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quinta-feira, 26 de maio de 2022

Homenagem a Nise da Silveira




Nise Magalhães da Silveira (Maceió, 1905 — Rio de Janeiro, 1999) foi uma médica psiquiatra brasileira. Reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria, revolucionou o tratamento mental no Brasil. Foi aluna de Carl Jung.

          Dedicou sua vida ao trabalho com doentes mentais, manifestando-se radicalmente contra as formas que julgava serem agressivas em tratamentos de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia.

          Nise ainda foi pioneira ao enxergar o valor terapêutico da interação de pacientes com animais.” 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nise_da_Silveira

 


          O não reconhecimento da importância de Nise da Silveira pelo presidente da república por si mesmo já é uma grande homenagem a esta mulher. Ao longo da vida, ela esbanjou empatia. Não poderia mesmo ser homenageada por que não sabe o que tal sentimento significa.

domingo, 8 de maio de 2022

Minha mãe

 Homenagem



Ondina, minha mãe, ainda solteira, na formatura de Professora, pela Escola Normal do Instituto de Educação "Conselheiro Rodrigues Alves". Ela está linda e a fotografia é primorosa!

terça-feira, 12 de abril de 2022

Gil imortal


Gilberto Gil assume cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras

Imagem: Reprodução/Twitter

 


“Poucas vezes na nossa história, o escritor, artista ou produtor de cultura foi tão hostilizado e depreciado como agora. Há uma guerra em prol da desrazão e do conflito ideológico nas redes sociais da internet, e a questão merece a atenção dos nossos educadores e homens públicos." 

 

Gilberto Gil, em seu discurso de posse. 

 

 

 

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2022/04/12/o-novo-imortal.htm?utm_source=twitter&utm_medium=social-media&utm_content=geral&utm_campaign=uol

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Lalo de Almeida vence o Word Press

 


Jasson Oliveira do Nascimento, morador da Reserva Extrativista Arapixi, no Amazonas, corta a vegetação para abrir caminho para a canoa em igarapé que leva ao Projeto de Assentamento Extrativista Antimary, onde se coletam castanhas; foto está entre as premiadas pelo Word Press Photo - Lalo de Almeida - 18.mar.20/Folhapress

 

 

 

Fotógrafo Lalo de Almeida, da Folha, vence prêmio mundial do World Press: reportagem de Fábio Pescarini (7.abr.2022). 

“Na avaliação de Lalo, o prêmio ajudará a levar os problemas da Amazônia ao conhecimento de um público global. Ele considera que a Amazônia vive, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), o ápice do seu processo de destruição. Porém, afirma que não dá para responsabilizar apenas o atual governo. Lalo lembra que o projeto de construção da usina de Belo Monte, que deu origem ao trabalho premiado, foi planejado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e executado no de sua sucessora, Dilma Rousseff (PT). "O governo atual pisou no acelerador [da degradação]."


Pica-pau-de-topete-vermelho morto por um incêndio florestal

         No link abaixo, uma série de fotos de Lalo de Almeida:


https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2022/04/fotografo-lalo-de-almeida-da-folha-vence-premio-mundial-do-world-press-photo.shtml

 

terça-feira, 15 de março de 2022

Charles Darwin no Rio de Janeiro



 

O navio inglês H.M.S. Beagle zarpou da Inglaterra em dezembro

de 1831 e dois meses depois chegou a Salvador

 


 



Encantado com a natureza e indignado com a corrupção: o que Charles Darwin achou do Brasil do século 19. Texto original de André Bernardo, do Rio de Janeiro para a BBC News Brasil (23 nov 2019), adaptado para o blog.

      Darwin chegou a Salvador (BA) em 28 de fevereiro de 1832, onde permaneceu por 18 dias. "Luxuriante" foi um dos adjetivos que usou para descrever a paisagem local. 

De Salvador seguiu para o Rio de Janeiro, aonde chegou no dia 4 de abril, passando 93 dias na cidade, residindo em Botafogo, aos pés do Corcovado. 

