A JANGADA E O MAR
Sobre a areia, deitada,
diante das ondas do mar,
cisma, quieta, a jangada,
cansada de navegar.
E o mar chamava a jangada,
saudoso de sua vela.
O mar, sem barco, é nada,
o vento é nada, sem ela.
E a jangada respondia:
“Quanto mar já naveguei,
quanto vento e maresia!
Ai de mim, que me cansei...
Deixa que eu fique aqui mesmo,
aqui também se passeia,
deixa que eu navegue a esmo
sobre as ondas da areia...”
Do mar soou um lamento
e do vento um triste canto,
ficou sem vela o vento
e o mar sem seu encanto.
Inspirado na foto já publicada neste blog (http://loucoporcachorros.blogspot.com.br/2016/10/jangadas.html)
o poeta Paulo Sergio acrescentou à primeira quadra os
demais versos do lindo poema!
Também publicado no Blog do Paulo Sergio Viana.
Que lindeza!!! Parabéns para os poetas!! Poema de irmãos. Escrito por duas mãos irmãs!!!! Poesia de altíssima qualidade. Poetas de fato.
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