segunda-feira, 30 de abril de 2018

Nascer do sol

fotominimalismo





Foto:AVianna, abr 2015, Rio Negro, AM 

Bicho Brasil




Araquém Alcântara, catarinense criado em Santos, um dos principais nomes da fotografia de natureza do Brasil, lança 'Bicho Brasil', livro que reúne mais de 70 fotos de animais.

“Quem vê a foto pronta não faz ideia do que estava por trás. Sempre parece que você desceu do carro fumando um charuto e fez a foto quando, na verdade, é uma loucura. Não há glamour nenhum na fotografia de natureza. É tudo muito bonito, mas você sofre para chegar lá e enfrenta toda sorte de perigos.” Quem diz isso é Araquém Alcântara, catarinense criado em Santos, um dos principais nomes da fotografia de natureza do País, o primeiro a percorrer todos os parques nacionais e que já passou por poucas e boas cara a cara com bichos, num monomotor em queda ou como refém de índios caiapós”


Fotoabstração N.41







Foto: Mercêdes Fabiana, abr 2018

domingo, 29 de abril de 2018

Saber


Quando a conheceu, ela sabia pouco e ele tudo lhe ensinou. Na velhice, ela precisou ensinar-lhe tudo, pois ele não sabia mais nada.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Rothko sem título

Meus quadros favoritos


Rothko

Enfim, réus

Política sem palavras


Capa do Correio hoje

Palmeiras vence o Boca

A foto do dia



           Diante de 50.000 argentinos, o Palmeiras derrota o Boca Juniors por 2 a 0 na Bombonera, e se classifica para a segunda fase da Libertadores. 
           Jogo difícil, é claro. Palmeiras dominou os 10 primeiros minutos, o que foi fundamental para aplacar o entusiasmo do adversário. Em seguida, o Boca assumiu o controle da partida, diante do recuo dos brasileiros. Mas permaneceu bem na defesa, o Palmeiras.   
           Até que Keno brilhou, com cabeçada certeira: 1 a 0!
           No segundo tempo, surpreendentemente, o Palmeiras foi melhor. Diante da lambança da defesa do Boca, Lucas Lima fez um lindo gol por cobertura. A partir daí, o Palmeiras tocou a bola, à moda do Barcelona!
          Apenas cinco times brasileiros obtiveram a vitória na Bombonera até hoje. O verdão foi o último deles!
          Avante Palmeiras!

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Preto, branco e vermelho

fotominimalismo




Foto: Cecília Vianna, abr 2018

Bajau, os ciganos do mar




A reportagem com o título Mutação genética que permite mergulho livre é descoberta no povo Bajau, os “ciganos do mar” da Indonésia, por Natasha Romanzoti (21abr 2018), é surpreendente!
Estudo conjunto das universidades de Copenhague, Cambridge e Califórnia, descobriu que os Bajau, povo que vive na Indonésia, têm baços geneticamente aumentados que lhes permitem mergulhar livremente em profundidades de até 70 metros.
Resposta de mergulho é uma reação fisiológica do corpo ao mergulhar e consta de diminuição da frequência cardíaca, contração dos vasos sanguíneos e baço, o que ajudará a economizar energia em condições de pouco oxigênio. A relação entre o tamanho do baço e a capacidade de mergulho nunca foi examinada em indivíduos no nível genético. “Agora, temos provas de que uma adaptação genética do tipo realmente ocorreu em seres humanos, tornando-os melhores em mergulhar”, informa a reportagem.


