Soneto de Natal
Um homem, – era
aquela noite amiga,
Noite cristã,
berço do Nazareno, –
Ao relembrar os
dias de pequeno,
E a viva dança,
e a lépida cantiga,
Quis
transportar ao verso doce e ameno
As sensações da
sua idade antiga,
N`aquela mesma
velha noite amiga,
Noite cristã,
berço do Nazareno.
Escolheu o
soneto... A folha branca
Pede-lhe a
inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não
acode ao gesto seu.
E, em vão
lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu
este pequeno verso:
“Mudaria o
Natal ou mudei eu?”
Machado
de Assis
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá, professor!!!! Que bacana encontrá-lo nesse mundo virtual!!!! Desejo-lhe muita saúde, paz e alegria em 2018!!!
ResponderExcluirAristein - 55a. Turma de Medicina da UnB
O insuperável mestre do estilo. Pura melancolia natalina. Passa um tempo, a gente relê com redobrado gosto.
ResponderExcluir