Maggie Gyllenhaal
No último dia do trágico ano de 2021 os cinéfilos ganharam um presente: A Filha Perdida, filme inspirado no romance homônimo de Elena Ferrante. A direção é de Maggie Gyllenhaal (conhecida pela atuação em "Secretária", 2002, e "Coração Louco", 2009), provavelmente a responsável por fazer um filme melhor que o livro. Plataforma Netflix.
A protagonista, Olivia Colman (a rainha Elizabeth 2ª da série "The Crown”), igualmente coloca o filme como um dos melhores do ano, daí a razão da estreia em 31 de dezembro. Colman é Leda, uma inglesa de 50 anos que aluga uma casa de praia na Grécia para se isolar e preparar as aulas do próximo semestre; ela é professora universitária, especialista em literatura comparada, e que dá aulas em Cambridge, nos Estados Unidos.
A Leda mais jovem é interpretada pela atriz irlandesa Jessie Buckley, relevada na última temporada da série "Fargo", em que interpretou a enfermeira serial killer Oraetta Mayflower. O desempenho de Buckley é outro grande destaque do filme.
Leda é uma pessoa complexa, com uma infância difícil e um casamento complicado pelo nascimento de duas filhas, a demandar o afeto que Leda não poderia oferecer. Sucedem-se as diferentes passagens da vida dela, destacando-se sempre a dificuldade com a maternidade. Disso resulta uma mulher cheia de contradições, com sérios problemas de convivência social, dificuldades que afloram diante da chegada de uma família de gente grosseira e má, disposta a quebrar o sossego de Leda. Mais não posso revelar.
O que impressiona mesmo é a habilidade de Maggie Gyllenhaal, ao que parece o primeiro filme sob sua direção. Ela é responsável pelo toque feminino (e feminista?), sensível, alternando sentimentos de delicadeza e brutalidade durante o filme. A fotografia e a trilha sonora são excelentes. Há a participação de outros atores de renome, que deixo de citar, para surpreender o expectador.
Sem dúvida, um grande filme, composto por mulheres.
Será o meu primeiro filme de 2022. Confio no Louco.
ResponderExcluirIdem. Será o 1o filme do ano a assistir. Também confio no Louco.
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