domingo, 19 de novembro de 2017

Não diga noite



Mais um livro de Amós Oz, Não diga noite (Companhia das letras, 1997), rumo à leitura da obra completa do brilhante hierosolimitano. 
Escrito em 1997, certamente não se trata do melhor livro do autor, em minha opinião, mas a leitura é agradável e interessante. A história se passa numa pequena cidade localizada no deserto, onde o casal protagonista já não se entende, o homem e a mulher, pelos pesados anos de convivência. São, porém, duas figuras fortes, bem construidas pelo autor, cujo complexo comportamento é capaz de prender a atenção do leitor até o final do livro.
A força, a elegância, a poesia contidas na escrita de Amós Oz estão presentes no belíssimo capítulo em que ele descreve a cidade ladeada pelo deserto.
Interessante notar que na contracapa do volume impresso ainda em 1997, (que aliás revela uma bela capa de autoria de Takashi Fukushima), além dos elogios feitos pelo The Times, o Times Literary Supplement acrescenta: “Não surpreenderá se em breve ele for chamado a Estocolmo para receber o Prêmio Nobel.”
É o que os fãs de Amós Oz estão esperando há muito tempo, ano após ano, incluindo este blogueiro.

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