domingo, 8 de março de 2015

O que não foi saqueado está perdido!



Depois de tomar conhecimento pela mídia, e principalmente ver as imagens da destruição perpetrada pelo autodenominado Estado Islâmico, do sítio arqueológico de Hatra, de 2.000 anos, e de Nimrud, cidade assíria fundada no século 13 a.C., tem gente dizendo, Pena que ingleses, franceses e americanos não saquearam tudo que havia de precioso no Oriente Médio.

O saque, em princípio, é algo indefensável. Constitui uma forte característica do colonialismo criminoso, no qual o mais forte explora, esfola e mata o mais fraco. Quando não mata, deixa-o em frangalhos. A África é o melhor exemplo.

Porém, se você é fã do consequencialismo, nesta hora de barbárie em que vivemos, inevitavelmente há de considerar o comportamento de ingleses, franceses e americanos... O que não foi saqueado está perdido!

Esta última frase é complicada, mas a situação em si é complicada. Autoridades da UNESCO têm afirmado: Alguma coisa precisa ser feita! Já que não há diálogo possível com terroristas fanáticos (o pleonasmo aqui é pouco, em se tratando do Estado Islâmico), subentende-se na fala destas autoridades que o grupo precisa ser destruído, morto, dizimado. Isso não se fala em público, mas o consequencialismo está claramente presente.

  

Um comentário:

  1. A que ponto chegamos, a defender o saque. De fato, parece não haver alternativa.

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