Anna Muylaert
Filme bom é aquele sobre o qual a gente tem o que conversar depois que
acaba.
Frase mais tosca, impossível. Mantenho-a mesmo assim, pois a tal
conversa sobre o filme deve ser a mais livre e descontraída possível, regada de
preferência com um bom vinho, num ambiente onde se possa conversar, é claro.
Quanto mais rende o papo, melhor o filme!
Eis, portanto, o meu método de classificar os filmes:
★ O casal cabisbaixo deixa o cinema em profundo silêncio.
★★ Um olha para o outro, o ar interrogativo, Gostou? Fim de papo.
★★★ Saem até animados, Eu gostei, e você? Não sei não... Mas conversam por 1
ou 2 horas.
★★★★ Ainda nos créditos, Gostei muito! Eu também. Vamos comer uma pizza? Só
se tiver vinho... A conversa dura até o fim da noite.
★★★★★ Animação total, euforia mesmo, ótimo jantar, vinho melhor ainda, e a conversa
se estende por vários dias, às vezes por meses; a lembrança, pra sempre.
Tosca como a primeira frase desta crônica, esta classificação tem um
único objetivo: comparar dois filmes recentíssimos, ambos apresentados com
destaque pela mídia: Que horas ela
volta? e Homem irracional, o
primeiro, de Anna Muylaert, o segundo de Woody Allen.
Difícil comentar um filme sem revelar o enredo, o que deve ser evitado a
todo custo. (Os psicanalistas sempre ficam sabendo da história antes de ver o
filme...)
Regina Casé revela-se uma grande atriz, para figurar entre as melhores.
A protagonista do Homem irracional salva-se apenas no final do filme quando,
num ataque histérico, começa a falar (ou gaguejar) como o Woody Allen.
Que horas ela volta? ★★★★★
Homem irracional ★★
Estava na dúvida se esse novo filme do Woody Allen é bom ou não (a cada 5 filmes que ele faz, 1 sai muito bom).. Bom saber que merece só 2 estrelas! Por outro lado, nunca assistiria um filme com a Regina Casé. Ainda não sei se vou, mas estou no mínimo intrigada já que ganhou 5 estrelas!
ResponderExcluirVocê vai gostar, garanto!
ExcluirO pessoal é muito exigente com o Allen: como ele já fez verdadeiras obras primas, fica-se esperando sempre mais uma, a cada novo lançamento. Como disse o Saramago, depois da fama do prêmio Nobel: não se pode estar sempre no topo...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue bom você por aqui de novo!
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