“Palavras e expressões que precisamos parar de falar!” Esta é a ordem do dia, no combate ao racismo no Brasil.
Mulata é uma delas, que pena! Gosto tanto da expressão mulata sestrosa! Vejamos o que diz o Dicionário Informal:
"Significado de Sestrosa (adjetivo): Diz-se de pessoa sensual, graciosa, pessoa maneira, bonita, encantadora, cativante. Pessoa que reúna todas essas qualificações."
Ex.: “Morena sestrosa a caminhar pela ladeira, que me encanta o olhar.”
Mas está proscrita, pois a palavra se refere à mula, originada do cruzamento de burro com égua. Como as escravas eram abusadas pelos patrões, homens brancos, os filhos que resultavam daqueles relacionamentos eram chamados de mulatos.
O verbo Denegrir está completamente proibido! O Aurélio informa que “denegrir” é apenas “tornar negro, escurecer”. E isso já é racismo, naturalmente.
Lista negra, Mercado negro, Da cor do pecado, Criado-mudo, Doméstica, Inveja branca, essas e tantas outras estão banidas de nosso vocabulário. Por ordem de quem? Daqueles que pensam que evitando tais vocábulos estaremos combatendo o racismo entre nós.
O gambito da rainha, série apresentada pela Netflix, faz estrondoso sucesso entre nós, reavivando o interesse pelo xadrez, particularmente entre as mulheres. Os que ainda não sabiam, devem ter observado que no jogo de xadrez as brancas sempre dão início à partida!
Que preconceito é esse, minha gente?
Por que as brancas detêm tal privilégio, manifestação escancarada de racismo? Por acaso são superiores às pretas?
Proponho imediata mudança na regra do jogo: antes de cada partida, se fará sorteio para escolher quem dará início, se as pretas ou as brancas. Um segundo sorteio indicará com que pedras cada jogador disputará a partida. Fora isso, é racismo puro.
E tenho dito!
Quanto exagero. Mais um pouco, e as caixas de lápis de cor das papelarias terão que vir sem o lápis preto!
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