Logo de início, fez críticas à burocracia local: "Nunca é agradável submeter-se à insolência de homens de escritório, mas aos brasileiros, que são tão desprezíveis mentalmente quanto são miseráveis as suas pessoas, é quase intolerável.” 

“A cavalo, Darwin e uma comitiva de seis homens empreenderam uma viagem de 16 dias, entre 8 e 24 de abril, até Conceição de Macabu, a 227 km da capital. De maneira geral, a impressão deixada pelos donos de pousada não foi das melhores. Alguns demoravam até duas horas para servir a refeição. "A comida estará pronta quando estiver", respondiam os mais atrevidos. Outros, sequer, tinham garfos, facas ou colheres para oferecer. 

“Na Fazenda Campos Novos, em Cabo Frio, os viajantes deram pela falta de uma bolsa com alguns de seus pertences. "Por que não cuidam do que levam?", retrucou o hospedeiro, mal-humorado. "Talvez tenha sido comida pelos cachorros". 

“Em sua travessia pelo norte fluminense, Darwin deparou-se também com os horrores da escravidão. Dois episódios lhe marcaram profundamente. Um deles aconteceu na Fazenda Itaocaia, em Maricá, a 60 km do Rio, no dia 8 de abril, quando um grupo de caçadores saiu no encalço de alguns escravos. A certa altura, os foragidos se viram encurralados em um precipício. Uma escrava, de certa idade, preferiu atirar-se no abismo a ser capturada pelo capitão do mato. "Praticado por uma matrona romana, esse ato seria interpretado como amor à liberdade", relatou Darwin. "Mas, vindo de uma negra pobre, disseram que tudo não passou de um gesto bruto". 

“O outro episódio ocorreu na Fazenda Sossego, em Conceição de Macabu, no dia 18. Um capataz ameaçou separar 30 famílias de escravos e, em seguida, vendê-los separadamente como forma de punição. Darwin ficou tão indignado com a cena que a descreveu como "infame". 

“Não bastassem os maus-tratos aos escravos, Darwin também se escandalizou com a corrupção. No dia 3 de julho, chegou a rotular os brasileiros de "ignorantes", "covardes" e "indolentes". "Até onde posso julgar, possuem apenas uma fração daquelas qualidades que dão dignidade ao homem", queixou-se. "Não importa o tamanho das acusações que possam existir contra um homem de posses, é seguro que, em pouco tempo, ele estará livre. Todos aqui podem ser subornados." 

Em 5 de julho de 1832 a expedição seguiu para o Uruguai e depois Argentina. Em setembro de 1835, chegou às Ilhas Galápagos, no Oceano Pacífico, o ponto mais famoso da viagem. 

Bernardo afirma: “Apesar de agnóstico, Darwin deu "graças a Deus" por estar, finalmente, deixando as costas do Brasil. "Espero nunca mais visitar um país de escravos", escreveu no dia 19 de agosto. O Beagle retornou à Inglaterra no dia 2 de outubro de 1836. Vinte e três anos depois, em 24 de novembro de 1859, seu tripulante mais ilustre publicaria A Origem das Espécies.” 


Nos envergonha, o que Darwin viu do povo brasileiro.

 

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50467782

 

terça-feira, 8 de março de 2022

Dia Internacional da Mulher




 

Homenagem a todas as mulheres, na pessoa de Mercêdes Fabiana, por sua inteligência, tenacidade, perseverança, competência profissional. Na manhã de hoje ela alimenta seus gatos antes de ir para o árduo trabalho de todo dia. 


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Florence Price

 

 

Florence Beatrice Price foi uma compositora de música clássica norte-americana, a primeira mulher negra reconhecida como compositora sinfônica. 

“Florence nasceu em Little Rock, em 1887, filha de Florence Gulliver e James H. Smith, uma das três filhas de um casal inter-racial. Apesar de esta ser uma época de preconceito e opressão, a família era valorizada e respeitada em sua comunidade. Seu pai era dentista e sua mãe era professora de música, que acabou passando para a filha Florence o gosto pela música e as primeiras aulas. Sua primeira apresentação no piano foi aos 4 anos de idade e sua primeira composição clássica foi aos 11 anos. 

