Sopro frio pela fresta da janela.
Noite de inverno.
Escorrem pálidos pensamentos na parede do quarto.
Um pássaro sombrio resmunga perto, gutural.
Para além, severo silêncio.
A boca, precária, cala.
Hálito morno isento de palavras.
Paralíticas mãos.
Gesto nenhum, por inútil.
Mínima alma impotente.
Neste momento haverá um mendigo a morrer de frio
[em alguma esquina.
Como adormecer o desalento?
Paulo Sergio Viana
É honra e prazer estar no louco.
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