A partir de Arte Abstrata, e em
particular Fotografia Abstrata, procurei condensar a última expressão em uma
única palavra, fotoabstração, feliz
comigo mesmo por talvez ter criado uma nova palavra.
Corri ao Vocabulário Ortográfico da
Língua Portuguesa e nada. Houaiss,
Caldas Aulete, Dicionário Informal Digital, nada. Então fui direto ao Google, e
lá estava ela, fotoabstração, no blog artefazparte.com, de autoria de Eduardo
A. A. Almeida, especialista em História da Arte, entre outras coisas. (Ele não
informa se é o inventor da palavra.)
Almeida
interroga: “É possível
fotografar o abstrato? Ou, melhor dizendo, fotografar de maneira abstrata?
Pois, se a origem das fotos é sempre o mundo figurativo, lógico e racional,
como pode resultar em algo diferente?”
E completa:
“Talvez seja o trabalho do olho do fotógrafo, talvez seja o processo de fixação
da imagem no suporte. Seja como for, as fotografias abaixo são minhas
tentativas de compreender essa ideia. Trata-se de um projeto quase inconsciente,
que ganha forma na medida em que reúno obras antes desconexas.”
Seguem-se no
blog 5 “imagens abstratas” registradas pelo autor.
Tudo bem,
ainda não foi desta vez. Sigo pesquisando sobre a ideia da fotografia abstrata
e apresento no Louco por cachorros as primeiras 9 tentativas dessa busca.
De fato, é
preciso um olhar diferente, desinteressado, despreocupado, irresponsável, sem
um ponto específico naquilo que se olha, olhar perdido talvez, a mente a vagar,
a olhar abstratamente. Olhar mas não ver?
Pré-requisitos:
gostar de arte e fotografia, além de cultivar a estética. (Estética vem do
grego aisthésis: percepção, sensação,
sensibilidade.)
É o que
basta, por ora.
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