sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A barbárie do século XXI



Se os militantes do Estado Islâmico desejavam chocar o mundo, e penso que este era o grande objetivo deles, conseguiram-no plenamente, ao divulgar nesta quinta-feira o vídeo aterrorizante.
Este blog tratou ontem da queima de livros e manuscritos pelos terroristas. Hoje, as imagens da destruição de peças históricas do museu de Mossul, ao norte do Iraque, pelo mesmo grupo, provoca sentimentos de revolta, tristeza, indignação, ódio. São perdas definitivas para a história da humanidade.
Os terroristas alegam que o profeta Maomé destruiu estátuas ao conquistar Meca, no século VII. Não estou certo da veracidade desta afirmação. (Minha ignorância é mesmo espantosa!) Mas se o fez, fez muito mal! Se o fez, infelizmente o exemplo perdura até os dias atuais.
Pois estes bárbaros tratam as esculturas assírias de mais de 2.000 anos, algumas do século VII a.C., como "ídolos” venerados por povos de séculos anteriores, portanto sem qualquer valor. Ou pior, como se fossem objetos de idolatria de adoradores do demônio.
            Para o Estado Islâmico, tudo o que pertença a antigas civilizações, tudo o que veio antes do islã, deve ser destruído.
Penso que eles têm muito medo! Esta é uma característica do fundamentalismo religioso: o que está fora do “texto sagrado” representa uma tentação e, portanto, uma ameaça que precisa ser expurgada.
Outros sítios arqueológicos estão em risco na região. Há relatos de que peças de valor histórico estão sendo vendidas no mercado negro, com o intuito de financiar o Estado Islâmico. (O que não é de espantar, pois os americanos fizeram o mesmo na Guerra do Iraque, não para financiar a guerra, mas para benefício exclusivo dos ladrões!)
            Sou de opinião que violência gera violência, mas alguma coisa precisa ser feita, efetivamente, para estancar esta barbárie.