domingo, 27 de janeiro de 2019

Mais 3 fotos da Paula









Detalhe da foto acima:
um leatherjacket em frente à agua-viva
olhando para a câmera.
Eles vivem junto da água-viva,
que os protegem dos predadores.
Informa a fotógrafa,
conhecedora da vida marinha!






Fotos: Paula Vianna, Austrália, jan 2019.

Suicídio assistido




24 novembro 2015: “O cientista que ajudou a mãe a morrer foi preso e virou voz pró-suicídio assistido” (BBC Brasil).
"Houve grande alívio depois que ela bebeu (a mistura  [18 comprimidos de morfina diluídos num copo dágua]). Então sentei ao lado dela e conversei sobre minhas memórias de infância. Uma hora depois ela perdeu a habilidade para falar e caiu no sono. Eu também dormi, e quando acordei ela tinha morrido", conta Sean Davison, que escreveu um livro para contar a experiência.
Em 2011, Davison foi condenado por homicídio doloso na Nova Zelândia, onde morava a mãe do cientista; a pena foi revertida para crime de incentivo de suicídio, com punição bem mais branda: cinco meses de prisão domiciliar.
Os eventos levaram Davison a se tornar um ativista pró-eutanásia. Ele fundou a Dignity SA, ONG que faz lobby na África do Sul para a criação de uma lei permitindo o suicídio assistido. 
Afirma Davison: "Quando minha mãe estava doente, minha cabeça estava voltada para mantê-la viva, mesmo com sua saúde se deteriorando na minha frente. O dia em que ela me pediu que a ajudasse a morrer foi um choque. Passei dias refletindo sobre o pedido, até que finalmente percebi que a decisão não era minha, e sim de minha mãe. Quem era eu para dizer para minha mãe que ela não poderia morrer e que teria de continuar apodrecendo em uma cama?"
Patricia, a mãe de Davison, era médica, e durante sua agonia recusou tratamento. Ficou paralítica e perdeu o paladar, o que a levou a fazer uma greve de fome para tentar acelerar sua morte. "Ela não conseguia mais ler e pintar, que eram seus principais hobbies, porque também perdeu a habilidade de mover os braços. Quando ela parou de se alimentar e pediu que não a levássemos para um hospital, achei que sua morte seria rápida. Mas cinco semanas se passaram e ela ainda continuou viva." 
“O cientista escreveu um diário relatando a experiência, que enviou para uma irmã. "Ela me disse: 'você tem que publicar isso'. Era um documento do que tinha passado, foi uma forma de lidar com o estresse de tudo o que aconteceu. Minha irmã é assistente social e várias vezes tinha se deparado com casos em que parentes ajudaram entes queridos a morrer. Ela achava que tornar minha experiência pública poderia ajudá-los a ver que não estavam sozinhos".
Porém, outra irmã do cientista não apenas foi contra a publicação como entregou uma cópia do diário para a polícia neozelandesa. 
Afirma Davison: "Não fui julgado apenas pela Justiça, mas pela mídia e pela sociedade. Para aqueles que me criticam, só peço que se coloquem no meu lugar antes de emitir opiniões." 
"A Nova Zelândia é um país muito religioso e o suicídio assistido é uma questão delicada. As pessoas não param para pensar na morte, a não ser na hora em que precisam lidar com ela. Não acho que ninguém precisa deixar de ser preocupar com a vida, mas ter consciência de questões relacionadas à morte é importante", finaliza. 
Mesmo em tempos de fundamentalismo religioso, este blogueiro voltará sempre a este tema.