O primeiro Blade Runner é ótimo, para quem aprecia o
gênero. O segundo não deve nada ao primeiro, se não é ainda melhor.
Dentre tantos aspectos a comentar (a ambientação/paisagem
é espetacular, bem como as mulheres), intrigou-me o uso de uma certa palavra,
num filme futurologista: a palavra milagre.
O vocábulo vem do latim miraculum, do verbo mirare,
que significa maravilhar-se. Como não há ordinariamente explicação científica
para o milagre, a palavra ganhou foro religioso, exaustivamente utilizada desde
os tempos de Moisés, que abriu o mar, de Jesus, que andou sobre o mar, de N.S.
Aparecida, que não foi encontrada no mar mas nas águas do Rio Paraíba do Sul.
(Coincidência ou não, já no final do filme, há uma cena de vida ou morte sob as
fortes ondas do mar, simplesmente maravilhosa!)
Para os que creem, milagre é obra divina.
Eis que em nosso filme, de repente surge a palavra
milagre! Então, o roteirista, o diretor ou seja lá quem for, eles acreditam que
em 2049 ainda haverá milagre e consequentemente um deus, ou vários deles, nunca
se sabe.
A depender do sucesso de bilheteria haverá um Blade Runner
3. É possível então que o tal milagre seja desvendado, e deixe de ser milagre. Ou
não.
Quem viver,
verá.
Todo o arrojo modernista não consegue afastar de todo a atração atávica dos homens pelo maravilhoso. A começar pelos maravilhosos efeitos especiais do cinema, pelos quais nutro uma certa implicância. Razão e sensibilidade me atraem mais. Vamos ver o novo Blade Renner.
ResponderExcluirChegando em Brasília será a primeira coisa!
ExcluirBastante curiosa com o filme. Vontade também de rever o primeiro Blade Runner.
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