, e representa um casal dançando sobre o telhado de uma parada de ônibus, enquanto um acordeonista sentado na borda da estrutura toca seu instrumento. Justin Tallis/AFP"

 



“Nos últimos anos, o artista de Bristol, que mantém sua verdadeira identidade oculta, alcançou cifras recorde nas casas de leilões. Na imagem, outra obra de Banksy em Lowestoft. Peter Nicholls/Reuters”

 



“Em cima de uma caçamba de lixo, também em Lowestoft, o artista plasmou uma gaivota preparada para se dar um bote. Justin Tallis /AFP”



https://brasil.elpais.com/brasil/2021/08/14/album/1628938300_733324.html#foto_gal_1


terça-feira, 23 de junho de 2020

Original forma de Arte



Grupo se apresenta para uma plateia formada por plantas,
criação do artista espanhol Eugenio Ampudia
Lluis Gene/AFP

A casa de ópera Liceu de Barcelona  (22 jun 2020) realizou concerto exclusivo para uma audiência incomum: suas quase 2.300 plantas.
Os organizadores disseram que a intenção foi refletir sobre o absurdo da condição humana na era do coronavírus, que priva as pessoas de sua posição de espectadores. A criação é do artista espanhol Eugenio Ampudia. (Luis Felipe Castilleja)

“A natureza avançou para ocupar os espaços que tomamos dela, disse Eugenio Ampudio. Podemos ampliar nossa empatia? Vamos começar com arte e música em um grande teatro convidando a natureza a entrar”.
Após o concerto as 2.292 plantas de estufa colocadas em cada assento seriam doadas a profissionais de saúde na linha de frente do combate ao vírus.
O quarteto de cordas interpretou "Chrysanthemum", do compositor italiano Giacomo Puccini. 

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/06/casa-de-opera-reabre-na-espanha-com-concerto-para-publico-formado-de-plantas.shtml

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Heroína de Banksy




Desenho de Banksy 
em exibição no hospital de Southampton,
Inglaterra.  Foto: @Banksy Instragram/ Reuters


Batman e Homem-Aranha no lixo. O menino agora escolhe uma enfermeira como super-heroína!
            É a nova obra de Banksy, e demonstra a gratidão dos britânicos pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) durante a crise do coronavírus. 
“A pintura do artista de rua apareceu no Hospital da Universidade de Southampton, no sul da Inglaterra, nesta quarta-feira (6 mai 2020). Uma imagem da obra também foi publicada na página de Instagram de Banksy com a legenda “Quem Vira o Jogo”.  
A nova pintura ficará exposta no hospital até depois do fim do isolamento e será leiloada para ajudar instituições do NHS, de acordo com a rede BBC.”


sexta-feira, 17 de abril de 2020

No banheiro...



Banksy faz arte no banheiro de casa 
durante o confinamento
Foto: Reprodução Instagram


Da Redação de O Estado de S. Paulo (17 abr 2020).

Banksy, o misterioso artista de rua britânico, está confinado em casa por causa do coronavírus. Ele usou seu próprio banheiro para postar a foto de sua arte no Instagram com a seguinte frase: 

"Minha mulher odeia quando trabalho em casa". 

A frase é boa, mas penso que cabe a pergunta: É isso Arte?

“A identidade de Banksy continua um segredo. Acredita-se que ele viva em Bristol. Suas obras são vistas em diversos locais do Reino Unido, mas também em outros países. Algumas das obras de Banksy são vendidas em leilão e um de seus quadros arrecadou US$ 12 milhões em outubro - um recorde para um artista de rua.”




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Banksy ataca novamente




Mural atribuído a artista Banksy em Marsh Lane, Bristol. Rebecca Naden/Reuters


O artista de rua britânico Banksy revela mural para o Dia dos Namorados em Bristol, no oeste da Inglaterra, visto na manhã desta quinta-feira (14), segundo Elizabeth Howcroft, para a Reuters.
“O grafite mostra uma menina de echarpe estampada na lateral de uma casa da área de Barton Hill, em Bristol, com tinta preta e branca. Ela segura um estilingue em uma mão e a outra atrás de si, como se tivesse acabado de lançar um projétil. No final da trajetória do estilingue aparece uma forma vermelha brilhante como uma mancha de sangue feita de flores e folhas vermelhas de plástico.
O mural foi, véspera do Dia dos Namorados no país.”
            Banksy surpreende sempre.


terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Ateliê de Helena Lopes


Arte de Helena Lopes já apareceu neste blog (30 dez 2018), a enaltecer a produção da artista plástica radicada em Brasília.  (https://loucoporcachorros.blogspot.com/2018/12/a-arte-de-helena-lopes.html)
            Agora voltamos a nossa amiga, para magnífica visita ao seu ateliê, na sua própria residência no Lago Sul, Brasília, em companhia de meu amigo Moisés. A casa em si mesma é uma obra de arte, decorada com enorme bom gosto, naturalmente. 
            