Aos 14 anos, Florence se formou na escola como a primeira da classe se matriculou no Conservatório da Nova Inglaterra, graduando-se em piano e órgão. Em seus tempos de estudante compôs seu primeiro trio e uma sinfonia. Formou-se com honras em 1906, tanto nos instrumentos quanto no magistério. 

Em Atlanta, tornou-se chefe do departamento de música da Universidade Clark Atlanta. Em 1912, casou-se com o advogado Thomas J. Price e se mudaram de volta para Little Rock. Após uma série de incidentes racistas na cidade, até mesmo um linchamento em 1927, a família se mudou para Chicago, onde Florence passou a se dedicar integralmente à carreira de compositora. 

Dificuldades financeiras levaram o casal ao divórcio em 1931, quando Florence se tornou mãe solteira de duas filhas. Para manter a família, ela trabalhou como organista em abertura de filmes mudos e compôs músicas para propagandas de rádio com um pseudônimo. Acabou se mudando para a casa de uma amiga e estudante, Margaret Bonds, pianista e compositora negra. A amizade com Margaret a fez entrar em contato com o escritor Langston Hughes e com a contralto Marian Anderson, duas figuras proeminentes no mundo artístico, que ajudaram a alçar o nome de Florence no meio da música. Junto de Margaret, Florence conseguiu reconhecimento nacional por suas composições e performances. 

Em 1932, as duas submeteram composição para o Prêmio da Fundação Wanamaker, onde Florence ganhou o primeiro prêmio com sua Sinfonia em Mi Menor e o terceiro prêmio com sua sonata para piano, que lhe rendeu 500 dólares na premiação. A Orquestra Sinfônica de Chicago tocou a sinfonia ganhadora de Florence em 1933, tornando-a a primeira negra a ter uma peça tocada por uma orquestra sinfônica. 

Seu trabalho era variado, com sinfonias, música de câmara, consertos para piano e violino, e arranjos para órgão. Alguns de seus trabalhos mais populares são "Three Little Negro Dances," "Songs to a Dark Virgin", "My Soul's Been Anchored in de Lord" e "Moon Bridge". Muitas de suas obras eram marcadas pelos ritmos e melodias das músicas negras. 

Apesar de ter recebido uma educação quase que inteiramente centrada na tradição europeia, a música de Florence adotava o inglês e trazia as raízes do sul dos Estados Unidos na melodia. Compunha com um estilo vernacular, usando sons e ideias que serviam à realidade da moderna sociedade urbana. Sendo bastante religiosa, frequentemente usava as músicas das igrejas negras como material para seus arranjos. Suas melodias eram inspiradas na técnica romântica europeia tradicional, mesclada com tons de blues e jazz. 

Florence faleceu em 3 de junho de 1953, devido a um acidente vascular cerebral. Após sua morte, muitos de seus trabalhos caíram no esquecimento e apenas recentemente foram redescobertos pela comunidade da música. Alguns de seus trabalhos se perderam, mas assim como muitas intérpretes negras estão ganhando notoriedade, também seu trabalho tem sido reconhecido. Em 2001, a Filarmônica das Mulheres gravou um álbum apenas com seus trabalhos.”

 

A Sinfonia n. 1 em mi menor está disponível no YouTube, bem como outras gravações da compositora: https://www.youtube.com/watch?v=9s4yY_A2A2k

 

 


https://pt.wikipedia.org/wiki/Florence_Price

 

domingo, 13 de fevereiro de 2022

O Retrato torto

Texto de Luiz Armando Bagolin, Professor do Instituto de Estudos Brasileiros da USP e curador da exposição "Era uma Vez o Moderno [1910-1944]", em cartaz no Centro Cultural Fiesp, em São Paulo.  Para a Folha de s. Paulo hoje.

