A cadela Laika
antes de ser enviada ao espaço no satélite soviético Sputnik
II
TASS/AFP/Arquivos
A reportagem é de Isto É, na Internet. O assunto já veio ao
blog. Não resisto em republicá-lo, pois a emoção se repete toda vez que me
deparo com o ocorrido e penso sobre ele, sobre o final de vida de Laika.
“Pedi a ela que nos perdoasse e chorei ao acariciá-la pela
última vez”, recorda a bióloga Adilia Kotovskaya. No dia seguinte, a cadela
Laika decolava em uma viagem sem volta e se convertia no primeiro ser vivo
enviado ao espaço. Há 60 anos, em 3 de novembro de 1957, apenas um mês depois
da colocação em órbita do primeiro Sputnik soviético, o segundo satélite
artificial da História decolou com destino ao espaço com o animal a bordo, uma
cadela resgatada das ruas de Moscou. Ela sobreviveu apenas algumas horas. “Suas
nove voltas ao redor da Terra transformaram Laika no primeiro cosmonauta do
planeta, sacrificado em nome do sucesso das futuras missões espaciais”, destaca
Adilia Kotovskaya, que atualmente tem 90 anos e continua orgulhosa de ter
ajudado a treinar os animais para as missões espaciais.”
Há quem pense
que a humanidade está regredindo moralmente, em especial quando se se depara
com atos terroristas e dezenas de inocentes mortos, com guerras intermináveis e
milhares de mortos, com desmatamento impiedosos de florestas, com a ação perversa
dos lobos solitários, com a corrupção desenfreada que assola certos países.
Penso que
não. A humanidade avança, lentamente mas avança. Uma das indicações dessa
caminhada é a maneira como são tratados os animais nos dias de hoje. Talvez
hoje Laika não tivesse sido arremessada ao espaço para a morte solitária. É um
avanço, pequeno, mas é um avanço.