quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Lista de premiações

Adoro listas. 

Abaixo, uma lista desde 1901, ano em que a premiação começou, do Nobel de Literatura. 


1901. Sully Prudhomme (França).

1902. Theodor Mommsen (Alemanha).

1903. Bjørnstjerne Bjørnson (Noruega).

1904. Frédéric Mistral (França) e José Echegaray (Espanha).

1905. Henryk Sienkiewicz (Polônia).

1906. Giosuè Carducci (Itália).

1907. Rudyard Kipling (Reino Unido).

1908. Rudolf Christoph Eucken (Alemanha).

1909. Selma Lagerlöf (Suécia).

1910. Paul von Heyse (Alemanha).

1911. Maurice Maeterlinck (Bélgica).

1912. Gerhart Hauptmann (Alemanha).

1913. Rabindranath Tagore (Índia).

1914. Não houve premiação.

1915. Romain Rolland (França)

1916. Verner von Heidenstam (Suécia).

1917. Karl Adolph Gjellerup (Dinamarca) e Henrik Pontoppidan (Dinamarca).

1918. Não houve premiação.

1919. Carl Spitteler (Suíça).

1920. Knut Hamsun (Noruega).

1921. Anatole France (França).

1922. Jacinto Benavente (Espanha).

1923. William Butler Yeats (Irlanda).

1924. Władysław Reymont (Polônia).

1925. George Bernard Shaw (Irlanda).

1926. Grazia Deledda (Itália)

1927. Henri Bergson (França).

1928. Sigrid Undset (Noruega).

1929. Thomas Mann (Alemanha).

1930. Sinclair Lewis (Estados Unidos).

1931. Erik Axel Karlfeldt (Suécia).

1932. John Galsworthy (Reino Unido)

1933. Ivan Bunin (nascido na Rússia, residente na França).

1934. Luigi Pirandello (Itália).

1935. Não houve premiação.

1936. Eugene Ou'Neill (Estados Unidos).

1937. Roger Martin du Gard (França).

1938. Pearl Séc. Buck (Estados Unidos)

1939. Frans Eemil Sillanpää (Finlândia).

1940. Não houve premiação.

1941. Não houve premiação.

1942. Não houve premiação.

1943. Não houve premiação.

1944. Johannes Vilhelm Jensen (Dinamarca).

1945. Gabriela Mistral (Chile).

1946. Hermann Hesse (nascido na Alemanha, residente na Suíça).

1947. André Gide (França).

1948. T. S. Eliot (nascido nos Estados Unidos, residente no Reino Unido).

1949. William Faulkner (Estados Unidos).

1950. Bertrand Russell (Reino Unido).

1951. Pär Lagerkvist (Suécia).

1952. François Mauriac (França).

1953. Winston Churchill (Reino Unido).

1954. Ernest Hemingway (Estados Unidos).

1955. Halldór Kiljan Laxness (Islândia).

1956. Juan Ramón Jiménez (Espanha).

1957. Albert Camus (França).

1958. Boris Leonidovich Pasternak (União Soviética).

1959. Salvatore Quasimodo (Itália).

1960. Saint-John Perse (França).

1961. Ivo Andrić (Nascido na Áustria, residente na Iugoslávia).

1962. John Steinbeck (Estados Unidos).

1963. Giorgos Seferis (Grécia).

1964. Jean-Paul Sartre (França).

1965. Mikhail Sholokhov (União Soviética).

1966. Shmuel Yosef Agnon (nascido na Áustria e residente em Israel) e Nelly Sachs (nascida na Alemanha e residente na Suécia).

