quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Amatrice

A foto do dia.


Vista aérea de Amatrice, região central da Itália, após terremoto.

Foto: Gregorio Borgia / AP

perfume da chuva


pela madrugada
chuva, raios, trovoada
jardim perfumado


Foto: A.Vianna, ago 2016, jardim.

Caillebotte novamente

Meus quadros favoritos.


Gustave Caillebotte.


De que valem as medalhas?

A mídia anda pródiga, nesses dias pós-olímpicos, em comentários e avaliações sobre o desempenho dos atletas brasileiros na Rio 2016. O critério utilizado tem sido a comparação entre o número de medalhas obtidas em Londres e agora no Rio. O ganho foi pequeno, esperava-se mais, segundo essa mesma mídia.
Sempre achei essa história de número de medalhas uma bobagem. Gastar um dinheirão, investir em esportes que poderão render medalhas, tudo isso sempre me pareceu uma grande bobagem. Mas andei remando contra a maré. O número de medalhas – agora com a prevalência das de ouro! – continuou sendo, sem trocadilho, o “padrão ouro”.
Então encontro na crônica de Hélio Schwartsman de 23/8/2016, para a Folha de S. Paulo, a seguinte afirmação:

“E, convenhamos, apoiar o alto rendimento para ganhar medalhas me parece um objetivo meio besta. Investimentos públicos em esporte deveriam estar voltados principalmente para dar condições para a população exercitar-se e motivá-la a fazê-lo, melhorando sua qualidade de vida e reduzindo as contas da saúde.”
             
            E prossegue Schwartsman:

“A Olimpíada consumiu R$ 39 bilhões, dos quais R$ 17 bilhões são dinheiro público, que é o que nos diz respeito. Como foram 17 dias de eventos e competições, temos a bagatela de R$ 1 bilhão por dia. [...] Não ignoro que organizar um evento como a Olimpíada traz ganhos difíceis de ponderar, como a melhora da autoestima nacional e da imagem externa do país. Custa-me crer, porém, que tais benefícios justifiquem o R$ 1 bilhão por dia.”

Penso que estou bem acompanhado em meus pontos de vista!