            Helena nos recebe em amplo salão, belíssimo, as paredes cobertas por obras da autora, em diversos momentos de sua produção. Ao fundo, Helena e Moisés.



Algumas obras em detalhe.


  

            Do mezanino podemos ver o ateliê propriamente dito, com três grandes quadros na parte mais alta da parede. Abaixo, a mesa de trabalho.



Mesa de trabalho.



Materiais de pintura cuidadosamente armazenados.



Bela criação despojadamente exposta.



A artista e o feliz blogueiro.

             Atualmente Helena está envolvida com interessantíssimo projeto, após sua recente visita ao campo de Auschwitz. Não estou autorizado a prestar maiores informações.
              Obrigado, Helena, por nos receber.


            

sábado, 30 de março de 2019

Saramago e a arte contemporânea



De Paris, em 1997, Eduardo Prado Coelho fez quatro perguntas a José Saramago. A segunda delas foi a que me interessou: “Como vês as artes plásticas contemporâneas?”
            Ao que o autor do Manual de pintura e caligrafia respondeu:

“Salvo as exceções (que não são muitas), vejo-as com uma desagradável impressão de aborrecimento. Curiosamente, porém, interessa-me o que se costuma designar por “instalações”, talvez pelo que haja nelas de... arquitetura. Meia dúzia de pedras dispostas no chão, quatro tábuas armadas no ar, podem impressionar-me muito mais que um quadro de Mondrian.”

            Esta é a opinião de um homem que conhece profundamente a arte de escrever. A arte contemporânea causa-lhe aborrecimento, mas aprecia instalações.
            O que pensa o leitor sobre arte contemporânea?


P.s: Pergunta e resposta estão no Último caderno de Lanzarote, em 29 de março, p. 82 (Companhia das Letras, 2018).
            

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Dois artistas?


Mais uma surpresa de nossa visita, eu e meu amigo Sergio, à exposição "50 anos de Realismo - do Fotorrealismo à Realidade Virtual"no CCBB de Brasília.
            Paramos diante de impressionante pintura, enorme óleo sobre tela, de Andrés Castellanos (1956), intitulada Shopping Center N.Y. (2014). Revela vista de Nova Iorque, baseada em fotografia tirada de dentro de um shopping diante do Columbus Circle. A trama quadriculada corresponde a um extenso vidro diante da fachada do prédio.
            Eis a pintura (é uma pintura!):




            Instantaneamente eu disse, Já estive nesse lugar e bati uma foto muito parecida com este quadro. 
Em nossa última estada em Nova Iorque, eu e Mercêdes fomos a três apresentações em um espetacular clube de jazz localizado no quinto andar do The Shops at Columbus Circle, o famoso Dizzy’s Club Coca-Cola. (A sugestão do programa foi de meu irmão Paulo.) 
            Eis a fotografia do artista que lhes escreve:




            
            Recomento fortemente aos que visitarem NY: não deixem de ir ao Dizzy’s Club Coca-Cola.




Nu frontal


Ainda sobre nossa visita à exposição"50 anos de Realismo - do Fotorrealismo à Realidade Virtual"no CCBB de Brasília.
            A certa altura da visita, eu e meu amigo Sergio observamos, por tempo relativamente longo, cena que nos chamou a atenção. A escultura hiper-realista, intitulada Christine (2011), de autoria de John Deandrea (1941), mostrava uma mulher nua. Nos colocamos de frente para a face anterior do corpo e vimos que cinco adolescentes permaneciam observando – e conversavam animadamente sobre o que viam –, apenas a parte posterior da escultura. Do que riam? De que tanto falavam? Jamais saberemos.
            O que nos intrigou foi o fato de permanecerem olhando para a face posterior do corpo. Parece que evitavam propositalmente a visão do nu frontal. Adolescentes envergonhadas?



domingo, 30 de dezembro de 2018

A Arte de Helena Lopes


“Helena Lopes nasceu em São Paulo. Pintora, gravadora e professora. Formada em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília, dedicava-se à gravura em metal. Sua primeira exposição ocorreu em 1980. 
Entre 1980 e 1990 participou da edição de três álbuns de gravuras editados em Brasília. 
Em 1986 recebeu uma bolsa de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para desenvolver o projeto Cerrado: Fonte Geradora de Imagens em Gravura em Metal. Esse projeto durou quatro anos, quando interrompeu suas atividades docentes na Faculdade Dulcina de Morais para dedicar-se integralmente ao projeto. 
Como professora, ao lado de Stella Maris Figueiredo Bertinazzo, fundou o Ateliê de Gravura, embrião do que mais tarde viria a ser o Núcleo de Gravura do Instituto de Artes da Universidade de Brasília. 
Desde 1998 não faz mais gravuras e dedica-se à pintura, utilizando-se dos mais diferentes suportes (tecido, gaze, etc.). Passou a utilizar técnicas mais “saudáveis”, que não exigissem tanto esforço físico, nem usassem produtos químicos tão danosos à saúde, como na gravura em metal. 
Hoje, artista premiada, atua na organização de eventos sobre gravura em metal através de mostras coletivas em Brasília e, desde 1987, vem participando de várias exposições no Brasil e no exterior.”



