segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Sombras





Foto: Vianna, nov 2017, Alagoas


Falena




atenta, ela observa
algo que só ela vê
dona do quintal

Foto: Mercêdes Fabiana, nov 2017

Praia do Toque

Praia do Toque, vista da Pousada do Toque, em São Miguel dos Milagres, 100Km ao norte de Maceió, Alagoas.












Meu Michel


Meu Michel, de Amós Oz (Companhia das Letras, 2002), é um livro intimista. Hana Gonen, a protagonista nascida em Jerusalém, esclarece logo nas primeiras linhas: “Sou uma mulher casada, de 30 anos. Meu marido é o dr. Michel Gonen, geólogo, um homem tranquilo. Eu o amava.  ... Nosso encontro foi assim:
            ...”
            E então desenrola-se a história de uma mulher angustiada, frágil, que deseja amar mas parece dizer que isso é impossível em tais circunstâncias, no país em que vive, com o marido que tem, com a profissão de ambos, com a penúria financeira reinante. Daí a expressão “eu o amava”.
Ela apela para o devaneio, relata sonhos mirabolantes, parece que alucina, sua saúde mental sempre por um fio. (Se procurasse um psiquiatra hoje, sairia da consulta com pelo menos três antidepressivos.)
Interessante notar que a descrição do filho pequeno do casal permanece incompleta, algumas vezes o garoto parece inteligente e vivo, outras vezes insensível e bruto, como se o autor reservasse o personagem para um outro romance.
O que importa mesmo é a linguagem elegante de Amós Oz, riquíssima ao descrever os sentimentos mais delicados da relação entre marido e mulher, vivendo num país em permanente estado de tensão.
Vale a pena aprofundar-se na obra de Amós Oz. Cada livro acrescenta um universo de conhecimento.

Fotoabstração N.30






Fim de festa

Da série Fotominimalismo






Foto: Vianna, nov 2017, Pousada do Toque, Alagoas