1967. Miguel Ángel Astúrias (Guatemala).

1968. Yasunari Kawabata (Japão).

1969. Samuel Beckett (Irlanda).

1970. Aleksandr Isayevich Solzhenitsyn (União Soviética).

1971. Pablo Neruda (Chile).

1972. Heinrich Böll (Alemanha).

1973. Patrick White (nascido no Reino Unido, residente na Austrália).

1974. Eyvind Johnson (Suécia) e Harry Martinson (Suécia).

1975. Eugenio Montale (Itália).

1976. Saul Bellow (Nascido no Canadá, residente nos Estados Unidos).

1977. Vicente Aleixandre (Espanha).

1978. Isaac Bashevis Singer (nascido na Rússia, residente nos Estados Unidos).

1979. Odysseas Elytis (Grécia).

1980. Czesław Meułosz (nascido na Polônia, residente nos Estados Unidos).

1981. Elias Canetti (Bulgária).

1982. Gabriel García Márquez (Colômbia).

1983. William Golding (Reino Unido).

1984. Jaroslav Seifert (nascido na Áustria, residente na Checoslováquia).

1985. Claude Simon (França).

1986. Wole Soyinka (Nigéria).

1987. Joseph Brodsky (nascido na União Soviética, residente nos Estados Unidos).

1988. Naguib Mahfouz (Egito).

1989. Camilo José Zela (Espanha).

1990. Octavio Paz (México).

1991. Nadine Gordimer (África do Sul).

1992. Derek Walcott (Santa Luzia).

1993. Toni Morrison (Estados Unidos).

1994. Kenzaburō Ōe (Japão).

1995. Seamus Heaney (Irlanda).

1996. Wisława Szymborska (Polônia).

1997. Dario Fo (Itália).

1998. José Saramago (Portugal).

1999. Günter Grass (Alemanha).

2000. Gao Xingjian (nascido na China, residente na França).

2001. V. Séc. Naipaul (nascido em Trinidad e Tobago, residente no Reino Unido).

2002. Imre Kertész (Hungria).

2003. J. M. Coetzee (África do Sul).

2004. Elfriede Jelinek (Áustria).

2005. Harold Pinter (Reino Unido).

2006. Orhan Pamuk (Turquia).

2007. Doris Lessing (Reino Unido).

2008. Jean-Marie Gustave Lhe Clézio (França).

2009. Herta Müller (Alemanha).

2010. Mario Vargas Llosa (Peru).

2011. Tomadas Tranströmer (Suécia).

2012. Mo Yan (China).

2013. Alice Munro (Canadá).

2014. Patrick Modiano (França).

2015. Svetlana Aleixievich (Bielorrússia).

2016. Bob Dylan (Estados Unidos).

2017. Kazuo Ishiguro (Reino Unido).

2018. Olga Tokarczuk (Polônia).

2019. Peter Handke (Áustria).

2020. Louise Glück (Estados Unidos)

 

 

Calor infernal de Primavera

A foto do dia 



O ambulante Douglas Freitas vende piscinas de plástico na esquina 

da rua 25 de março, na região central de SP - Folhapress

Para uso de crianças e adultos, no calor infernal 
deste início de Primavera.

Louise Glück Nobel de Literatura



O então presidente dos EUA Barack Obama cumprimenta 

Louise Glück, ao entregar a ela a National Humanities Medal 

na Casa Branca em 22 de setembro de 2016

Foto: AP Photo/Carolyn Kaster, File

 

 

Louise Glück é a Prêmio Nobel de Literatura em 2020. A reportgem é de Guilherme Sobota, para O Estado de S. Paulo (8 out 2020).

Sua obra é inédita em livro no Brasil. “A escritora foi escolhida "por sua voz poética inconfundível que, com beleza austera, faz universal a existência individual". 

“Glück nasceu em 1943 em Nova York, e atualmente vive em Cambridge, Massachusetts. Além de escritora, ela é professora na Yale University, em Connecticut. Ela estreou na poesia em 1968 com o livro Firstborn, e entre outros prêmios importantes também levou o Pulitzer, pelo livro The Wild Iris, em 1993, e o National Book Award, em 2014. Dois anos depois, ela recebeu a National Humanities Medal do então presidente dos EUA, Barack Obama. 

Louise Glück publicou doze coleções de poesia e alguns volumes de ensaios sobre o assunto. De acordo com a Academia Sueca, seu trabalho é caracterizado por uma busca pela clareza. Entre seus temas, estão a infância, a vida em família, e os sonhos e ilusões são alguns de seus processos na escrita.” 

“O poeta, tradutor, músico e professor Pedro Gonzaga publicou em 2017 e 2018, no blog Estado da Arte, algumas traduções de seus poemas.

 

O dilema de Telêmaco

 

Nunca consigo decidir 

o que escrever 

nas lápides de meus pais. Sei 

o que ele quer: ele quer 

amado, o que por certo 

vai direto ao ponto, particularmente 

se contarmos todas 

as mulheres. Mas 

isso deixa minha mãe 

a descoberto. Ela me diz 

que isto não lhe importa 

para nada; ela prefere 

ser representada por 

suas próprias conquistas. Parece 

pura falta de tato lembrar aos dois 

que alguém não 

honra aos mortos perpetuando 

suas vaidades, suas 

projeções sobre si mesmos. 

Meu próprio gosto dita 

precisão sem 

tagarelice; eles são 

meus pais, consequentemente 

eu os vejo juntos, 

às vezes inclinado a 

marido e mulher, outras a 

forças opostas. 

 

 

Parábola da fera

 

O gato anda em círculos na cozinha 

com o passarinho morto, 

sua nova possessão. 

Alguém deveria discutir 

ética com o gato enquanto ele 

perscruta o débil passarinho: 

nesta casa 

nós não exercemos 

a força deste jeito. 

Diga isso ao animal, 

seus dentes já 

fundos na carne de outro animal.

 

 

https://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura,louise-gluck-e-a-premio-nobel-de-literatura-em-2020,70003468088

 

Arte de Helena Lopes

Memórias da Pele da Terra

 

Exposição na Casa Thomas Jefferson em 1999.

 

Nada melhor que as palavras da própria artista para definir a origem de seu trabalho, que eu amo:

 

 

“Terra. Colher a terra, transformá-la em pigmento foi um aprendizado. Uma proximidade muito forte com a natureza. No meu imaginário a terra seria a memória e sua paisagem vida sobre o planeta. Foi como conversar com a minha origem.”

 

Helena Lopes