quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Pobres palavras

 

“Palavras e expressões que precisamos parar de falar!” Esta é a ordem do dia, no combate ao racismo no Brasil. 

    Mulata é uma delas, que pena! Gosto tanto da expressão mulata sestrosa! Vejamos o que diz o Dicionário Informal:

 "Significado de Sestrosa (adjetivo):  Diz-se de pessoa sensual, graciosa, pessoa maneira, bonita, encantadora, cativante. Pessoa que reúna todas essas qualificações."

Ex.: “Morena sestrosa a caminhar pela ladeira, que me encanta o olhar.”

            Mas está proscrita, pois a palavra se refere à mula, originada do cruzamento de burro com égua. Como as escravas eram abusadas pelos patrões, homens brancos, os filhos que resultavam daqueles relacionamentos eram chamados de mulatos. 

 

            O verbo Denegrir está completamente proibido!  O Aurélio informa que  “denegrir” é  apenas “tornar negro, escurecer”. E isso já é racismo, naturalmente.

             Lista negra, Mercado negro, Da cor do pecado, Criado-mudo, Doméstica, Inveja branca, essas e tantas outras estão banidas de nosso vocabulário. Por ordem de quem? Daqueles que pensam que evitando tais vocábulos estaremos combatendo o racismo entre nós.

 

            O gambito da rainha, série apresentada pela Netflix, faz estrondoso sucesso entre nós, reavivando o interesse pelo xadrez, particularmente entre as mulheres. Os que ainda não sabiam, devem ter observado que no jogo de xadrez as brancas sempre dão início à partida!

            Que preconceito é esse, minha gente?

            Por que as brancas detêm tal privilégio, manifestação escancarada de racismo? Por acaso são superiores às pretas?

            Proponho imediata mudança na regra do jogo: antes de cada partida, se fará sorteio para escolher quem dará início, se as pretas ou as brancas. Um segundo sorteio indicará com que pedras cada jogador disputará a partida. Fora isso, é racismo puro.

            E tenho dito!

Um comentário:

  1. Quanto exagero. Mais um pouco, e as caixas de lápis de cor das papelarias terão que vir sem o lápis preto!

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