Pesquisa
realizada pelo professor Antônio Alvaro Soares Zuin, da Universidade Federal de
São Carlos
(UFSCar), em parceria com Chris Kyriacou, da Universidade de York, na
Inglaterra, revelou que os casos de bullying
de alunos (brasileiros e ingleses de 14 a 17 anos) contra professores
aumentaram na internet e estão mais graves (estudo foi publicado no “The Psychology of Education Review”).
O
crescimento está relacionado à expansão das redes sociais. O aumento do número
de celulares e o prazer do agressor também são fatores responsáveis. “Parece-me
que o fato mais importante para que possamos compreender o recrudescimento
refira-se ao prazer sado-narcísico que ele usufrui ao conferir, principalmente,
os números de acessos e comentários de seus vídeos”, afirmou Zuin.
A
importância da imagem na sociedade e a sensação de impunidade também são
importantes. “Muitos cyberbullies se sentem como que protegidos pela tela do
computador. O desejo de expor o cyberbullying
praticado nas redes sociais, notadamente no YouTube, parece cada vez mais
prevalecer sobre o medo do aluno de sofrer qualquer tipo de punição”, afirmam
os pesquisadores.
“As
práticas de cyberbullying contra professores tendem a ser muito mais
humilhantes e degradantes do que as cometidas presencialmente”, e o sucesso de
público só piora a situação.
“Faz-se
cada vez mais necessária a discussão sobre os aspectos éticos, sociais e
culturais relacionados ao uso incessante das redes sociais”, defendeu o
especialista, que aprofunda o tema no livro “Violência e tabu entre professores
e alunos: a internet e a reconfiguração do elo pedagógico”.
Este
blog vem tratando do assunto desde sua criação, pois Educação é um dos temas
primordiais para este blogueiro. A Educação patina patina patina e não
deslancha no Brasil. Quando menos se espera, surge retrocesso como este, o cyberbulling contra professores.
Fenômeno mundial? É possível.
Não bastassem os salários, agora o bullying...
Não bastassem os salários, agora o bullying...
Foto: Graziela
Rezende / G1 MS)
A rede é a terra de ninguém, a terra sem lei.
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