 

          “Modernismo paulista decorrente da Semana de 22, liderado por filhos da aristocracia e burguesia, propôs uma atualização dos padrões estéticos que preservasse a cultura e a memória das elites, espécie de "ruptura negociada" em uma sociedade desigual. Críticas ao movimento centenário, contudo, não devem perder de vista um de seus grandes legados: a valorização da diversidade cultural e racial na formação do Brasil.

          “Em 27 de janeiro de 1922, no meio da madrugada, a cidade de São Paulo foi atingida por um forte tremor de terra. No dia seguinte, o jornal O Estado de S. Paulo dedicou uma página ao fenômeno, chamando a atenção para o fato de ter sido "o primeiro na capital (do Estado) de tal intensidade".

          “Dias depois, durante a abertura da Semana de Arte Moderna, realizada no Theatro Municipal de São Paulo, em 13 de fevereiro, Renata Crespi, uma alta dama da sociedade paulista, ciceroneada pelo escritor Menotti del Picchia, teria parado diante de uma pintura de Anita Malfatti e perguntado: "Não estaria torto aquele retrato?"

          "Menotti parou por um instante e respondeu, com fino humor, que não, pois o quadro havia sido realizado sob os efeitos do terremoto recém-ocorrido na cidade. O seu "estilo" era consequência das forças dinâmicas da natureza, o que causava as deformações justificáveis na pintura.”

          “Assim, em meio a ironias e paródias, se iniciava o movimento modernista brasileiro.”


          Acrescento eu: vale a pena lembrar o nome de Emílio de Menezes, mestre do trocadilho, dono de humor refinado, meu ídolo de infância! Em 22 de julho de 2014 este blog publicou: 

https://loucoporcachorros.blogspot.com/2014/07/o-trocadilho-nao-morreu-homenagem.html . 

          Vale a pena conferir. Emílio volta aqui, não pela Semana de Arte Moderna de 22, mas pela piada de Menotti dei Picchia!



https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2022/02/playboys-intelectuais-de-1922-lideraram-atualizacao-das-artes-negociada-com-elites.shtml

 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência



 

Hoje, 11 de fevereiro, é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Data instituída em 2015, pela do ONU, para comemorar avanços e refletir sobre as dificuldades que persistem. “E, mais importante do que isso, uma data para propor novas ações que continuem a transformar essa realidade e dar visibilidade às cientistas do gênero feminino.” (Reportagem de Soraya Smaili, Maria Angélica Minhoto e Pedro Arantes, para a Foha de S. Paulo hoje.)

Dentre as descobertas mais relevantes, estão: 

Dra. Katalin Karikó, cujos estudos de mais de três décadas com o RNA (ácido ribonucleico) levaram a uma tecnologia aplicável a vacinas para covid-19; 

Dra. Sarah Gilbert, pesquisadora da Universidade de Oxford e principal responsável pelo desenvolvimento de outro imunizante;

Dra. Lily Weckx, que junto com sua equipe da Unifesp coordenou todos os dados que levaram aos estudos de fase 3 e ao registro da vacina Astrazeneca pela Anvisa;

Dra. Ester Sabino que, com a pesquisadora Jaqueline Goes de Jesus, possibilitou a identificação e sequenciamento do primeiro Sars-Cov-2 que chegou ao Brasil.

      Exemplo maior, Marie Curie, responsável pela descoberta da radioatividade e que se destacou como a primeira mulher a receber dois Prêmios Nobel em áreas da Ciência.

Ao longo da história: Ada Lovelace na matemática, Nettie Stevens na genética, Luise Meitner na física, Rosalind Franklin na genética, Katherine Johnson na matemática. 

No Brasil, Nise da Silveira na psiquiatria, Carolina Bori na psicologia, Bertha Lutz na biologia, Elisa Frota Pessoa na física, Elsa Gomide na matemática, Niede Guidon na arqueologia, Berta Becker na geografia, Maria da Conceição Tavares na economia, Emília Viotti na história, Lélia Gonzales na antropologia, Heleieth Saffioti na sociologia, e tantas outras.

