domingo, 20 de maio de 2018

Assinatura geomagnética



Tartarugas marinhas retornam à região onde nasceram
para desovar (Foto: Pixabay)


A reportagem é de Karen Weintraub, para The New York Times(19 Maio 2018), e informa: 
“As tartarugas marinhas usam os campos magnéticos da Terra para voltar ao local onde nasceram décadas antes, de acordo com novo estudo que usou a genética das tartarugas-amarelas para investigar suas viagens.”
O estudo indica que as tartarugas aprenderam a identificar a “impressão magnética única de sua praia natal, por meio de algo chamado assinatura geomagnética.”
“Trata-se de uma informação vital para o objetivo de restaurar as populações de tartarugas marinhas nas áreas que elas habitavam antes de serem caçadas quase até o ponto da extinção", disse Kenneth Lohmann, professor da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, e principal autor do estudo publicado pela Current Biology.”
“As tartarugas podem sentir tanto a intensidade quanto a inclinação dos campos magnéticos em relação à superfície da Terra, de acordo com pesquisas anteriores. Ao usar informações genéticas coletadas anteriormente de mais de 800 tartarugas-amarelas da Flórida, o Dr. Lohmann e Brothers foram capazes de mostrar que havia mais semelhança genética entre tartarugas que fazem seus ninhos em praias com impressões magnéticas semelhantes do que entre aquelas de praias fisicamente próximas entre si.”
“Sabe-se que as tartarugas-amarelas fazem seus ninhos no Golfo da Flórida e na costa do Atlântico, sendo que algumas parecem botar ovos em lados diferentes da península de acordo com o momento de sua vida, disse Brothers. Com os campos magnéticos cortando a península, algumas tartarugas podem cometer erros de orientação, chegando a praias com impressão magnética semelhante à sua praia natal, embora na costa oposta, disse ele.”
O artigo termina com uma hipótese no mínimo surpreendente: “Teoricamente, as tartarugas podem ser incentivadas a botar ovos em determinadas praias se o campo magnético dos filhotes for manipulado para convencê-los que nasceram em outro lugar.”
Nem as tartaruguinhas podem ficar em paz...




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