“O exemplo de cima era seguido pelos de baixo. A historiadora Maria Helena P.T. Machado observou que, em um Brasil onde todo mundo roubavae trapaceava, era natural que o comportamento fosse abraçado pelos escravos, frequentemente acusados de furtar produtos estocados ou sobras, que eram consumidos às escondidas nas senzalas ou vendidos a donos de vendas e outros atravessadores nas vizinhanças.A justificativa poderia ser encontrada nessa quadrinha popular entre os africanos e seus descendentes no Brasil colonial, citada pelo antropólogo Arthur Ramos”:
“Nosso preto fruta galinha,
Fruta saco de fuijão;
Sinhô baranco quando fruta,
Fruta prata e patacão.”
In Escravidão, volume II
Laurentino Gomes,
Globo Livros, 2021, p. 160.
Deu no que deu...
Culpa do negro?!...
ResponderExcluir