“Por mais de mil anos, o povo Bajau, conhecido como “nômades do mar” ou “ciganos do mar”, viaja pelos mares do sudeste asiático em casas flutuantes, coletando alimentos no oceano usando lanças. Agora instalados nas ilhas da Indonésia, são famosos em toda a região por suas extraordinárias habilidades de mergulho e retenção de ar. Os Bajau podem mergulhar até 70 metros usando nada mais do que um conjunto de pesos e um par de óculos de madeira.”
A pesquisadora Melissa Ilardo suspeitava que os Bajau poderiam ter baços geneticamente adaptados como resultado de seu estilo de vida marinho, baseada em descobertas em outros mamíferos. Por exemplo, a foca-de-weddell tem um baço desproporcionalmente grande. O mesmo poderia ser verdade em seres humanos.
“A contração do baço cria um aumento de oxigênio pela ejeção de células vermelhas do sangue para a circulação. Estudos já descobriram que essa reação fornece um aumento de até 9% no oxigênio, prolongando assim o tempo de mergulho.” Os Bajau têm um tamanho médio de baço 50% maior do que os Saluan. Os baços aumentados foram vistos até nos indivíduos Bajau que não mergulhavam. 
Os Bajau têm um gene chamado PDE10A que os Saluan não possuem. Acredita-se que o PDE10A controle os níveis do hormônio tireoidiano T4. Essa adaptação genética pode aumentar os níveis de tal hormônio da tireoide, o que, consequentemente, aumenta o tamanho do baço. 
O estudo também tem implicações para a pesquisa médica. “A resposta ao mergulho humana simula as condições de hipóxia aguda em que o tecido corporal sofre um rápido esgotamento de oxigênio. Essa é uma das principais causas de complicações e mortes nas salas de emergência hospitalares.” 
            Conclui a reportagem: “Este estudo é um exemplo maravilhoso do valor de estudar essas pequenas populações que vivem sob condições extremas”, disse o professor Eske Willerslev, orientador de Ilardo. “Muitas estão ameaçadas e isso não é apenas uma perda cultural e linguística, mas para a genética, medicina e ciências em geral. Ainda há muita informação a ser coletada dessas populações pouco estudadas”. 




terça-feira, 24 de abril de 2018

Mais um caso de Suzete


Querido André,

faz tempo que não escrevo, bem sei, mas vou logo avisando que só escrevo quando tenho vontade (ou necessidade?), não adianta você dizer que os leitores do seu blog reclamam da minha ausência pois nem acredito nisso, você deseja apenas me agradar, e disso eu gosto.
            Peguei dengue. Em parte, este o motivo do meu silêncio. Doencinha filha da puta, só dizendo assim, acaba com a vida de gente. Pior é a dor no corpo, como quem passou por uma máquina de moer carne. Exagero? Não desejo pra ninguém. Estou recuperada, volto a escrever para lhe contar um novo caso.
            Aconteceu no salão, só podia ser! Assim que o rapaz entrou todo mundo parou de respirar, a boca aberta, olhos esbugalhados, ameaça de vertigem, o que Nelson Rodrigues chamaria de frissonentre colegas, freguesas, a dona do salão. Lindo lindo lindo o moço!
            Sapato preto de verniz, calça jeans justa, camisa azul claro com dois botões abertos mostrando o peito, paletó Armani, e uma cabeleira negra de fazer inveja a Castro Alves (só eu mesma para fazer uma comparação dessas...). Aí então é que pude reparar em outros detalhes, no nariz grego, a testa alta, olhos verdemar, boca carnuda, queixo de boxeador, pele queimada de sol, e ar de cafajeste. Verdadeiro artista de cinema, André. Ah!, o perfume Prada que inundou o salão.
            Sei que misturo descrição física com o caráter do homem. Não me importo: cafajeste à primeira vista, sem chance de errar. Até no jeito de andar. E caminhou em direção à dona do salão, dizendo que precisava cortar o cabelo. Nem preciso dizer a quem foi endereçado, só eu corto cabelo de homem no salão.
            Boa tarde, Boa tarde. Sentou-se. Apenas apare as pontas, por favor. Pois não.
            Aparei as pontas bem devagar, fio por fio, como se os cortasse com tesourinha de unha – como os ingleses aparam seus gramados de quatrocentos anos, dizem, que eu mesma nunca fui à Inglaterra. A cada fio que cortava, me afastava um pouco, avaliava o resultado como quem estuda uma obra de arte. Tomei tempo, inebriada por aquele perfume, sob os olhares invejosos das colegas. 
            Tentei puxar o assunto de sempre. Gosta de ler? Não.
            Aquele “não” doeu, viu. Tentei novamente. Gosta de cinema? Também não.
            Achei melhor permanecer em silêncio do que perguntar Então do que você gosta?, com medo de receber um De nada.
            Demorou, mas terminei. Mostrei-lhe o resultado com o tradicional espelho posicionado na nuca do freguês. Está ótimo. Antes assim, pensei.
            Levantou-se, dirigiu-se à mesa da chefe, perguntou se podia pagar com cheque, claro que podia. Ao sair, passou por mim e disse Sua gorjeta está incluída no cheque. Obrigada.
            Dois dias depois o cheque foi devolvido. Cafajeste.
            
