The New York Times
Nova York / Reuters (1º dez 2021):
“Nova York inaugurou nesta terça-feira (30) as primeiras salas dos Estados Unidos para que dependentes químicos usem drogas de forma supervisionada, medida que integra os esforços para tentar conter a epidemia de mortes por overdose no país.
Defensores de políticas de drogas voltadas à promoção da saúde argumentam que é melhor oferecer locais limpos e seguros para dependentes químicos como uma medida de redução de danos. Estudo do departamento de saúde da prefeitura estima que esses centros poderiam evitar 130 mortes por ano por overdose na cidade.”
Há os que são críticos desse tipo de serviço; alegam que “tais espaços representam uma ameaça às comunidades onde estão localizados, porque facilitariam o uso de drogas”.
Locais como esse já existem na Alemanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Luxemburgo, Noruega e Suíça. “Além de permitir que os usuários injetem drogas sob supervisão, os centros devem fornecer aos usuários seringas e outros suprimentos, bem como medicamentos para reverter overdoses e opções de tratamento.”
“No ano passado, as mortes por overdose na cidade de Nova York saltaram para mais de 2.000, o maior número desde o início do rastreamento em 2000. Quase 600 pessoas morreram no primeiro trimestre de 2021, de acordo com dados preliminares da cidade, a maior parte em um único trimestre. ...A maior parte dessas mortes (85%) envolveu opioides.”
“O aumento foi potencializado por opioides sintéticos, sobretudo pelo fentanil fabricado ilegalmente —a droga, cem vezes mais poderosa que a morfina, é muitas vezes usada com outras substâncias que intensificam seus efeitos. Segundo a Prefeitura de Nova York, em 77% das overdoses registradas na cidade em 2020 havia fentanil envolvido, em geral misturado com heroína, cocaína, álcool, analgésicos à base de opioides e anfetaminas.”
Assim caminha a humanidade.
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