Se os militantes do Estado Islâmico desejavam chocar
o mundo, e penso que este era o grande objetivo deles, conseguiram-no
plenamente, ao divulgar nesta quinta-feira o vídeo aterrorizante.
Este blog tratou ontem da queima de livros e
manuscritos pelos terroristas. Hoje, as imagens da destruição de peças históricas
do museu de Mossul, ao norte do Iraque, pelo mesmo grupo, provoca sentimentos
de revolta, tristeza, indignação, ódio. São perdas definitivas para a história
da humanidade.
Os terroristas alegam que o profeta Maomé destruiu
estátuas ao conquistar Meca, no século VII. Não estou certo da veracidade desta
afirmação. (Minha ignorância é mesmo espantosa!) Mas se o fez, fez muito mal! Se
o fez, infelizmente o exemplo perdura até os dias atuais.
Pois estes bárbaros tratam as esculturas assírias de
mais de 2.000 anos, algumas do século VII a.C., como "ídolos” venerados
por povos de séculos anteriores, portanto sem qualquer valor. Ou pior, como se
fossem objetos de idolatria de adoradores do demônio.
Para o Estado Islâmico,
tudo o que pertença a antigas civilizações, tudo o que veio antes do islã, deve
ser destruído.
Penso que eles têm muito medo! Esta é uma
característica do fundamentalismo religioso: o que está fora do “texto sagrado”
representa uma tentação e, portanto, uma ameaça que precisa ser expurgada.
Outros sítios arqueológicos estão em risco na região.
Há relatos de que peças de valor histórico estão sendo vendidas no mercado
negro, com o intuito de financiar o Estado Islâmico. (O que não é de espantar,
pois os americanos fizeram o mesmo na Guerra do Iraque, não para financiar a
guerra, mas para benefício exclusivo dos ladrões!)
Sou
de opinião que violência gera violência, mas alguma coisa precisa ser feita,
efetivamente, para estancar esta barbárie.