segunda-feira, 22 de agosto de 2016

conversa



sobre o que conversam
alheios a toda ameaça
esses dois miquinhos?


Foto: A.Vianna, mai 2016, jardim.


camuflagem



convidado insólito
camuflado na palmeira
espreita o miquinho

Foto: A.Vianna, mai 2016, jardim.

Sobre o relativismo das coisas

Neste domingo último, adolescente com idade entre 12 e 14 anos se explodiu numa festa de casamento na cidade turca de Gaziantep, matando ao menos 54 pessoas, incluindo o autor, das quais 23 tinham menos de 14 anos de idade. O Estado Islâmico foi responsabilizado pela tragédia.
            O grupo jihadista jamais usaria a palavra tragédia para descrever o acontecimento, o que comprova o relativismo das coisas. O menino desintegrou-se mas ganhou o paraíso; os organizadores do ataque cumpriram mais uma missão em nome do Islã.
            Ainda não se tem notícia dos nubentes, padrinhos, familiares mais próximos. A festa acabou, isso é certo.
            Mesmo de longe, a milhares de quilômetros do local, impossível não sentir o peso do funesto acontecimento. Uma criança se explodiu, comandada por adultos. É a radicalização fundamentalista levada ao extremo.
            Meu sentimento é de tristeza e abatimento. Mas consigo pensar sobre o relativismo das coisas.

  

Zang

Meus quadros favoritos.



Zheng Zang

jatrofa



à seca inclemente
ela responde com flores
pródiga jatrofa

Foto: A.Vianna, ago 2016, jardim.

Fim de festa


Fim de festa! Deu tudo certo, com a ajuda do Olimpo!

Foto: John Macdougal / AFP