Mais um livro de Amós Oz, Não
diga noite (Companhia das letras, 1997), rumo à leitura da obra completa do
brilhante hierosolimitano.
Escrito em 1997, certamente não se trata do melhor livro do autor, em
minha opinião, mas a leitura é agradável e interessante. A história se passa
numa pequena cidade localizada no deserto, onde o casal protagonista já não se
entende, o homem e a mulher, pelos pesados anos de convivência. São, porém,
duas figuras fortes, bem construidas pelo autor, cujo complexo comportamento é
capaz de prender a atenção do leitor até o final do livro.
A força, a elegância, a poesia contidas na escrita de Amós Oz estão
presentes no belíssimo capítulo em que ele descreve a cidade ladeada pelo deserto.
Interessante notar que na contracapa do volume impresso ainda em 1997, (que
aliás revela uma bela capa de autoria de Takashi Fukushima), além dos elogios
feitos pelo The Times, o Times Literary Supplement acrescenta: “Não
surpreenderá se em breve ele for chamado a Estocolmo para receber o Prêmio
Nobel.”
É o que os fãs de Amós Oz estão esperando há muito tempo, ano após ano, incluindo
este blogueiro.
Há de ir a Estocolmo, que o mundo ainda não está perdido.
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