domingo, 23 de outubro de 2016

O sonho de Schubert

             Schubert sonhou que Beethoven havia morrido e que ele precisava comparecer ao funeral. Sentia-se constrangido, não era merecedor nem ao menos de comparecer ao enterro do Mestre. Porém, alguma coisa o obrigava a ir, não sabia o que.
          Acordou banhado em suor, pois, no sonho, segurava uma das alças do caixão de Beethoven.

Contemporâneo

Agora não basta ver, ou até mesmo vivenciar; é preciso fotografar.

Alerta!

Ela é o ouro da casa, mas vou logo avisando, só bebe champanhe e tem a mania de se apaixonar.

Inspirado na novela
De jogos e festas
de J.J.Veiga

Lançamento de novo Sebastião Salgado



O livro Kuwait, Um Deserto em Chamas (Taschen), do consagrado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, será lançado na próxima terça-feira, para convidados, na Galeria Mario Cohen, em São Paulo.

Foto: Sebastião Salgado

Dissecando a corrupção

O assunto do momento é corrupção, tanto na politicagem nacional quanto na acepção mais ampla do termo, ou seja, uma manifestação disseminada pela espécie humana. Daí a oportuníssima crônica de ontem (22/10) de Hélio Schwartsman para a Folha de S. Paulo intitulada Profissão corrupto.
Ele cita artigo publicado na "Nature Neuroscience", que associa experimento psicológico com técnicas de imagem, onde a cobaia deveria fazer uma estimativa sobre a quantidade de dinheiro contida num jarro.
Segundo Schwartsman, “os pesquisadores constataram que a desonestidade aumentava com a repetição dos exercícios, o que é compatível com a famosa teoria das janelas quebradas, segundo a qual pequenas transgressões degeneram em crimes mais graves. Igualmente interessante, isso só ocorria quando o participante se beneficiava pessoalmente do ato de desonestidade. Quando ele "roubava" para outros, a escalada não acontecia.”
Em alguns indivíduos o experimento foi acompanhado com a obtenção de imagens de ressonância magnética funcional; observou-se que “a amígdala, uma estrutura do cérebro ligada a emoções negativas, incluindo a repulsa moral, estava envolvida no processo. Ao que parece, ela reage com menos intensidade a cada repetição do ato desonesto. Literalmente, o corrupto vai se acostumando com essa condição, até que já não a sinta mais como algo condenável.”
Ao chegar a este ponto, digamos, de “saturação” quanto à prática da corrupção, então Schwartsman utiliza-se de uma expressão irretocável:  “E aí, liberou geral.”
Chega a ser com incredulidade que ouvimos as notícias do volume de dinheiro roubado por um único sujeito no assalto à Petrobras. Agora fica fácil de compreender: é que ele liberou geral...
Podemos concluir então que a profilaxia da corrupção é a tolerância zero para quaisquer tipos de delitos, o que certamente tem início em nossa infância, tanto em casa quanto na escola. Mais uma vez, a Educação parece ser a solução.