segunda-feira, 9 de abril de 2018

Fóssil de dedo humano encontrado na Arábia Saudita


Fotografado em várias posições, o osso de um dedo humano com 90 mil anos, encontrado em um deserto na Arábia Saudita, revela que o Homo sapienssaiu da África antes do que se pensava. 
Foto: Ian Cartwright



“Dedo fossilizado revela que Homo sapiens saiu da África antes do que se pensava”.
            A reportagem é de Fábio de Castro, para O Estado de S.Paulo (9 abr 2018), e informa que foi encontrado na Arábia Saudita um osso fossilizado do dedo de uma mão humana que mostra que o Homo sapiensjá estava na Península Arábica há cerca de 90 mil anos. 
            “A descoberta contradiz a ideia de que o ser humano teria migrado para fora da África pela primeira vez há 60 mil anos”, diz o estudo realizado por cientistas da Universidade de Oxford e do Instituto Max Planck (Alemanha), publicado na revista Nature Ecology & Evolution.
Segundo os cientistas, a nova descoberta indica que “a dispersão dos primeiros humanos pela Eurásia se deu em múltiplas ondas e que essas populações chegaram muito mais longe da África do que se imaginava.”
            Informa Castro: “O novo fóssil foi encontrado em um sítio arqueológico chamado Al Wista, um antigo lago de água doce que existia onde hoje está o extremamente árido deserto de Nefud. A região, na época, era coberta por pastagens. No local, foram encontrados também fósseis de hipopótamos, de pequenos caramujos de água doce e uma grande quantidade de ferramentas de pedra feitas por humanos. Em Al Wista, os cientistas encontraram um pequeno e bem preservado fóssil de 3,2 centímetros de comprimento que foi imediatamente reconhecido como o dedo de uma mão humana. O osso foi analisado com tomografia em três dimensões e seu formato foi comparado aos de vários outros ossos de dedos - tanto de indivíduos humanos recentes, como de outras espécies de primatas e hominídeos como o Homem de Neanderthal.”
"A Península Arábica foi considerada por muito tempo como um local distante do principal estágio da evolução humana. Essa descoberta coloca firmemente essa região como chave para a compreensão de nossas origens e da expansão da nossa espécie para o resto do mundo. À medida em que avança o trabalho de campo, vamos continuar fazendo descobertas notáveis na Arábia Saudita", disse o líder das escavações e coautor do estudo, Michael Petraglia, do instituto Max Planck. 
Este é mais um capítulo da fascinante história da Evolução das Espécies, inaugurada por Charles Darwin.





The dancer

Meus quadros favoritos


Gustav Klimt

Esmo


Vago por trilhas de uma floresta úmida
a pisar folhas secas
gravetos que estalam sob os pés
e se fragmentam
Vago pelo verde de pensamentos inapreensíveis
gotas de orvalho oscilam sobre teias frágeis
capturam insetos sentimentos reminiscências
pequenas e grandes acusações
ásperos arrependimentos
dúvidas numerosas como as raízes desse frondoso eucalipto
Vago pelo silêncio
translúcido amigo
companheiro de paragens
véu
consolo
vinho 
afago
Vago por onde houver ainda acaso vazio
Vago equívoco

Paulo Sergio Viana          


Poema publicado no Blog do Paulo:


jade vermelha




pela forma e cor
surpresa à primeira vista
explosão vermelha


Foto: AVianna, abr 2018

eu por aqui mesmo



eu por aqui mesmo
buscando a palavra certa
pro torto haicai



Foto: AVianna, abr 2018.

Paulo e Beth em Mendoza




Paulo e Beth em Mendoza

Fotos: Paulo Viana, abr 2018, Argentina

Tartaruga








Fotos espetaculares!


Fotos: Paula Vianna, Búzios, RJ, mar 2018

Ciça e Arthur em Chicago






Ciça e Arthur em Chicago

Fotos: Cecília Vianna, abr 2018

Falar em público


O professor Neil Mercer no Hughes Hall College, em Cambridge
Foto: Paco Puentes


“Aprender a falar em público deve ter o mesmo peso do que aprender matemática nas escolas”, é o que afirma Neil Mercer, diretor do centro de Oratória de Cambridge. Diz ele que professores têm que atuar também no desenvolvimento das habilidades, não só na transmissão de conhecimento, em reportagem de Ana Torres Manárguez(5 ABR 2018) para El País.
            Mercer (Lancashire, 1948) dedica sua carreira a estudar como a forma de falar influencia os resultados acadêmicos. “Ele acredita que falar em classe é algo tradicionalmente associado ao mau comportamento, e que as salas de aula foram concebidas para que os alunos participem em silêncio. Essa é uma realidade que atualmente não ocorre nos colégios privados britânicos, onde os alunos são ensinados a dominar a arte da oratória. “O discurso é para as elites”, critica o diretor do centro de oratória da Universidade de Cambridge, que recentemente apresentou suas pesquisas à comissão de Educação da Câmara dos Comuns (deputados), propondo que o programa acadêmico das escolas públicas britânicas dê importância à oratória.”
            Diz ainda a reportagem: “O departamento que ele comanda, chamado Oracy@Cambridge, foi criado há dois anos e meio para estabelecer uma ponte entre pesquisa, a prática e as políticas públicas com o objetivo de determinar como a expressão oral deve ser ensinada nas escolas e locais de trabalho. A equipe é composta por oito especialistas em educação, pesquisadores e assessores públicos, e um de seus estudos demonstrou que as crianças que dominam a oratória obtêm melhores nota em matemática e ciências.” 
            Para Mercer, professor emérito de Educação em Cambridge, trata-se de uma questão de desigualdade social: “os filhos de famílias mais privilegiadas costumam frequentar colégios que os ajudam a melhorar sua expressão oral e dar o melhor de si. Essa habilidade lhes propiciará acesso a melhores postos de trabalho, porque são capazes de negociar.” 
O objetivo de Mercer é formar professores da escola pública para que deem uma segunda chance para as crianças que não aprendem a falar corretamente em suas casas. 
Parece que estamos muito longe desta realidade. Aqui, seria importante que pais e professores dominassem a oratória.