domingo, 8 de abril de 2018

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Foto: Paulo Pinto / Fotospublicas



Foto: Alex Silva / Estadão

Thais Vasconcelos, premiada!





“Em matéria de biologia evolutiva, como a linha de pesquisa é chamada, a capital federal está bem representada. Thaís Vasconcelos, 29 anos, ex-estudante da Universidade de Brasília (UnB), ganhou o prêmio anual John C Marsden Medal, da Linnean Society, de Londres. A honraria é entregue à melhor tese de doutorado em biologia para programas de pós-graduação do Reino Unido. Uma das mais prestigiadas condecorações no mundo da ciência.”
            O artigo é de Otávio Augusto, para o Correio Braziliense (30 mar 2018), com o título Tese de ex-UnB é considerada a mais importante para a biologia no mundo.
Afirma Otávio Augusto: “Ninguém sabe ao certo quando as primeiras plantas surgiram. Alguns especialistas acreditam que elas podem ter aparecido há 470 milhões de anos, no período Ordoviciano. Entender a história das mudas pode explicar, por exemplo, as relações de parentesco entre as espécies e as interferências no meio ambiente onde elas vivem. Assunto parecido com tema de filme de ficção científica, mas importante para desvendar o padrão biológico e genético da flora.”
“Thais é a primeira latino-americana a ganhar um prêmio da Linnean Society nessa categoria desde que os prêmios anuais foram estabelecidos em 1888. Ela fez graduação em ciências biológicas e mestrado em botânica na UnB. Em seu doutorado, foi estudar no Reino Unido graças a uma bolsa da Capes e do antigo programa Ciências sem Fronteiras. Alguns capítulos da tese de Thaís foram publicados em respeitados periódicos científicos internacionais. 
            Eis o que diz Thais: “O que faço é reconstruir a história evolutiva de grupos de plantas através da comparação do material genético de espécies diferentes. Assim a gente descobre quem é mais próximo de quem e pode entender quando um grupo surgiu na história”. “A pesquisa ajuda a compreender características das plantas, como a coloração das flores e preferência por altitudes elevadas ou beira de rios, por exemplo. Com essas informações, é possível estimar a “idade” da espécie. A jovem é especialista em plantas tropicais.
O trabalho premiado de Thaís estudou a família Myrtaceae, que inclui plantas como a pitanga e o eucalipto (sim, eles são da mesma família!). “Entre as descobertas mais legais está que essas plantas, superdiversas na América do Sul, se originaram no antigo continente da Zelândia (atual Nova Zelândia) e chegaram a mais ou menos 40 milhões de anos aqui, por meio da Antártida, quando esta ainda não era coberta por gelo. A gente sabe disso por causa do parentesco entre as plantas daquela região com as daqui e também por causa de fósseis na Antártida e na Patagônia”.
A doutora espera que o prêmio reflita na carência de oportunidades para a carreira científica no Brasil. “É importante mostrar que aqui tem muita gente boa também e que a gente já entenderia muito mais sobre a nossa biodiversidade se houvesse mais incentivos à pesquisa dentro do Brasil. Espero que esse prêmio me dê mais energia para tentar fazer a diferença aqui, porque, às vezes, ir para fora do país parece muito atraente, parece que as coisas serão mais fáceis lá”, defende. “Ganhar um prêmio de uma sociedade tão tradicional como a Linnean Society, mesmo não sendo inglesa, foi muito legal. Fiquei empolgada ao ver que o que estou fazendo vale a pena.”
Informa Augusto: “A Linnean Society de Londres, instituição que entrega o prêmio, foi fundada em 1788 e é a mais antiga sociedade para estudo de história natural do mundo. Sua sede, no centro de Londres, é popular no mundo da biologia como o palco onde a Teoria da evolução foi apresentada pela primeira vez por Darwin e Wallace, em 1858. Além da John C Marsden Medal, todo ano a Linnean Society entrega um número de medalhas e prêmios a cientistas de destaque na área de história natural. 







Novo golfinho na Amazônia


A nova espécie da bacia do Araguaia
Foto: news.mongabay.com


A notícia é velha mas merece destaque: Nova espécie de golfinho na Amazônia, é o título da reportagem de João Lara Mesquita (25 fev 2017). 
Cientistas liderados por Tomas Hrbek, da Universidade Federal do Amazonas do Brasil, descrevem o ‘Inia Araguaiaensis’, uma nova espécie de golfinho, habitante da bacia do Rio Araguaia. É o primeiro boto de água doce descoberto desde 1918. 
Afirma Mesquita: “A descoberta aconteceu depois que Hrbek e seus colegas notaram que um grupo de golfinhos do rio Araguaia foi isolado de outros por uma série de corredeiras. Análises genéticas demonstraram que o boto (Inia Araguaiaensis) é muito diferente de outros da Amazônia. O suficiente para ser classificado como uma nova espécie.  
As diferenças entre o boto do Araguaia e seus parentes próximos, o golfinho do rio boliviano Inia, vão além da genética. A nova espécie é menor, tem um número diferente de dentes; o crânio é mais amplo.”
“Mas não se iluda, a nova espécie já está ameaçada. Eles enfrentam riscos de projetos hidrelétricos, poluição das áreas urbanas, e as de  agricultura, tráfego de barcos e pesca acidental.  Além disso sua população é bastante baixa. Aparentemente, o número é estimado em cerca de 1.000 indivíduos.” 
            Há muito o que se descobrir na Amazônia, em matéria de flora e fauna. Seria bom preservar, antes de desaparecer.

https://marsemfim.com.br/nova-especie-de-golfinho-na-amazonia/

Pão e pitaia

Da série Fotominimalismo




Foto: AVianna, abr 2017.

Aldravia N.67




você
me
solta?
implora
a
gatinha


Foto: AVianna, abr 2018, casa da Ciça, Iphone 8S.

Clique para ver a expressão no olhar do animal. Ou é gente?!

Por-de-sol

Da série Fotominimalismo



Foto: Míledi Marotta, abr 2018.