Lançado pela Objetiva em
2015, só agora me cai nas mãos, presente do amigo Leopoldo, uma pequena joia, o
livrinho (oitenta e poucas páginas) intitulado Sete breves lições de física, de Carlo Roveli, tradução de Joana
Angélica d`Ávila Melo.
Escrito em linguagem deliciosa, o autor escreve para
leigos em física, e torna (quase) compreensíveis os conceitos fundamentais
desta disciplina, estabelecidos a partir do início do século XX.
Os títulos
das sete lições falam por si mesmos: A mais bela das teorias, Os quanta, A
arquitetura do cosmo, Partículas, Grãos de espaço, A probabilidade, o tempo e o
calor dos buracos negros, e por último, Nós.
A conclusão
apresentada por Roveli relaciona Ciência e Filosofia de modo brilhante:
“À medida que nosso conhecimento cresceu, fomos
aprendendo cada vez mais esta noção de sermos parte, e pequena parte, do
universo. Isso aconteceu já nos séculos passados, mas cada vez mais no último
século. Pensávamos estar sobre o planeta no centro do cosmo, e não estamos. Pensávamos
ser uma raça à parte, na família dos animais e das plantas, e descobrimos que
somos descendentes dos mesmos genitores de que descende qualquer outro ser vivo
ao nosso redor. Temos tataravós em comum com as borboletas e com os pinheiros.
Somos como um filho único que cresce e aprende que o mundo não gira somente ao
seu redor, como ele pensava quando era pequeno. Ele deve aceitar ser um entre
os outros. Ao nos espelharmos nos outros e nas outras coisas, aprendemos quem
somos.”
Leitura imprescindível nesse começo de século XXI.
Vamos ler, que o Louco, quando recomenda, é de se prestar atenção.
ResponderExcluir