Depois de tomar
conhecimento pela mídia, e principalmente ver as imagens da destruição perpetrada
pelo autodenominado Estado Islâmico, do sítio arqueológico de Hatra, de 2.000
anos, e de Nimrud, cidade assíria fundada no século 13 a.C., tem gente dizendo,
Pena que ingleses, franceses e americanos não saquearam tudo que havia de
precioso no Oriente Médio.
O saque, em princípio, é
algo indefensável. Constitui uma forte característica do colonialismo
criminoso, no qual o mais forte explora, esfola e mata o mais fraco. Quando não
mata, deixa-o em frangalhos. A África é o melhor exemplo.
Porém, se você é fã do
consequencialismo, nesta hora de barbárie em que vivemos, inevitavelmente há de
considerar o comportamento de ingleses, franceses e americanos... O que não foi
saqueado está perdido!
Esta última frase é
complicada, mas a situação em si é complicada. Autoridades da UNESCO têm
afirmado: Alguma coisa precisa ser feita! Já que não há diálogo possível com
terroristas fanáticos (o pleonasmo aqui é pouco, em se tratando do Estado
Islâmico), subentende-se na fala destas autoridades que o grupo precisa ser
destruído, morto, dizimado. Isso não se fala em público, mas o
consequencialismo está claramente presente.
A que ponto chegamos, a defender o saque. De fato, parece não haver alternativa.
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