poucos os leitores poucos
esses amores tampouco
enchem das mãos os dedos
pouco o tempo pouco
de contar os dias
e de contar os medos
dias que eram como que
um cantar de melodias leves
justas concisas condensadas breves
de um desbravar de meio-dias
em segredo
pouca a leitura tão pouca
hegel marx freud o teeteto
a filosofia que a literatura espouca
louca
rouca
o dharma o dao a trilha reta
o que então por quanto tempo
um tempo de instantes
tristes mudos e vibrantes
que eram horas antes
e contudo agora
são segundos poucos
tão poucos mesmo
aldo pereira neto
Sentida expressão da vida que se encolhe, da brevidade, da precariedade. Muito bonito.
ResponderExcluirO autor há de apreciar seu comentário, Paulo!
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