Este blogueiro, agora amigo de Helena, sente-se honrado em poder reproduzir pequena amostra de seu trabalho encantador.
(Clique nas fotos para ampliar.)















 Este site mostra outras obras da artista:



terça-feira, 20 de novembro de 2018

Viagem maravilhosa



A Viagem Maravilhosa
diante do hospital Sidra, no Catar / AFP

13 fetos e um bebê gigante constituem a obra intitulada “A Viagem Milagrosa”, de autoria do britânico Damien Hirst. Ela foi encomendada pela irmã do emir e fica na entrada do hospital Sidra, no Qatar. Permaneceram cobertas durante cinco anos devido a protestos. 
A reportagem é de Peio H. Riaño para El País (19 nov 2018). São 14 esculturas gigantes de bronze, que vão do desenvolvimento de um feto da fecundação até o nascimento, culminando com um bebê recém-nascido de 14 metros de altura. 
Segundo Hirst , “É a primeira escultura nua no Oriente Médio”.
Informa Riaño: “A instalação é parte da impressionante coleção de arte contemporânea do hospital Sidra, onde a irmã do emir, Al-Mayassa bint Hamad bin Khalifa Al-Thani, investiu no que há de mais seleto no mercado internacional, com a intenção de criar e transmitir uma imagem de modernidade e abertura do país árabe, de 2,6 milhões de habitantes. No total, 65 obras de arte, incluindo uma instalação de neon da provocadora artista britânica Tracey Emin.” 
A polêmica provocada por essa instalação está tornando mundialmente conhecido esse hospital para crianças e mulheres, com 400 leitos, num investimento de mais de 7 bilhões de euros (30 bilhões de reais). 


A peça culminante da instalação de Hirst
com 14 metros © DAMIEN HIRST AND SCIENCE LTD



quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Banksy 3


Deu no Estadão de hoje (18 out 2018):

“O artista de rua Banksy revelou que sua obra Girl With Balloon (Menina com Balão), leiloada no dia 5 de outubro na casa Sotheby's e imediatamente autodestruída de forma parcial, deveria ter sido cortada em pedaços totalmente, mas o sistema instalado na moldura do quadro falhou.”

O artista diz ter se inspirado numa frase de Pablo Picasso: "A necessidade de destruir é também uma necessidade criativa".

O leitor tire as suas conclusões.



terça-feira, 16 de outubro de 2018

Banksy volta à cena



Seriam vítimas de uma nova armadilha? É o que os curiosos que se amontoavam na calçada da New Bond Street, de Londres, no último sábado, se perguntavam. 
            A razão do espanto? A Sotheby’s anunciara que, durante este fim de semana, o público poderia ver exposta a obra de arte que provocou tanto alvoroço: Menina Com Balão, do grafiteiro Banksy. 
Aliás, o artista rebatizou sua criação, que passou a chamar-se Love Is In the Bin (O Amor Está no Lixo), depois que foi triturada no leilão. 
Mas o que este blogueiro deseja destacar é a mais recente avaliação  da compradora da obra.  A mulher (anônima) que adquiriu a tela por mais de um milhão de euros (4,37 milhões de reais) manteve a decisão de ficar com ela, apesar de semi-destruída.
Afirmou ela: “Depois do susto inicial, comecei a perceber aos poucos que tinha nas mãos uma peça da história da arte”.
            Esta foi a opinião deste blogueiro, expressa no dia seguinte ao leilão: A pintura picotada ainda vai parar em um grande museu do mundo, tal qual o urinol de Marcel Duchamp! Ela representa um momento único na História da Arte. (https://loucoporcachorros.blogspot.com/2018/10/o-espetaculo-de-banksy.html)
            Para onde vai este mundo de deus?



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O espetáculo de Banksy




A obra “Garota com balão”, cópia de desenho de Banksy feito originalmente num muro em Londres em 2002, depois de ser vendida por um lance de 1 milhão de libras esterlinas, foi imediatamente autodestruida por um dispositivo remoto desconhecido.
            Lance espetacular de marqueting!




