“Não é somente a corrupção que degrada a política, como querem fazer crer os oportunistas que se travestiram de cruzados anticorrupção para alcançar o poder nas eleições passadas. A política também perde o sentido quando a ignorância é elevada à categoria de ativo eleitoral.”
Assim tem início o editorial de O Estado de S. Paulo de ontem (15 out 2020). Destaco a expressão “ativo eleitoral”, ou seja, tudo que significar potencial de voto. E não se trata da capacidade intelectual do candidato, de sua habilidade administrativa, da honestidade à toda prova, do amor ao meio ambiente, do tino para escolher equipe competente, de imunidade à corrupção que atenta, da aversão ao nepotismo, do apreço pela transparência de atitudes, enfim, de tudo que for bom para a nação e seu povo.
Nada disso, o que conta, o que vale, o que leva votos às urnas, o que faz ganhar uma eleição é a Ignorância! E ganha a eleição, vem a Ganância!
Meu leitor quer exemplos? Aqui vai uma lista – adoro listas – de predicados essenciais do candidato vencedor.
– Seja terraplanista.
– Negacionista.
– Mantenha toda a família na política.
– Homofóbico.
– Especialista em fabricar Fake News.
– Inimigo feroz do meio ambiente e dos índios.
– Propagandista da cloroquina.
– Contrário ao uso de máscaras.
– Incentivador de aglomerações.
– Sem nunca ter lido um, tenha ódio do livro.
– Trabalhe apenas com dinheiro vivo.
– Seja fascista.
– Falsifique seu currículo.
– Cultive e exale o ódio.
– Seja um fundamentalista religioso.
– Seja boçal.
– Seja burro mesmo.
– Mentiroso contumaz, melhor mitômano.
– Nunca se esqueça da cueca.
– Etc...
Nem precisa disso tudo para ganhar uma eleição, basta meia dúzia dos melhores predicados!
E o que pensar dos eleitores desses mesmos candidatos? Certamente cultivam a ignorância.
Agora, antídoto para salvar o Brasil, só há um: EDUCAÇÃO!
Trata-se de um oceano de despautérios e despropósitos!...
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