“É preciso reconhecer e intensificar a formação de redes que auxiliem as mulheres a romperem barreiras e aumentem as conexões entre todos os pesquisadores para que, juntos, atuem pela Ciência, Cultura e toda formação humana.”

Acrescento eu, minha homenagem a todas as mulheres que, anônima e honestamente, trabalham por suas famílias e pelo bem do país.


https://www1.folha.uol.com.br/blogs/sou-ciencia/2022/02/mulheres-e-meninas-fazem-ciencia.shtml

 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

J. Borges — O mestre da xilogravura


A vida na mata

 

A mostra em comemoração aos 80 anos do pernambucano José Francisco Borges, uma das principais referências da xilografura no país, inclui dez matrizes inéditas e suas impressões, entre 54 obras, além de uma seleção de cordéis assinados pelo artista, autor de “O encontro de dois vaqueiros no Sertão de Petrolina” (1964).

 

Museu de Arte do Rio: Praça Mauá, 5, Centro — 3031-2741. Qui a dom, das 11h às 18h. R$ 20.

 

 

https://oglobo.globo.com/rioshow/5-exposicoes-imperdiveis-no-rio-de-janeiro-25370062

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto

 



Nesta quinta-feira, 27 de janeiro, revivemos o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto. Preservar esta memória é uma forma de evitar que aquela grande tragédia se repita.

            Em seu magnífico livro É isso um homem?, Primo Levi registrou:

 

 

“Fechem-se entre cercas de arame farpado milhares de indivíduos, diferentes quanto a idade, condição, origem, língua, cultura e hábitos, e ali submetam-nos a uma rotina constante, controlada, idêntica para todos e aquém de todas as necessidades; nenhum pesquisador poderia estabelecer um sistema mais rígido para verificar o que é congênito e o que é adquirido no comportamento do animal-homem frente à luta pela vida.

... Aqui a luta pela sobrevivência é sem remissão, porque cada qual está só, desesperadamente, cruelmente só. Se um Null Achtzehn vacila, não encontrará quem lhe dê ajuda, e sim quem o derrube de uma vez, porque ninguém tem interesse em que um “muçulmano” [com esta palavra, “Muselmann”, os veteranos do Campo designavam os fracos, os ineptos, os destinados à “seleção”] a mais se arraste a cada dia até o trabalho; e se alguém, por um milagre de sobre-humana paciência e astúcia, encontrar um novo jeito para escapar ao trabalho mais pesado, uma nova arte que lhe propicie uns gramas de pão a mais, procurará guardar seu segredo, e por isso será apreciado e respeitado, e disso tirará uma própria, exclusiva, pessoal vantagem; ficará mais forte, e portanto será temido, e quem é temido é, só por isso, candidato à sobrevivência.

Na história e na vida parece-nos, às vezes, vislumbrar uma lei feroz que soa assim: “a quem já tem, será dado; de quem não tem, será tirado”. No Campo, onde o homem está sozinho e onde a luta pela vida se reduz ao seu mecanismo primordial, essa lei iníqua vigora abertamente, observada por todos.”

 

            Capítulo Os submersos e os salvos

            In É isso um homem?

            Ed. Rocco, 1988, p. 88 a 90.

 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Semana de Arte Moderna faz 100 anos


 

Memorial da América Latina recebe reprodução da

obra "Retrato de Mário de Andrade", em São Paulo

Foto Divulgação

 

 

O Memorial da América Latina, em São Paulo ganhará reprodução da obra "Retrato de Mário de Andrade", de Lasar Segall, em 1927. A instalação integra as comemorações do centenário da Semana da Arte Moderna de 1922.

 

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2022/01/retrato-gigante-de-mario-de-andrade-estampara-predio-do-memorial-da-america-latina.shtml

 

 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Morre um poeta

 

 

Morreu nesta sexta-feira (14 jan 2022), em casa, o poeta amazonense Thiago de Mello, aos 95 anos. Suas obras foram traduzidas para mais de 30 idiomas. No ano passado ele foi homenageado pela Bienal de São Paulo. 

            Guardo dele em minha fraca memória, fragmento do poema O livro, que reproduzo aqui em sua homenagem.