            Da sempre sua
                                                Suzete.
            
            
            

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Dia de chuva

fotominimalismo




Foto: AVianna, abr 2018, Pirenópolis
Nikon D7200

Aldravia n. 68




ribeirão
de
minha
infância
doce
lembrança


Foto: AVianna, abr 2018, Pirenópolis

Porta & janela

Fotominimalismo




Foto: AVianna, abr 2018, Pirenópolis

Neolítico, uma revolução


Pintura rupestre de uma cena cotidiana com gado no Neolítico,
Tassili n’Ajjer (Argélia).
De Agostini Picture Library (Getty)


A extensa reportagem é de Guillermo Altares (21 Abr 2018), para El País, e assim tem início:

“O Neolítico é o período mais importante da história e um dos mais desconhecidos do grande público. Com a adoção da pecuária e da agricultura foram criadas as primeiras cidades, nasceu a aristocracia, a divisão de poderes, a guerra, a propriedade, a escrita, o crescimento populacional... Surgiram, em poucas palavras, os pilares do mundo em que vivemos. As sociedades atuais são suas herdeiras diretas: nunca fez tanto sentido falar de revolução porque deu origem a um mundo totalmente novo. E talvez tenha sido também o momento em que começaram os problemas da humanidade, não as soluções.”

Há 10.000 anos a humanidade começou a transformar o meio ambiente para adaptá-lo às suas necessidades, o que coincidiu com o crescimento exponencial da população do planeta. Hoje vivemos uma mudança profunda, a passagem para uma nova era geológica, do Holoceno ao Antropoceno, uma mudança planetária imensa. De fato, alguns estudiosos acreditam que esse salto começou no Neolítico.
Escreve o arqueólogo francês Jean-Paul Demoule: “Acredito que é a única verdadeira revolução na história da humanidade. A revolução digital que estamos vivendo atualmente não é mais do que uma consequência de longo prazo daquela. Mas, curiosamente, é a menos ensinada na escola.” 
O antropólogo James C. Scott, afirma: “Podemos dizer sem problemas que vivíamos melhor como caçadores-coletores. Estudamos corpos de áreas onde o Neolítico estava sendo introduzido e encontramos sinais de estresse nutricional em agricultores que não encontramos em caçadores-coletores. É ainda pior nas mulheres, onde identificamos uma clara carência de ferro. A dieta anterior era sem dúvida mais nutritiva. Encontramos também muitas doenças que não existiam até os humanos passarem a viver mais concentrados e com os animais. Além disso, sempre que ocorreram assentamentos de populações, começaram guerras”. 
Scott argumenta que já se utilizava a agricultura e a irrigação antes do nascimento dos Estados, e que diferentes catástrofes como epidemias ou desmatamento, e a salinização do solo fizeram que o “Neolítico fosse um processo de ida e volta e que sociedades agrícolas voltassem a ser caçadoras-coletoras. Durante 5.000 anos passaram de um estado a outro dependendo das condições climáticas.” 
Os historiadores continuam procurando respostas para saber por que a agricultura foi inventada, se nos alimentávamos melhor quando éramos caçadores-coletores. O fenômeno coincidiu com um período de aquecimento global do planeta depois da última glaciação, há cerca de 10.000 anos, e foi um processo gradual que ocorreu em diferentes pontos, levando ao florescimento de civilizações como a etrusca e a romana. A introdução da agricultura e da pecuária foi seguida pelo trabalho com os metais, a fundação de cidades, o surgimento de aristocracias.
Informa Altares: “Quase ninguém mais acredita que houve uma única revolução neolítica que eclodiu no Oriente Médio com a domesticação do trigo e que daí se espalhou a todo o planeta. A ideia mais difundida é que houve vários pontos de partida mais ou menos simultâneos, na China com o arroz ou na América com o milho. Por outro lado, existe a certeza, graças à genética, de que o trigo chegou à Europa por meio das migrações dos primeiros camponeses, em um momento de grandes movimentos populacionais.”  



