Parente dos humanos, gorila carrega filhote
agarrado nos pelos das costas
O bipedismo ainda carece de explicação convincente pela biologia evolutiva. São inúmeras as teorias apresentadas até agora, às quais junta-se a ideia de Lia Amaral, docente aposentada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP). Segundo a cientista, que a despeito de uma carreira brilhante na Física tem se dedicado ao estudo da evolução das espécies, a perda dos pelos nos ancestrais dos humanos provocou uma pressão seletiva, levando ao bipedalismo.
Afirma Lia Amaral: “Tornar-se
bípede é um esforço evolutivo imenso, que só pode ocorrer por forte pressão
seletiva. Quando os ancestrais dos humanos perderam os pelos, os bebês não
tinham mais onde se agarrar em suas mães, o que os forçou a abandonar o andar
quadrúpede.”
Ela completa: “Não
há bípede peludo, não há quadrúpede pelado. Para uma física, é evidente que há
correlação necessária entre nudez e bipedalismo.”
Lia aplicou conhecimentos da Física para amparar sua
hipótese, tais como a análise do equilíbrio na locomoção quadrúpede dos gorilas
e concluiu que, para que o filhote não escorregue, o ângulo formado pela parte
superior do seu corpo durante a locomoção tem de ser, no máximo, de 30 graus.
Par e passo, entre erros e acertos, longe da verdade
definitiva, a Evolução das Espécies vai sendo lindamente decifrada.
http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,perda-de-pelos-fez-homem-ser-bipede--diz-fisica,1752704
Interessante: pelos e postura, aparentemente sem relação, se mostram ligados evolutivamente. Esses pesquisadores são perspicazes.
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