Thiago é meu fisioterapeuta, sabe tudo de recuperação física, dos músculos, ossos, cartilagens, articulações, coluna. Ele nunca foi técnico de futebol, muito menos comentarista esportivo, mas aprendo muito com ele, embora torça para o Vasco. Nem ele nem eu, notório palmeirense, temos simpatia pelo Flamengo, importante assinalar, para que o leitor possa bem compreender o que se segue.
Assim falou Thiago, no meio da piscina de hidroterapia, com grande autoridade:
– Hoje, o Flamengo tem o melhor time do Brasil! César no gol, um bom goleiro, não é um Weverton do Palmeiras, mas é bom. A defesa, com Isla, R. Caio, G. Henrique e F. Luís, não podia ser melhor, os laterais com grande competência para atacar. O meio de campo poderia estar na seleção: E. Ribeiro, Wilian Arão, Gerson e Arrascaeta; com destaque para Arrascaeta, para mim um dos melhores jogadores em atuação no Brasil. No ataque, Gabriel e Bruno Henrique, que também poderiam figurar na Seleção. De quebra, o artilheiro Pedro. Que time precisa mais do que isso para ser campeão? Basta colocar um 4-4-2 em campo e pronto, o jogo está ganho.
– Concordo inteiramente com você, Thiago, um timaço tem o Flamengo. O que está faltando então, que justifique as últimas derrotas? perguntei.
– Está a faltar o técnico, pá!
– Você agora disse tudo! Saudade de Jesus, não é mesmo?
– Ai Jesus..., lamentou o flamenguista Raimundo, fisioterapeuta sênior, com sua voz de trovão!
Moisés, também torcedor do Flamengo, e que ouvia calado a conversa, riu do gemido melancólico do Raimundo e concordou com o diagnóstico do Thiago.
Então acrescentei:
– Sempre disse que técnico não ganha jogo, mas perde! Se ele começa a inventar e escala mal o time, se de repente se implica com determinado jogador e passa a deixá-lo no banco, se faz substituições atrapalhadas durante o jogo ou não faz substituição alguma, se manda o time recuar quando deve atacar, se dá ordem para o ataque fora de hora e leva um gol de contra-ataque, então o técnico precisa ser demitido. Não há alternativa, pois os jogadores começam a sabotá-lo, e o time a sofrer repetidas derrotas. Quando um técnico é substituído, aquele que entra vence invariavelmente os primeiros jogos, o time torna a se motivar para a vitória, cessam as desavenças.
– Rogério Ceni, coloque as barbas de molho... vaticinou o filósofo Moisés, na vã esperança de ver o Flamengo campeão.
Prosseguem os exercícios, cada qual com suas deficiências; o ambiente é de ingênua alegria. Todos trabalham com grande amizade na Reativa.
Se Jesus não voltar, nós vamos sequestrar o português do Parmeira. Te cuida, Louco!
ResponderExcluirAs hidrodiscussões culinárias merecem outra crônica.
Adoro esse ambiente amigável da Reativa!
ResponderExcluirO que vocês colocam na água daquela piscina?
ExcluirAté a Chefe gostou!
ExcluirMuito bom!!! Nos sabemos melhor de futebol do que muitos técnicos por aí que ganham 200, 300, 500 mil reais e inventam cada situação inacreditável. 4-4-2 Forever!!!
ResponderExcluirMaravilhosos! Que satisfação poder vivenciar esse ambiente!❤
ResponderExcluirSó falta rolar uma cervejinha nessa roda de conversa...
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