terça-feira, 18 de outubro de 2016

A Jangada e o Mar



A JANGADA E O MAR

Sobre a areia, deitada,
diante das ondas do mar,
cisma, quieta, a jangada,
cansada de navegar.

E o mar chamava a jangada,
saudoso  de sua vela.
O mar, sem barco, é nada,
o vento é nada, sem ela.

E a jangada respondia:
“Quanto mar já naveguei,
quanto vento e maresia!
Ai de mim, que me cansei...

Deixa que eu fique aqui mesmo,
aqui também se passeia,
deixa que eu navegue a esmo
sobre as ondas da areia...”

Do mar soou um lamento
e do vento um triste canto,
ficou sem vela o vento
e o mar sem seu encanto.


Inspirado na foto já publicada neste blog (http://loucoporcachorros.blogspot.com.br/2016/10/jangadas.html)
o poeta Paulo Sergio acrescentou à primeira quadra os demais versos do lindo poema!
Também publicado no Blog do Paulo Sergio Viana.




Um comentário:

  1. Que lindeza!!! Parabéns para os poetas!! Poema de irmãos. Escrito por duas mãos irmãs!!!! Poesia de altíssima qualidade. Poetas de fato.

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