A
saúde vai mal.
A educação vai mal.
A economia vai mal.
A política vai mal.
O sistema de arrecadação através de
multas de trânsito vai muito bem por aqui. Brasília talvez seja a cidade em que
tal sistema esteja mais aprimorado.
Os ditos pardais são constantemente
renovados, com modelos cada vez mais sofisticados e eficientes. Agora o
motorista é vigiado antes mesmo que chegue à linha de medição de velocidade
colocada no asfalto, e continua sendo vigiado à medida que se afasta do pardal.
Há de chegar o dia em que ele será vigiado até quando estacionado em sua
própria garagem.
Em determinadas vias a velocidade
permitida muda de 80 km/h para 60 ou até 40 km/h, o que certamente há de
“pegar” o motorista desavisado. Com o mesmo intuito os pardais têm sua
disposição alterada constantemente, para que os motoristas não se “acostumem”
com eles.
Como a cidade é muito arborizada,
alguns pardais – em companhia dos homônimos passarinhos – ficam escondidos
atrás de frondosas mangueiras, exigindo freadas bruscas do motorista desatento.
Ninguém sabe quanto dinheiro o
Detran local arrecada com as multas, muito menos a destinação que dá a esta
vultosa arrecadação.
Outro dia li num adesivo no vidro
traseiro de um carro a frase bastante ilustrativa:
VISITE BRASÍLIA E GANHE UMA MULTA
Bem, os autóctones não têm outro remédio senão
acrescentar aos gastos domésticos essenciais e inevitáveis o pagamento anual de
algumas multas de trânsito.
Portanto, alguma coisa vai bem por
aqui. A população, agradecida, não reage, não protesta, apenas obedece, e paga
as multas.
Aliás, o Brasil é recordista em acidentes de trânsito, com mortes e mutilações. E os maiores culpados são o álcool e a velocidade. Pardal neles!
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