pobre homem
desconheces o que há diante de ti
se muro
abismo
fera
pântano
se é justo o momento
se é hora de silêncio ou de palavra
se de mover ou de quedar
estás imerso em breu
nada vês
a ninguém podes pedir socorro
pobre homem
contas só com tua escassa companhia
sem a opção de isentar
vai
decide
escolhe
age
às cegas
és livre para não saber
assim o mundo
assim a vida
resta o cínico consolo do arrependimento
Paulo Sérgio Viana