Obra de Banksy parcialmente triturada leiloada na Sotheby's
Foto: Haydon Perrior/Sotheby's/AP
Em outubro de 2018 este blogueiro postou notícia de certa obra de Banksy picotada em pleno leilão, para grande espanto dos presentes e de todo o mundo das artes. “A mulher (anônima) que adquiriu a tela por mais de um milhão de euros (4,37 milhões de reais) manteve a decisão de ficar com ela, apesar de semi-destruída. Afirmou ela: “Depois do susto inicial, comecei a perceber aos poucos que tinha nas mãos uma peça da história da arte”.
Opinião deste blogueiro, expressa no dia seguinte ao leilão: “A pintura picotada ainda vai parar em um grande museu do mundo, tal qual o urinol de Marcel Duchamp! Ela representa um momento único na História da Arte.”
https://loucoporcachorros.blogspot.com/2018/10/banksy-vota-cena.html
Houve quem discordasse.
Notícia de hoje (Agência Reuters/Estadão, 15 out 2021):
“Quadro de Banksy, destruído pela metade por um triturador escondido em sua moldura ao ser vendido, foi arrematado por US$ 25,4 milhões, ao ser leiloado novamente no mesmo estabelecimento em Londres nessa quinta-feira, 14 (valor três vezes maior do que era estimado e um recorde em leilões para o artista).
“Algumas pessoas acham que o quadro não foi realmente triturado. Ele foi. Outras acreditam que a casa de leilões sabia, mas eles não sabiam”, escreveu o artista de rua, cuja identidade é mantida em segredo, em sua conta no Instagram em 2018.”
E a reportagem conclui:
“A Sotheby's disse que a obra se enquadra em uma história ilustre de antiarte, incluindo a submissão anônima da Fonte de Marcel Duchamp, um urinol de porcelana remontado em um pedestal em 1917, e o artista chinês Ai Weiwei, que se fotografou no momento em que intencionalmente derrubava uma suposta urna da Dinastia Han.”
Em matéria de Arte, como na vida, é preciso dar tempo ao tempo.
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