quarta-feira, 21 de julho de 2021

Deu no que deu 2...




 “O exemplo de cima era seguido pelos de baixo. A historiadora Maria Helena P.T. Machado observou que, em um Brasil onde todo mundo roubavae trapaceava, era natural que o comportamento fosse abraçado pelos escravos, frequentemente acusados de furtar produtos estocados ou sobras, que eram consumidos às escondidas nas senzalas ou vendidos a donos de vendas e outros atravessadores nas vizinhanças.A justificativa poderia ser encontrada nessa quadrinha popular entre os africanos e seus descendentes no Brasil colonial, citada pelo antropólogo Arthur Ramos”:

 

                        “Nosso preto fruta galinha,

                        Fruta saco de fuijão;

                        Sinhô baranco quando fruta,

             Fruta prata e patacão.”

 

 

In Escravidão, volume II

Laurentino Gomes

Globo Livros, 2021, p. 160. 

 

 

            Deu no que deu...

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