terça-feira, 11 de junho de 2019

novidade




rumor no jardim
passarinhos assustados
a pequena fonte


Bem mais poética é a quadra de meu irmão Paulo Sergio, sobre a mesma fonte:

A fonte, silenciosa,
a umedecer o jardim,
seduz a ave medrosa.
O paraíso é assim...




Foto: AVianna, jun 2019, iPhone 8 plus

Fim de papo


O pai da moça não queria o namoro. A família do moço visitou o homem, para a conciliação. Ele matou o pai, a mãe e o atrevido namorado.

Amizade


Velho, cansado, descrente da vida e dos homens, encontrou um novo amigo. Assustado, renasceu.

Nosso amigo José Renato

Galeria de Família


José Renato Gilli



Tia Juquinha

Talvez minhas filhas e sobrinhas nunca tenham ouvido falar dele. Mas José Renato Gilli foi figura importante em minha infância e na de meu irmão Paulo. Penso que Maria Helena não o conheceu, mas não estou certo disso.
            José Renato morava na pequena Floriano, RJ, onde nasceu nossa mãe, e era filho de Tio Leão e Tia Juquinha, irmã de Ondina. Nosso primo em primeiro grau. 
Sempre que os visitava, os pais exigiam que ele declamasse, em ordem cronológica, os nomes de todos os Presidentes da República, o que ele cumpria com galhardia e algum constrangimento. Por isso era considerado o gênio da família.
            José Renato nos tratava a mim e ao Paulo com especialíssima sincera deferência: nos dava estilingues de presente, com forquilha de goiabeira e borracha de primeira, verdadeiros objetos de arte; certa vez nos presenteou com pequena mesa de sinuca, feita de caixote, revestida de feltro verde, uma lindeza. Aceitávamos tudo, avidamente.
            Adulto, permaneceu residindo em Volta Redonda, funcionário da Companhia Siderúrgica Nacional.
            Lembro-me bem de sua franciscana humildade. Um amigo de verdade, por quem sinto saudade. Por onde andará?