A discussão sobre a vacinação contra o coronavírus, se pública ou privada, ganha corpo na mídia. Como sempre, é bom ler a opinião ponderada de Hélio Schwartsman para a Folha de S.Paulo (5.jan.2021). Diz ele:
“A vacinação só será capaz de pôr fim à epidemia se estiver no âmbito de um programa universal e público. E, se a circulação do vírus permanecer muito elevada, nem quem tem dinheiro para pagar por um imunizante estará livre de riscos. Vacinações são por excelência uma estratégia coletiva de saúde.”
Este o ponto fundamental: trata-se de questão de saúde coletiva, e assim deve ser atacada.
Por outro lado, a medicina privada é atividade difundida em todos os países democráticos, e não seria justo impedi-la agora de exercer sua nobre função, tomando-se os cuidados necessários. Destaca Schwartsman:
“Seria decerto um despropósito se a iniciativa privada e o setor público entrassem numa disputa suicida pelos mesmos imunizantes.”
Ao concluir sua crônica, Schwartsman, indiretamente, ressalta o papel decisivo do SUS na imunização da população brasileira:
“Só voltaremos a algum tipo de normalidade depois que a maioria dos brasileiros tiver recebido sua vacina —e apenas o poder público é capaz de fazer isso.”
Mais bem colocado, impossível!
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2021/01/vacinacao-publica-ou-privada.shtml
Os que defendem a proibição da vacina privada não comentam o imenso crescimento da riqueza dos mais ricos (e empobrecimento dos mais pobres), durante a pandemia?
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