Vaso campaniforme do Neolítico, encontrado em Sabadell
Phas / Uig / Getty


“Um caso fascinante que ilustra como o Neolítico se estabeleceu é o da cerâmica campaniforme, que se expandiu em grande parte da Europa durante a Idade do Bronze, há cerca de 4.900 anos. A partir da Península Ibérica, especificamente do estuário do Tejo, chegou ao norte e ao leste da Europa, às Ilhas Britânicas, mas também à Sicília e à Sardenha. Além de Portugal e Espanha, essa cerâmica, que não está associada ao uso cotidiano, mas ritual, apareceu na França, Itália, Reino Unido (incluindo a Escócia), Irlanda, Holanda, Alemanha, Áustria, República Tcheca, Eslováquia, Polônia, Dinamarca, Hungria e Romênia. “Sua escala geográfica não tem precedentes no continente até a chegada da União Europeia”, escreve Lalueza-Fox em seu ensaio. Guardando todas as proporções, seu alcance geográfico poderia ser comparado ao de um Tok &Stok do fim da pré-história.”
Conclui Altares: “Nem a genética nem a arqueologia conseguiram desvendar ainda todos os mistérios cruciais que esse período esconde. Também chegou nesse período à Europa o indo-europeu, do qual derivam as línguas faladas por metade da população mundial, um processo sobre o qual ainda existe um intenso debate. A única certeza é que aquela revolução remota mudou tudo e que ainda não acabou.” 




quinta-feira, 19 de abril de 2018

Pulitzer de fotografia

A foto do dia


 “A agência de notícias Reuters ganhou dois prêmios Pulitzer em 2018, um para o relatório especial que revelou as conexões entre o presidente filipino, Rodrigo Duterte, e esquadrões da morte da polícia, e outro para a produção fotográfica sobre a crise do migrantes rohingyas. Na imagem, uma exausta refugiada toca a costa depois de atravessar a fronteira entre Bangladesh e Mianmar de barco pela baía de Bengala, em Shah Porir Dwip (Bangladesh), em 11 de setembro de 2017.”

Danish Siddiqui / Reuters




quarta-feira, 18 de abril de 2018

Céu & mar

Fotominimalismo






Foto: AVianna, nov 2017, Nikon D7200


Clique na foto para ampliar.

Dormir numa livraria: um sonho!

A foto do dia



Interior de La Librairie, uma antiga livraria transformada em suíte
no bairro parisiense do Marais


“A livraria da Rue Caffarelli (que em outros tempos foi um sebo) é um espaço muito acolhedor, voltado para a calçada. O hóspede dorme e vive em uma grande biblioteca, com cerca de 4.500 livros (muito bons, aliás), na qual todo apaixonado pela leitura e sem rumo encontrará o norte. Também há todo tipo de serviço (máquina de café, pia, minibar gratuito) em uma área interna de 45 metros quadrados pensada para até quatro pessoas. Bem equipado (ah, esse duplo colchão king size convida ao sono à primeira vista), o espaço está completamente protegido de ruídos externos e isolado graças a um vidro e cortinas especiais para garantir intimidade.”





terça-feira, 17 de abril de 2018

Rosa e botões

Fotominimalismo




Foto: AVianna, abr 2018, Pirenópolis

erro de português




erro de português

Quando o português chegou
Debaixo d`uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português


