quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Saudade do pensador



Aos 16 de novembro de 1922 nascia José Saramago, em Azinhaga, província de Ribatejo, Portugal, filho de pais agricultores, analfabetos. Criado pelos avós, teve dificuldades financeiras para estudar. Concluiu curso técnico, tornando-se serralheiro mecânico. Comprou seu primeiro livro aos 18 anos e ao morrer deixou biblioteca com 15.000 livros. Em 1998 ganhou o Nobel de Literatura.

Vejamos o que disse em Democracia e Universidade (Fundação José Saramago e ed.ufpa, 2013), sobre Educação, tema sempre atual:

“Volto a dizer que a universidade não tem de salvar-nos, não se trata de salvar ninguém, digamos mesmo que a universidade tem de assumir a sua responsabilidade na formação do indivíduo, e tem de ir além da pessoa, porque não se trata apenas de formar um bom informático ou um bom médico, ou um bom engenheiro, a universidade, além de bons profissionais, deveria lançar bons cidadãos. Precisamos disso, todos, que se formem turmas de cidadãos e para mais, cidadãos bons, porque ainda que a palavra esteja gasta, há que reivindicá-la, como fez Antonio Machado. Creio que a universidade pode, creio que vós podeis.”

            Saudade do pensador!

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