 

“Como nunca morri, não sei da morte.

Da vida sei, e tanto sei, que faço

com este verso uma declaração

de amor, talvez de queixa: ela é que vem

de mim se despedindo devagar,

fatigada de mim, enquanto agarro,

com as garras de todos os sentidos,

o que ela ainda me dá, sempre encantada.”

 

        Thiago de Mello

De uma vez por todas

Civilização brasileira, 1996, p. 32.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Eternamente Beethoven



Em 17 de dezembro de 1770, em Bonn, nascia Ludwig van Beethoven
    Falaremos sobre ele para sempre! 

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Vencedores do 63º Prêmio Jabuti

 

Jeferson Tenório, vencedor do Jabuti de Melhor Romance

com "O avesso da pele" Foto: Carlos Macedo / Divulgação

 

 

Os vencedores do 63º Prêmio Jabuti, o mais prestigioso da literatura brasileira, foram anunciados na noite desta quinta-feira (25). 

 

Eixo Literatura

 

Conto: “Flor de gume”, Monique Malcher (Jandaíra)

Crônica: “Histórias ao redor”, de Flávio Carneiro (Cousa)

Histórias em Quadrinhos: “META: Depto. de Crimes Metalinguísticos”, de André Freitas, Dayvison Manes, Marcelo Saravá e Omar Viñole (Zarabatana Books)

Infantil: “Sagatrissuinorana”, de João Luiz Guimarães e Nelson Cruz (ÔZé Editora)

Juvenil: “Amigas que se encontraram na história”, de Angélica Kalil e Amma (Quintal Edições)

Poesia: "Batendo pasto", de Maria Lúcia Alvim (Relicário)

Romance de Entretenimento: “Corpos secos”, de Luisa Geisler, Marcelo Ferroni, Natalia Borges Polesso e Samir Machado de Machado (Alfaguara)

Romance Literário: "O avesso da pele", de Jeferson Tenório (Companhia das Letras)

 

Eixo Não Ficção

 

Artes: “Atlas Fotográfico da cidade de São Paulo e arredores”, de Guilherme Wisnik, Henrique Siqueira e Tuca Vieira (AYO)

Biografia, Documentário e Reportagem: “A república das milícias: Dos esquadrões da morte à era Bolsonaro”, de Bruno Paes Manso (Todavia)

Ciências: “Ciência no cotidiano: viva a razão. Abaixo a ignorância!”, de Carlos Orsi Martinho e Natalia Pasternak Taschner (Contexto)

Ciências Humanas: “Sobreviventes e guerreiras”, de Mary Del Priore (Planeta do Brasil)

Ciências Sociais: “A razão africana: breve história do pensamento africano contemporâneo”, de Muryatan S. Barbosa (Todavia)

Economia Criativa: “Prato Firmeza Preto: Guia gastronômico das quebradas de SP”, de Amanda Rahra, Guilherme Petro, Milo Araujo e Jamile Santana (Énois Inteligência Jovem)

 

Eixo Produção Editorial

 

Capa: "Sul da fronteira, oeste do sol".Capistas: Ana Paula Hentges, Bruno Miguell Mendes Mesquita e Gabriela Heberle (Alfaguara)

Ilustração: "Carona". Ilustrador: Ilustrador: Guilherme Frederico Karsten (Companhia das Letrinhas)

Projeto Gráfico: "O Médico e o Monstro". Responsável: Giovanna Cianelli (Antofágica)

Tradução: "Divã ocidento-oriental". Tradutor: Daniel Martineschen (Estação Liberdade)

 

Eixo Inovação

 

Fomento à Leitura: Slam Interescolar SP. Responsável: Emerson Alcalde

Livro Brasileiro Publicado no Exterior: "Tupinilândia". Editora(s): Todavia e Editions Métailié

 

https://oglobo.globo.com/cultura/livros/premio-jabuti-infantil-sagatrissuinorana-ganha-livro-do-ano-jeferson-tenorio-leva-de-melhor-romance-por-avesso-da-pele-25292668