                           Oswald de Andrade

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Quatro portas





As quatro portas na entrada



As casas mais antigas, mais tradicionais de Pirenópolis, além dos belos janelões, apresentam na fachada um aspecto peculiar, a porta de entrada - ou as portas de entrada! Aberta a porta principal, o visitante depara-se com um corredor de 2 a 3 metros de comprimento, pouco mais de 1 metro de largura, estreito portanto. O piso é quase sempre forrado com quartzito, a chamada pedra de Pirenópolis; nos que já sofreram reformas, o visitante pode ver belos ladrilhos; nas antigas, o assoalho era de madeira de lei, bem como o forro do teto.
            Ao fundo vê-se uma porta que ocupa toda a largura do corredor. Porém, o que é mesmo de intrigar são as duas portas laterais, à esquerda e à direita de quem entra, uma frente à outra. Assim, o conjunto compõe-se de quatro portas, geralmente pintadas da mesma cor, às vezes bicolor, com um crucifixo pregado na porta da frente ou na do fundo do corredor.
            Os de casa vão direto à porta do fundo, e por lá têm acesso ao interior da moradia. Se alguém da família, ou mesmo um viajante, hospeda-se por alguns dias, haverá de ocupar o quarto de hóspedes, cuja entrada é a porta da esquerda. Se é visita de gente importante e de cerimônia, ela é recebida pela porta da direita, que se abre para uma sala pequena – todos os cômodos são pequenos – mas bem decorada, com jogo de sofás, enfeites de toda natureza, retratos antigos da família nas paredes, alguma pinturinha tosca de paisagem local. (Na mesinha de centro, imagino, é servido ao visitante ilustre o licor de pequi ou jabuticaba, ambos a exibir os dotes culinários da dona da casa.) Por esta sala o visitante também pode ter acesso a todo o interior da casa, aos quartos de dormir, à outra saleta menor que se abre para o jardim interno, e se a curiosidade faz com que ele continue explorando a interessante arquitetura, sempre em direção ao fundo, a casa agora estreita e ladeada pelo jardim, o visitante chega à cozinha mais nova, recente, com fogão a gás, e se continua caminhando, chega à cozinha primitiva, com seu belo fogão a lenha, e que também se abre para o jardim. O último cômodo é o banheiro.
            O pé direito sempre altíssimo areja perfeitamente o interior da residência. 
            Fica assim explicado o mistério das quatro portas nas casas mais antigas, mais tradicionais de Pirenópolis.


Tosca planta baixa 
a ilustrar o texto acima


Lampiões

Fotominimalismo




Foto: AVianna, Pirenópolis, abr 2018
Nikon D7200, Nikkor 18-300mm

Moinho

Fotominimalismo





Objeto visto na pousada Pouso, Café e Cultura, em Pirenópolis.
Foto: AVianna, abr 2018
Nikon D7200, Nikkor 18-300mm

Passeio a Pirenópolis

“Pirenópolis é um município histórico, sendo um dos primeiros do estado de Goiás. Foi fundado com o nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte pelo minerador português Manoel Rodrigues Tomar (alguns historiadores denominaram-no como Manoel Rodrigues Tomás). As minas da região foram descobertas pelo bandeirante Amaro Leite, porém foram entregues aos portugueses por Urbano do Couto Menezes, companheiro de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera Filho, na primeira metade do século XVIII. Segundo a tradição local, o arraial foi fundado em 7 de outubro de 1727
Foi importante centro urbano dos séculos XVIII e XIX, com mineração de ouro, comércio e agricultura, em especial a produção de algodão para exportação no século XIX. Ainda no século XIX, com o nome de cidade de Meia Ponte, destacou-se como o berço da música goiana, graça ao surgimento de grandes maestros, bem como berço da imprensa em Goiás, já que ali nasceu o primeiro jornal do Centro Oeste, denominado Matutina Meiapontense
Em 1890, a cidade teve seu nome mudado para Pirenópolis, o município dos Pireneus, nome dado à serra que a circunda. Ficou isolada durante grande parte do século XX e redescoberta da década de 1970, com a construção da nova capital do país, Brasília. Hoje, é famosa pelo turismo e pela produção do quartzito, a Pedra de Pirenópolis. 
Pyrenópolis (ortografia arcaica), posteriormente Pirenópolis, significa "a Cidade dos Pireneus". Seu nome provém da serra que circunda a cidade que é a Serra dos Pireneus. Segundo a tradição local, a serra recebeu este nome por haver na região imigrantes espanhóis, provavelmente catalães. Por saudosismo ou por encontrar alguma semelhança com os Pirenéus da Europa, cadeia de montanhas situada entre a Espanha e a França, deram então a esta serra o nome de Pirenéus, mas mais tarde, devido à pronúncia da língua portuguesa no Brasil, surgiu a grafia sem acento.”










