quarta-feira, 11 de março de 2020

Por que este ministro?


Com a manchete Um homem doente, O Estado de S.Paulo publicou hoje (11 mar 2020), excelente editorial, cujo primeiro parágrafo reproduzo aqui, por tratar daquilo que é mais importante para o país, a Educação. 

“A cada dia que Abraham Weintraub permanece como ministro da Educação, desmoraliza-se esta que é uma das principais – se não a principal – forças motrizes para o desenvolvimento sustentável e para a redução da brutal desigualdade no País. Consumido por desvarios persecutórios e pendor revanchista que só sua alma é capaz de explicar, Weintraub parece não dispor de tempo em seu dia útil para dedicar às questões que realmente interessam à causa da educação, supondo, evidentemente, que o ministro seja capaz de diagnosticá-las. Em vez disso, Weintraub lança-se numa cruzada permanente contra tudo e contra todos que discordam de suas visões e de seus métodos, incluídos num mesmo balaio a mídia profissional, o Congresso, os partidos políticos e estudiosos das políticas públicas para a área de educação.”

O jornal faz ainda uma afirmação importante, corajosa e verdadeira: “Se o presidente quisesse ter um ministro da Educação, já teria demitido Weintraub.”
A óbvia pergunta que todo leitor há de fazer é: por que então o Presidente da República não demite o senhor Weintraub? Por que não coloca o Ministério em mãos competentes? 
Lembro-me bem, no tempo da Ditadura Militar era voz corrente que o povo não deveria ser educado para não fazer exigências “absurdas”, que se tornassem uma ameaça para o regime. Talvez isso fosse verdade. Mas e agora? Não estamos em pleno regime democrático?
Quando um criacionista é nomeado para chefiar a CAPES, começo a duvidar que estamos numa democracia.
Então, por que o Weintraub?