segunda-feira, 10 de julho de 2017

Fotoabstração

A partir de Arte Abstrata, e em particular Fotografia Abstrata, procurei condensar a última expressão em uma única palavra, fotoabstração, feliz comigo mesmo por talvez ter criado uma nova palavra.
Corri ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa e nada.  Houaiss, Caldas Aulete, Dicionário Informal Digital, nada. Então fui direto ao Google, e lá estava ela, fotoabstração, no blog artefazparte.com, de autoria de Eduardo A. A. Almeida, especialista em História da Arte, entre outras coisas. (Ele não informa se é o inventor da palavra.)
            Almeida interroga: “É possível fotografar o abstrato? Ou, melhor dizendo, fotografar de maneira abstrata? Pois, se a origem das fotos é sempre o mundo figurativo, lógico e racional, como pode resultar em algo diferente?”
E completa: “Talvez seja o trabalho do olho do fotógrafo, talvez seja o processo de fixação da imagem no suporte. Seja como for, as fotografias abaixo são minhas tentativas de compreender essa ideia. Trata-se de um projeto quase inconsciente, que ganha forma na medida em que reúno obras antes desconexas.”
Seguem-se no blog 5 “imagens abstratas” registradas pelo autor.
Tudo bem, ainda não foi desta vez. Sigo pesquisando sobre a ideia da fotografia abstrata e apresento no Louco por cachorros as primeiras 9 tentativas dessa busca.
De fato, é preciso um olhar diferente, desinteressado, despreocupado, irresponsável, sem um ponto específico naquilo que se olha, olhar perdido talvez, a mente a vagar, a olhar abstratamente. Olhar mas não ver?
Pré-requisitos: gostar de arte e fotografia, além de cultivar a estética. (Estética vem do grego aisthésis: percepção, sensação, sensibilidade.)
É o que basta, por ora.





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