segunda-feira, 1 de abril de 2019

Kakistocracia




Uma kakistrocracia é um sistema de governo comandado pelos piores, menos qualificados e inescrupulosos cidadãos.
            A palavra surgiu no séc. XVII e voltou a ser mencionada no séc. XXI, por razões óbvias.
            Ela deriva de dois radicais gregos, kakistos (κάκιστος, pior) e kratos (κράτος, governo).
            Oportuno que seja ressuscitada.




Aguda sensibilidade


O patrão pediu a opinião dele sobre o novo capataz. Simples e analfabeto, foi taxativo: 
– Doutor, não vejo ninguém naquela pessoa.


(Em colaboração com o Dr. João Nunes, meu médico.)

Alternativa

– Doutor, estou sofrendo com esta diarreia.
– Paciência, minha filha, prisão-de-ventre é muito pior.



Inútil


Diante do espelho, perguntou-se se precisava fazer a barba para ir ao Doutor.
– Ele não vai reparar mesmo...

Nada a comemorar

A foto do dia



Eu estava lá. Houve golpe em 64. Em seguida implantou-se a ditadura. Tive colegas de turma torturados. Tive um colega morto. Não podemos esquecer. Muito menos dar outro nome aos fatos.

Foto: Divulgação

Menina

Meus quadros favoritos


Pieter de Hoogh

Nascido em Roterdã (1629), faleceu em Amsterdã (1684).
A luz dos holandeses entrando pela porta (iluminando parte dos cabelos da menina), e provavelmente uma janela iluminando a face da criança. O domínio da luz!

22 anos da faixa de pedestre





Comemoramos hoje  em Brasília – e a palavra está correta, trata-se mesmo de uma comemoração– 22 anos da implantação da faixa de pedestre. É quase uma festa: há manifestações nos jornais, em rádios, televisão, o Detran faz campanha por toda a cidade enfatizando a necessidade de aprimorarmos o processo, pois ainda hoje há quem não respeite a faixa, com graves consequências.
            Antes disso, o trânsito na cidade era descrito por muitos como selvagem, tal o número de mortos e feridos causados pela imprudência dos motoristas que dirigiam em altíssima velocidade, aproveitando-se das largas avenidas do Plano Piloto.
            Parece que a ideia de respeitar o pedestre veio do coronel da Polícia Militar Renato Fernandes de Azevedo, falecido em 2012, de um câncer no pulmão. Ele trouxe da Europa a sugestão da faixa. 
            As autoridades de trânsito dizem que não foi fácil a implantação do novo comportamento. Não é esta a minha opinião, mas posso estar enganado; pelo menos onde eu morava, e nas proximidades, pude presenciar que a adoção da nova atitude foi muito rápida por parte dos moradores. E mais, todos éramos orgulhosos pelo simples fato de pararmos para dar passagem a quem andava a pé.
            Hoje cedo ouvi numa rádio de grande penetração o resultado de uma enquete aplicada à população: 79% das pessoas são orgulhosas pelo fato de que em Brasília o pedestre é respeitado ao atravessar a faixa.
            Parece pouco, mas é um pequeno passo em direção ao chamado processo civilizatório de uma população.