São Jerônimo
Afirma Karnal, para O Estado de S.Paulo (30 Set 2018): “Hoje é dia de São Jerônimo, padroeiro dos tradutores. Homem de cultura erudita e gênio difícil, o chamado “dálmata selvagem” foi assistente do papa Dâmaso no fim do século 4.º. Assim, 30 de setembro também é dia dos secretários e das secretárias. A obra máxima do santo é ter traduzido a Bíblia do grego e do hebraico para o latim. A versão das escrituras feita por Jerônimo, chamada de Vulgata, foi oficial para os católicos pelos séculos seguintes.”
Karnal nos oferece uma bela definição do que seja traduzir:
“Traduzir é arte combinada com conhecimento, técnica e intuição. ...Traduzir é compreender ao máximo dois sistemas e lançar luzes sobre dois continentes separados pela maior fronteira humana: a cultura da língua.”
Dedico estas poucas palavras ao meu irmão Paulo Sergio Viana, pessoa dedicada à difusão do Esperanto no Brasil e no mundo, incansável, sempre disposto a ajudar os aprendizes, tradutor de José Saramago (O conto da ilha desconhecida) para o Esperanto (livro que se encontra hoje na Casa dos Bicos, em Lisboa, na Fundação José Saramago).
O tradutor, antes de tudo, ama as palavras, seja numa língua ou na outra, e escolhe entre tantas, aquelas que mais lhe convém. Graças a ele, ao seu trabalho, lemos as obras primas da literatura universal, com palavras que podemos compreender.
Salve São Jerônimo!
A tradução aproxima culturas, aproxima portanto pessoas, contribui portanto para a paz mundial. Como o Esperanto. De fato, viva o Santo.
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