segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Horror, horror, horror


Rohingya fogem de horrores em Mianmar para campos precários


A reportagem é de André Coelho (Colaboração para a Folha, Cox's Bazar, Bangladesh, 15/01/2018):
“As histórias contadas em Kutupalong e Balukhali, dois dos maiores campos de refugiados do mundo, invariavelmente incluem episódios de violência, perseguição, medo, desespero e morte.
O local abriga aproximadamente 650 mil pessoas da etnia rohingya no sul de Bangladesh, aonde chegaram aos milhares fugidos da opressão em Mianmar, um país de maioria budista que não os reconhece como cidadãos por serem muçulmanos.
A rotina é tomada pelas filas e aglomerações, que se formam na entrada dos postos de distribuição de mantimentos onde caminhões de ONGs com ajuda humanitária despejam suas cargas.
Cerca de 1.100 famílias —mais de 3.000 pessoas— aguardam diariamente de 5 a 7 horas sob o sol a uma temperatura que, mesmo no inverno, pode chegar a 35°C. Só assim para levar para casa um saco de mantimentos, comida ou lenha para cozinhar.
De acordo com o último levantamento da organização Médicos Sem Fronteiras, em agosto e setembro do ano passado o saldo de mortos pode ter chegado a 7.000. Há relatos de famílias inteiras assassinadas, algumas delas com mais de 30 membros. A ONU aponta indícios de limpeza étnica.”

Horror, horror, horror.





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