quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Massacre contra Rohingyas


Rohingyas fogem de perseguição, em Whaikyang, 
na fronteira com Bangladesh - Fred Dufour / AFP


Reportagem da agência Reuters revela escala 'horrenda' de crimes cometidos pelo Exército em Mianmar (18.set.2018). 
            O relatório de equipe de investigadores da ONU revelou nesta terça-feira (18 set 2018) uma escala "horrenda" de assassinatos, estupros e tortura cometidos pelo Exército de Mianmar contra a minoria étnica muçulmana rohingya. O Exército de Mianmar, conhecido como Tatmadaw, cometeu "os mais graves crimes sob a lei internacional". 
Afirma a reportagem: “O texto de 440 páginas, cujo sumário foi apresentado em agosto, inclui relatos de mulheres amarradas pelos cabelos ou pelas mãos para serem estupradas; crianças que tentavam fugir de casas incendiadas mas foram forçadas a voltar para dentro; o uso difundido de tortura com varas de bambu, cigarros e cera quente; e minas terrestres colocadas nas rotas de fuga dos vilarejos atacados.” 
É necessário que as altas lideranças militares, entre elas o comandante-em-chefe Min Aung Hlaing, sejam processados por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
O governo de Mianmar refutou o sumário na ocasião e disse que a comunidade internacional está fazendo "alegações falsas". O embaixador de Mianmar, Kyaw Moe Tun, rejeitou as conclusões da comissão por serem "unilaterais" e disse que o governo não reconhece sua autoridade.


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