                   A pintura picotada ainda vai parar em um grande museu do mundo, tal qual o urinol de Marcel Duchamp! Ela representa um momento único na História da Arte.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Arthur Bispo do Rosário sempre



Manto da Apresentação


O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou nesta quarta-feira o acervo de Arthur Bispo do Rosário. São 805 peças, estandartes, indumentárias, vitrines, fichários, móveis, objetos  elaborados em diversos materiais, como vidro, madeira, plástico, tecidos, linhas, botões, gesso, muitos recolhidos do lixo e da sucata.
A reportagem é de Paula Autran, Gilberto Porcidonio e Nelson Gobbi (19/09/2018) para O Globo. 
O tombamento inclui a cela em que Bispo do Rosário viveu e que mantém as suas intervenções. 
“O sergipano Arthur Bispo do Rosário Paes era natural de Japaratuba, no interior do estado, onde nasceu em 1909. Foi marinheiro e boxeador de 1926 a 1932, e empregado doméstico no bairro de Botafogo no fim da década de 30. De acordo com os registros, ele teve seu primeiro surto de esquizofrenia em 1938, quando peregrinou por igrejas do Centro se dizendo um messias. Foi fichado e preso pela polícia, tendo sido conduzido, primeiramente, ao antigo Hospício Pedro II, na Praia Vermelha. Após um mês, foi conduzido à Colônia Juliano Moreira, lugar que se confunde com a sua arte, onde permaneceu por mais de 50 anos como o "paciente 01662", até sua morte, em 1989.”
Foi neste período que ele começou a produzir suas peças, como mantos, bordados e tiras de tecidos pasteis em que escrevia frases, poemas e manifestos, tudo feito com o que encontrava no lixo e na sucata do complexo manicomial.
"Qual a cor da minha aura?" era a pergunta que dirigia aos visitantes das celas de que tomava conta e onde guardava suas obras. Um dos destaques é o Manto da Apresentação, peça bordada que ele dizia ser a sua vestimenta para o Juízo Final. 
Hoje, Bispo do Rosário é considerado um dos maiores expoentes da arte contemporânea brasileira e mundial. Após sua morte, teve sua primeira exposição individual, no Parque Lage, e peças expostas em São Paulo, Veneza, Lyon e no Victoria and Albert Museum, em Londres, entre outras cidades. 


segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Histórias Afro-Atlânticas no MASP



O Instituto Tomie Ohtake e o MASP, duas importantes instituições culturais de São Paulo, juntam-se para criar a belíssima exposição “Histórias Afro-Atlânticas”. São curadores da mostra Adriano Pedrosa, Lilia Schwarcz, Ayrson Heráclito, Hélio Menezes e Tomás Toledo, gente da mais alta qualificação cultural.
            Estão expostas cerca de 400 obras de mais de 200 artistas, tanto do acervo do MASP, quanto de coleções brasileiras e internacionais, incluindo desenhos, pinturas, esculturas, filmes, vídeos, instalações e fotografias, além de documentos e publicações, de arte africana, europeia, latino e norte-americana, caribenha, entre outras. 
“Os empréstimos foram cedidos por algumas das principais coleções particulares, museus e instituições culturais do mundo. Entre elas, destacam-se: Metropolitan Museum, Nova York, J. Paul Getty Museum, Los Angeles, National Gallery of Art, Washington, Menil Collection, Houston, Galleria degli Uffizi, Florença, Musée du quai Branly, Paris, National Portrait Gallery, Londres, Victoria and Albert Museum, Londres, National Gallery of Denmark (SMK), Copenhague, Museo Nacional de Bellas Artes de La Habana e National Gallery of Jamaica.” (O que nos dá a dimensão artística da exposição!)
            A exposição é composta de núcleos temáticos: no Instituto Tomie Ohtake estão Emancipações; Ativismos e resistências; e no MASP, Mapas e margens; Cotidiana; Ritos e Ritmos; Retratos; Modernismos afro-atlânticos; Rotas e transes: Áfricas, Jamaica, Bahia. 
“Histórias afro-atlânticas busca, assim, oferecer um panorama das múltiplas histórias possíveis acerca das trocas bilaterais – culturais, simbólicas, artísticas, etc. – representadas em imagens vindas da África, da Europa, das Américas e do Caribe.” 
O Brasil é um território chave nessas histórias, pois recebeu cerca de 40% dos africanos que, “ao longo de mais de 300 anos, foram tirados de seus países para serem escravizados desse lado do Atlântico (número correspondente ao dobro dos portugueses que se estabeleceram no país para colonizá-lo).”  
Vale lembrar que o Brasil foi o último país a abolir a escravidão, em 1888, por meio da Lei Áurea, que completa 130 anos em maio deste ano.
Exposição belíssima (até 21 de outubro), imperdível mesmo! 




Amnésia

Flávio Cerqueira

(tinta látex sobre bronze, 2015)

Foto: AVianna, ago 2018, S.Paulo