Base militar israelense em Hebron, onde
31 novos assentamentos
vão ser construídos. Hazem Bader / AFP
Israel acelera a expansão dos assentamentos na Cisjordânia. É o que
informa a reportagem de Juan Carlos Sanz, diretamente de Jerusalém para El País (19 OUT
2017).
O governo israelense, que administra o território ocupado
há 50 anos, aprovou nas últimas 48 horas a construção de 2.646 casas, segundo a
ONG Paz Agora, organização pacifista fundada pelo escritor Amos Oz: "O avanço
dos assentamentos nos distancia, a cada dia, da solução dos dois Estados".
A União Europeia exigiu esclarecimentos de Israel e
pediu que reconsidere uma decisão "que vai em detrimento das iniciativas
em andamento por negociações de paz".
Afirma Sanz que “O governo de Benjamín
Netanyahu, considerado o mais conservador da história de Israel,
está batendo recordes na construções de habitações em território ocupado
palestino. Com as 1.292 aprovadas na terça-feira, e as 1.323 nesta quarta, a
Paz Agora afirma que a expansão colonial chega a 6.742 casas em 2017, em
diferentes fases de desenvolvimento urbanístico. As autoridades têm planos para
construir até 12.000 casas este ano, segundo a France Presse, o que seria
quatro vezes o registro de 2016 (2.629 habitações), seis vezes o de 2015
(1.982) e quase o dobro de 2014 (6.293).
A presença no Governo de coalizão (conservadores, nacionalistas
religiosos, ultra-ortodoxos e extrema direita) de partidos que representam os
interesses dos mais de 600.000 colonos na Cisjordânia e Jerusalém Leste
contribuiu para impulsionar a ampliação dos assentamentos.”
A chegada de Donald Trump à Casa Branca
acelerou esta expansão e Trump não considera que os assentamentos constituam obstáculo
para a paz.
"O Governo perdeu as inibições e promove a
expansão em ritmo recorde", afirma a Paz Agora. "Está claro que
Netanyahu está dando prioridade a seu eleitorado, contra o Estado de direito e
as perspectivas de paz".
Portanto, cada vez mais
distante a paz entre israelenses e palestinos, diante da passividade das demais
nações.
Neste conflitto não há vitória , todos perdem. Troca da diplomacia pelo braço de ferro. A paz não é almejada , as conquistas sim. O objetivo é derrotar o outro sempre com justificativas de serem vítimas, o povo perseguido.
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