Fotos: AVianna, abr 2018
Nikon D7200, Nikkor 18-300mm e Iphone 8S



quinta-feira, 12 de abril de 2018

50 POEMAS DE REVOLTA



Ao meu amigo Sergio Pripas

            Na cotidiana garimpagem pelas prateleiras de Poesia, encontrei hoje o pequeno 50 Poemas de Revolta, da Companhia das Letras, editado em 2017.
Pequeno formato, capa horrorosa – parece que vai explodir –, o livrinho é composto por poemas de 34 autores brasileiros, e informa que a seleção foi feita pelos editores, sem menção a qualquer coordenador em especial. Ele é atualíssimo.
            No alto da página de apresentação está a pergunta: “Toda poesia é política?”
            Em seguida vem a resposta: 

“A poesia é, por si, ato de resistência. Além de não comercial, espécie de antiproduto, antimercado, dirigida a um círculo restrito de leitores, é uma reação à automatização da linguagem, do pensamento e dos sentidos. Quando o poeta lança seus dados em resposta às notícias de jornal, a política aparece não apenas como um dos componentes que definem o gênero poético, mas também como temática do poema. Com profundo desejo de transformação, os versos se rebelam contra as mazelas sociais e conquistam alta voltagem de mobilização. É uma poesia engajada, indignada, insubordinada. 
...São poemas que, em tempos sombrios, procuram jogar luz sobre incontáveis modalidades de negligência e opressão que estão na ordem do dia.”
Assinado, os editores.

            Mais atual, portanto, impossível! Vivemos tempos sombrios, assolados pela corrupção que, sem dúvida, acarreta negligência e opressão. Afirmar que Poesia é Resistênciapode soar risível. Porém, se considerarmos o possível desejo de transformação despertado naquele que lê poesia, então estaremos levando em conta o papel revolucionário da Literatura, em particular da Poesia.
            Uma pequena amostra? Vejamos o poema de Nicolas Behr (1958), natural de Cuiabá e residente em Brasília, pertencente à geração marginal.


Receita

ingredientes

2 conflitos de gerações
4 esperanças perdidas
3 litros de sangue fervido
5 sonhos eróticos
2 canções dos beatles

modo de preparar

dissolva os sonhos eróticos
nos dois litros de sangue fervido
e deixe gelar seu coração

leve a mistura ao fogo
adicionando dois conflitos
de gerações às esperanças perdidas

corte tudo em pedacinhos
e repita com as canções dos
beatles o mesmo processo usado
com os sonhos eróticos, mas desta
vez deixe ferver um pouco mais e
mexa até dissolver

parte do sangue pode ser
substituída por suco de
groselha, mas os resultados
não serão os mesmos

sirva o poema simples
ou com ilusões
            
***


doce intenção

é intenção deste blogueiro resistir ao podre noticiário do dia a dia com alguma poesia retirada deste ou de outros livrinhos de poesia            

Beleza

A foto do dia



Foto: Pedro Jarque Krebs




Sem saída

Política sem palavras




Foto: Mauro Pimentel / AFP

Brasília ganha Hospital Veterinário Público


A reportagem é de Walder Galvão, para o Correio Braziliense (05/04/20180), e é saudada com entusiamo pelo Louco por cachorros!!! Sinal de civilidade em progresso.

O Distrito Federal ganha hospital veterinário público, localizado dentro do Parque Lago Cortado, em Taguatinga, e oferece consultas, cirurgias, medicações, exames laboratoriais, internações e outros tratamentos para cães e gatos. 

“Os atendimentos do Hospital Veterinário darão preferência a animais de famílias de menor renda ou inscritas em programas sociais do governo de Brasília. Para o Ibram, esse grupo de bichinhos, geralmente, é sujeito a viroses, infecções e outras doenças por não disporem de atendimento especializado."

"O novo hospital também receberá animais vítimas de maus tratos atendidos pela Polícia Militar e pelo Ibram. Por lei, é considerado maus tratos deixar de prestar assistência veterinária a animais doentes, feridos ou mutilado, por isso, o hospital pode sanar esse tipo de problema." 

"O investimento previsto para este primeiro ano de atividade do hospital é de R$ 1 milhão. No entanto, serão aplicados novos aportes nos próximos cinco anos, chegando a R$ 12 milhões. O local também poderá receber doações, desde que sejam para aprimorar ou ampliar o atendimento."

"Os atendimentos serão realizados de segunda-feira a sexta-feira, de 8h às 17h. A orientação é de que os pacientes cheguem às 8h, horário em que serão distribuídas as senhas para atendimento. O local tem capacidade para atender até 400 animais por dia.”




Foto: Walder Galvão/Esp. CB/D.A Press


terça-feira, 10 de abril de 2018