sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Laika outra vez


A cadela Laika
antes de ser enviada ao espaço no satélite soviético Sputnik II

TASS/AFP/Arquivos

         A reportagem é de Isto É, na Internet. O assunto já veio ao blog. Não resisto em republicá-lo, pois a emoção se repete toda vez que me deparo com o ocorrido e penso sobre ele, sobre o final de vida de Laika.

“Pedi a ela que nos perdoasse e chorei ao acariciá-la pela última vez”, recorda a bióloga Adilia Kotovskaya. No dia seguinte, a cadela Laika decolava em uma viagem sem volta e se convertia no primeiro ser vivo enviado ao espaço. Há 60 anos, em 3 de novembro de 1957, apenas um mês depois da colocação em órbita do primeiro Sputnik soviético, o segundo satélite artificial da História decolou com destino ao espaço com o animal a bordo, uma cadela resgatada das ruas de Moscou. Ela sobreviveu apenas algumas horas. “Suas nove voltas ao redor da Terra transformaram Laika no primeiro cosmonauta do planeta, sacrificado em nome do sucesso das futuras missões espaciais”, destaca Adilia Kotovskaya, que atualmente tem 90 anos e continua orgulhosa de ter ajudado a treinar os animais para as missões espaciais.”

            Há quem pense que a humanidade está regredindo moralmente, em especial quando se se depara com atos terroristas e dezenas de inocentes mortos, com guerras intermináveis e milhares de mortos, com desmatamento impiedosos de florestas, com a ação perversa dos lobos solitários, com a corrupção desenfreada que assola certos países.
Penso que não. A humanidade avança, lentamente mas avança. Uma das indicações dessa caminhada é a maneira como são tratados os animais nos dias de hoje. Talvez hoje Laika não tivesse sido arremessada ao espaço para a morte solitária. É um avanço, pequeno, mas é um avanço.




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