segunda-feira, 30 de maio de 2016

Em memória das crianças deportadas

Da série
Primavera em Paris

Mais de 11.000 crianças foram presas pelo governo de Vichy, cúmplice dos nazistas, deportadas da França entre 1942 e 1944, e mortas em Auschwitz.



 



O tocante monumento em vidro, numa pequena praça do Quartier Latin, pede ao passante que leia o nome deles, pois esta memória é a sepultura que lhes resta. (Clique para aumentar e ler o texto.)

São eles:

Lena Dymetman  2 anos
Evelyne Herszberg  3 anos
Georgette Kagan  3 anos
Lea Kagan  6 anos
Régis Dautricourt  4 anos

Hugues Haas-Dautricourt  8 meses


A escultura de Picasso em homenagem a Apollinaire enfeita a praça.

Homenagem a Harambe



Harambe, o gorila de 17 anos, morto pelos funcionários do Zoológico de Cincinnati, depois que um menino de 4 anos invadiu sua área. O menino teve ferimentos leves.
O Louco permanece sem palavras diante da tragédia.

Foto: Cincinnati Zoo / Reuters

Raduan Nassar ganha o Prêmio Camões


Raduan Nassar, que acaba de completar 80 anos, ganha o Prêmio Camões e vai receber 100 mil euros.

Autor das obras-primas Lavoura Arcaica (1975), Um Copo de Cólera (1978) e Menina a caminho (contos), Nassar há muito se retirou da vida literária.

O leitor menos avisado pode perguntar: apenas três obras e ganha um prêmio desses? Mas Lavoura Arcaica é um livro tão extraordinário, que bastava para todos os prêmios!

Assim tem início o romance:

“Os olhos no teto, a nudez dentro do quarto; róseo, azul ou violáceo, o quarto é inviolável; o quarto é individual, é um mundo, quarto catedral, onde, nos intervalos da angústia, se colhe, de um áspero caule, na palma da mão, a rosa branca do desespero, pois entre os objetos que o quarto consagra estão primeiro os objetos do corpo; eu estava deitado no assoalho do meu quarto, numa velha pensão interiorana, quando meu irmão chegou pra me levar de volta; minha mão, pouco antes dinâmica e em dura disciplina, percorria vagarosa a pele molhada do meu corpo, as pontas dos meus dedos tocavam cheias de veneno a penugem incipiente do meu peito ainda quente; minha cabeça rolava entorpecida enquanto meus cabelos se deslocavam em grossas ondas sobre a curva úmida da fronte; deitei uma das faces contra o chão, mas meus olhos pouco apreenderam, sequer perderam a imobilidade ante o vôo fugaz dos cílios; o ruído das batidas na porta...”

Os seguintes brasileiros já foram vencedores deste prêmio: João Cabral de Melo Neto (1990), Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), António Cândido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010), Dalton Trevisan (2012) e Alberto da Costa e Silva (2014).


A Virgem e o Menino com Sant`Ana

Da série
Primavera em Paris



A Virgem e o Menino com Sant `Ana, óleo sobre madeira (168 cm x 112 cm) de Leonardo da Vinci, pintado entre 1508 e 1513 e nunca finalizado. A paisagem de fundo é parecida com a do quadro da Mona Lisa.





(detalhe)

Não é intrigante que as duas mulheres pareçam ter a mesma idade?


De qualquer modo, é sempre emocionante revisitá-lo no Louvre!

Fotos: A.Vianna, maio 2016.